Os
Mensageiros
André Luiz
(5ª Parte)
Continuamos a apresentar
o texto condensado da
obra
Os Mensageiros,
de André Luiz,
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
e publicada pela editora
da Federação Espírita
Brasileira, a qual dá
seqüência à série
iniciada com o livro
Nosso Lar.
Questões preliminares
A. Que lições podemos
extrair do caso Alfredo?
R.: Duas são as lições
que esse caso nos
apresenta. A primeira,
talvez a mais
importante, é que jamais
devemos agir com
precipitação nem julgar
ninguém com base nas
aparências. Como diz o
autor da obra, é preciso
primeiro conhecer o
preço da felicidade,
para não menosprezar, de
novo, as bênçãos de
Deus, e é igualmente
necessário aprender a
subir na escala
evolutiva. (Os
Mensageiros, cap. 17,
pp. 93 a 96.)
B. Quantos europeus
vitimados pela Guerra
havia no Posto dirigido
por Alfredo? Por que
foram eles trazidos para
o Brasil?
R.: Naquele Posto de
Socorro encontravam-se
mais de 400 Espíritos.
Os mentores espirituais
mais elevados haviam
decidido remover pelo
menos 50% dos
desencarnados na guerra
para os núcleos
espirituais americanos,
visando a proteger a
coletividade dos
Espíritos encarnados nas
regiões de origem,
porque essas
aglomerações de
desencarnados
determinariam focos
pestilenciais de origem
transcendente, com
resultados
imprevisíveis. (Obra
citada, cap. 18, pp. 97
a 100.)
C. Que fato notável
Alfredo presenciou em
Bristol?
R.: A cidade de Bristol,
na Inglaterra, estava
sendo sobrevoada por
alguns aviões pesados de
bombardeio. As
perspectivas de
destruição eram
assustadoras. No seio da
noite, destacava-se,
porém, à visão
espiritual, um farol de
intensa luz. Seus raios
faiscavam no firmamento,
enquanto as bombas eram
arremessadas ao solo.
Alfredo e seu grupo
desceram ao ponto
luminoso e verificaram,
com surpresa, que eles
se encontravam numa
igreja, cujo recinto
devia ser quase sombrio
para o olhar humano, mas
altamente luminoso para
os olhos espirituais.
Alguns cristãos
corajosos reuniam-se ali
e cantavam hinos. O
ministrante do culto
lera a passagem dos Atos
em que Paulo e Silas
cantavam à meia-noite,
na prisão, e as vozes
cristalinas elevavam-se
ao Céu, em notas de
fervorosa confiança.
Enquanto as bombas
explodiam lá fora, os
cristãos cantavam,
unidos, em celestial
vibração de fé viva.
(Obra citada, cap. 18,
pp. 101 e 102.)
D. Em que consiste o
sopro curativo? Esse
tratamento é realmente
eficaz?
R.: À semelhança do
passe, o sopro curativo
é eficaz e poderia ser
utilizado pela maioria
das criaturas, com
vantagens prodigiosas,
mas requer esforço
individual e longo
preparo. Os técnicos do
Posto não se formaram de
pronto. Exercitaram-se
longamente, e, para a
tarefa, precisam
conservar a pureza da
boca e a santidade das
intenções. No Ministério
do Auxílio, em "Nosso
Lar", há grande
instituto especializado
no assunto. "No plano
carnal, toda boca,
santamente intencionada,
pode prestar apreciáveis
auxílios, notando-se,
porém, que as bocas
generosas e puras
poderão distribuir
auxílios divinos,
transmitindo fluidos
vitais de saúde e
reconforto", acrescentou
Aniceto. (Obra
citada, cap. 19, pp. 104
a 107.)
Texto
para leitura
23. Efeitos da
guerra -
Ismália, a gentil
companheira de Alfredo,
administrador do Posto
de Socorro, serviu aos
visitantes frutos
diversos. Alfredo, a uma
pergunta de Aniceto,
relatou que as zonas a
que eles serviam estavam
repletas de novidades
dolorosas. Vibrações
contraditórias emanadas
da Crosta eram de molde
a enfraquecer qualquer
pessoa menos decidida.
Desencarnados e
encarnados empenhavam-se
em batalhas
destruidoras. Aumentou
muito o número de
necessitados que
recorriam ao Posto. A
produção de alimentos e
remédios estava sendo
integralmente absorvida
pelos famintos e
doentes. Apesar de
contar com 500
cooperadores, eles se
sentiam incapazes de
atender a todas as
obrigações. (Cap. 17,
pp. 92 e 93)
24. O caso Alfredo
- Ismália e Alfredo
formavam um par feliz na
última existência
terrestre; no entanto,
salteadores perversos
espreitavam sua ventura.
Com muita
responsabilidade no
campo dos negócios
materiais, Alfredo não
atendia, como devia, aos
deveres para com o lar e
os dois filhinhos do
casal. Ismália era a
providência de sua casa
e sofrera, calada, o
assédio de um sócio do
marido, que a perseguira
por alguns anos
consecutivos, sem
sucesso. Como vingança,
o sócio começou a
caluniá-la junto ao
Alfredo. Dando ouvidos à
calúnia, Alfredo sentiu
que o relacionamento no
lar tornava-se aos
poucos intolerável. Em
qualquer gesto da
esposa, ele via maldade
e tentava descobrir
segundas intenções. Por
fim, seu sócio subornou
um homem que se
ocultaria dentro da casa
de Alfredo, para ser por
ele visto dali saindo,
em atitude suspeita.
Alfredo, avisado da
suposta traição da
mulher, pensa que
Ismália tivera um
encontro com o estranho.
Em extremo desespero,
ele penetra os aposentos
do casal, onde Ismália
repousa e a acusa em voz
alta. Toma depois uma
arma e atira várias
vezes tentando atingir
aquele vulto que fugia
de sua casa,
esgueirando-se na
sombra... Olhos
congestos, vomitando
insultos, quis eliminar
a esposa, banhada em
lágrimas a seus pés. No
entanto, alguma coisa,
que ele nunca pôde
compreender na Terra,
paralisou-lhe o braço
quase homicida.
Vociferando blasfêmias,
Alfredo afastou-se do
lar. Estava rompido o
casamento. Ismália foi
devolvida à casa
paterna, destituída do
contato com os filhos,
que ficaram com o pai.
Dois anos depois, entre
as angústias da saudade
e do abandono, Ismália
seria colhida pela
tuberculose, falecendo
em terrível martirológio
moral. Muito tempo mais
tarde, Alfredo vem a
saber que tudo fora uma
farsa: seu ex-sócio,
momentos antes de
desencarnar, contou-lhe
toda a história. A
loucura irremediável o
transtornou e foi assim
que regressou ao mundo
dos Espíritos, em
tristes condições
espirituais. Ismália o
amparou nos momentos
mais difíceis, mas,
residindo num plano
superior, ele não podia
agora contar com sua
presença permanente a
seu lado. É preciso
primeiro conhecer o
preço da felicidade,
para não menosprezar, de
novo, as bênçãos de
Deus, e é igualmente
necessário aprender a
subir na escala
evolutiva. Esse o motivo
por que não receberam
ainda a devida permissão
para o definitivo
consórcio espiritual.
(Cap. 17, pp. 93 a 96)
25. Os enfermos da
Guerra - O
ambiente espiritual na
Terra, por causa dos
combates que se
desenvolviam na Crosta,
era muito pesado.
Alfredo sugere que
Aniceto e seus
companheiros pernoitem
no Posto, porque os
aparelhos indicavam
aproximação de grande
tempestade magnética
para aquele dia. Os
combates na Terra eram
intensos e poucas
pessoas cultivavam a
espiritualidade
superior. Natural, pois,
que se intensificassem,
ao longo do planeta,
espessas nuvens de
resíduos mentais dos
encarnados invigilantes,
multiplicando as
tormentas destruidoras.
Os Postos de Socorro de
várias colônias ligadas
ao Campo da Paz já
estavam superlotados de
europeus desencarnados
violentamente. Os
mentores espirituais
mais elevados decidiram
remover pelo menos 50%
dos desencarnados na
guerra para os núcleos
espirituais americanos.
Ali mesmo encontravam-se
mais de 400 espíritos.
Aniceto pergunta pelas
dificuldades de
linguagem e Alfredo
esclarece que, para cada
grupo de cinqüenta
infelizes, as colônias
do Velho Mundo fornecem
um enfermeiro-instrutor,
com quem eles se
entendem de modo direto.
Essa remoção visava a
proteger a coletividade
dos Espíritos encarnados
nas regiões de origem,
porque essas
aglomerações de
desencarnados
determinariam focos
pestilenciais de origem
transcendente, com
resultados
imprevisíveis. (Cap. 18,
pp. 97 a 100)
26. O farol de
Bristol - O
valor da prece nos
tempos de guerra ainda
mais se acentua. Alfredo
relatou então a curiosa
experiência que ele
presenciou em Bristol,
na Inglaterra. A cidade
estava sendo sobrevoada
por alguns aviões
pesados de bombardeio.
As perspectivas de
destruição eram
assustadoras. No seio da
noite, destacava-se,
porém, à visão
espiritual, um farol de
intensa luz. Seus raios
faiscavam no firmamento,
enquanto as bombas eram
arremessadas ao solo. O
grupo de Espíritos
desceu ao ponto
luminoso. Verificou-se
então, com surpresa, que
eles se encontravam numa
igreja, cujo recinto
devia ser quase sombrio
para o olhar humano, mas
altamente luminoso para
os olhos espirituais.
Alguns cristãos
corajosos reuniam-se ali
e cantavam hinos. O
ministrante do culto
lera a passagem dos Atos
em que Paulo e Silas
cantavam à meia-noite,
na prisão, e as vozes
cristalinas elevavam-se
ao Céu, em notas de
fervorosa confiança.
Enquanto as bombas
explodiam lá fora, os
cristãos cantavam,
unidos, em celestial
vibração de fé viva. O
chefe do grupo mandou
que Alfredo e seus
companheiros se
conservassem de pé,
diante daquelas almas
heróicas, em sinal de
respeito e
reconhecimento. E disse
"que os políticos
construiriam os abrigos
antiaéreos, mas que os
cristãos edificariam na
Terra os abrigos
antitrevosos". (Cap. 18,
pp. 101 e 102)
27. Sistemas de
transporte -
Alfredo colocou à
disposição de Aniceto e
seus companheiros um
carro, que os levaria
até a zona em que se
torne possível. André
fica estupefato. Mais
tarde, ele fica sabendo
que os sistemas de
transporte, nas zonas
mais próximas da Crosta,
são muito mais numerosos
do que se poderia
imaginar, em bases
transcendentes de
eletromagnetismo. (Cap.
19, pág. 103)
28. O sopro
curativo -
Naquele Posto
utiliza-se, com
freqüência, a técnica do
sopro curativo. À
semelhança do passe, o
sopro curativo poderia
ser utilizado pela
maioria das criaturas,
com vantagens
prodigiosas. Mas o
assunto requer esforço
individual e longo
preparo. Os técnicos do
Posto não se formaram de
pronto. Exercitaram-se
longamente, e, para a
tarefa, precisam
conservar a pureza da
boca e a santidade das
intenções. Alfredo, ante
a surpresa de André,
lembrou que o sopro da
vida percorre a Criação
inteira. "Nunca pensaram
no vento, como sopro
criador da Natureza?",
indagou o dirigente do
Posto de Socorro.
Aniceto também explicou
que no Ministério do
Auxílio, em "Nosso Lar",
há grande instituto
especializado no
assunto. "No plano
carnal, toda boca,
santamente intencionada,
pode prestar apreciáveis
auxílios, notando-se,
porém, que as bocas
generosas e puras
poderão distribuir
auxílios divinos,
transmitindo fluidos
vitais de saúde e
reconforto", acrescentou
Aniceto. (Cap. 19, pp.
104 a 107)
Frases e apontamentos
importantes
47. Estou resgatando
crimes de precipitação.
Pela impulsividade
delituosa, perdi minha
paz, meu lar e minha
devotada companheira.
(...) A calúnia é um
monstro invisível, que
ataca o homem através
dos ouvidos invigilantes
e dos olhos
desprevenidos. (Alfredo,
cap. 17, pág. 96)
48. A Humanidade parece
preferir a condição de
eterna criança. Faz e
desfaz os patrimônios da
civilização, como se
brincasse com bonecas.
(Alfredo, cap. 18, pág.
98)
49. Em vão a guerra
desfechará
desencarnações em massa.
Esses mesmos mortos
pesarão na economia
espiritual da Terra.
Enquanto houver
discórdia entre nós,
pagaremos doloroso preço
em suor e lágrimas.
(Aniceto, cap. 18, pp.
99 e 100)
50. É da lei divina que
nos entendamos e nos
amemos uns aos outros.
Todos sofreremos os
resultados do
esquecimento da lei, mas
cada um será
responsabilizado, de
perto, pela cota de
discórdia que haja
trazido à família
mundial. (Aniceto, cap.
18, pág. 100)
51. Todos os dias somos
curados por Jesus e
todos os dias
conduzimo-lo ao madeiro.
Nossas obras estão
reduzidas quase a
simples recapitulações
que fracassam sempre.
(Ismália, cap. 18, pág.
100)
52. Nestes tempos <ele
alude aos tempos de
guerra>, a prece é
uma luz mais intensa no
coração dos homens. Bem
se diz que a estrela
brilha mais fortemente
nas noites sem luz.
(Alfredo, cap. 18, pág.
101)
53. Às vezes, é preciso
sofrer para compreender
as bênçãos divinas.
(Alfredo, cap. 18, pág.
102)
54. Há sempre quefazeres
em toda a parte. Onde
houver espírito de
cooperação da criatura,
existe igualmente o
serviço de Deus.
(Alfredo, cap. 19, pág.
104)
55. Como o passe, que
pode ser movimentado
pelo maior número de
pessoas, também o sopro
curativo poderia ser
utilizado pela maioria
das criaturas, com
vantagens prodigiosas.
(Alfredo, cap. 19, pág.
105)
56. Toda realização
nobre requer apoio
sério. O bem divino,
para manifestar-se em
ação, exige a boa
vontade humana. (...) em
qualquer tempo e
situação, o esforço
individual é
imprescindível.
(Alfredo, cap. 19, pág.
105)
57. Nos círculos
carnais, para que o
sopro se afirme
suficientemente, é
imprescindível que o
homem tenha o estômago
sadio, a boca habituada
a falar o bem, com
abstenção do mal, e a
mente reta, interessada
em auxiliar. Obedecendo
a esses requisitos,
teremos o sopro calmante
e revigorador,
estimulante e curativo.
Através dele, poder-se-á
transmitir, também na
Crosta, a saúde, o
conforto e a vida.
(Alfredo, cap. 19, pág.
105)
58. As organizações dos
nossos irmãos
consagrados ao mal são
vastíssimas. Não admitam
a hipótese de serem,
todos eles, ignorantes
ou inconscientes. A
maioria se constitui de
perversos e criminosos.
São entidades
verdadeiramente
diabólicas. (Alfredo,
cap. 20, pág. 109)
59. Entre as entidades
perversas e ignorantes,
há cooperativas para o
mal, sistemas econômicos
de natureza feudalista,
baixa exploração de
certas forças da
Natureza, vaidades
tirânicas, difusão de
mentiras, escravização
dos que se enfraquecem
pela invigilância,
doloroso cativeiro dos
Espíritos falidos e
imprevidentes, paixões
talvez mais desordenadas
que as da Terra,
inquietações
sentimentais, terríveis
desequilíbrios da mente,
angustiosos desvios do
sentimento. Em todo o
lugar, as quedas
espirituais, perante o
Senhor, são sempre as
mesmas, embora variem de
intensidade e coloração.
(Alfredo, cap. 20, pp.
110 e 111)
60. As criaturas que se
agarram, aqui, às
impressões físicas,
estão criando densidade
para os seus veículos de
manifestação, da mesma
forma que os Espíritos
dedicados à região
superior estão
purificando e elevando
esses mesmos veículos.
(Alfredo, cap. 20, pág.
111)
61. Que valem os
patrimônios terrestres,
ante os patrimônios
imperecíveis? (Alfredo,
cap. 21, pág. 116)
62. Os laços
consangüíneos são
edificantes, mas, acima
deles, vibra a família
universal. (...)
Aprenda, quanto esteja
em suas possibilidades,
a desfazer-se de
aquisições passageiras,
para ganhar os eternos
bens. (Alfredo, cap. 21,
pág. 117)
(Continua no próximo
número.)