“Nossas
migalhas de boa-vontade na disposição de
servir santamente, quando conduzidas ao
Cristo, valem mais que toda a multidão de
males do mundo.” (Do livro “Vinha de
Luz”, item 91 de Emmanuel, psicografado por
Francisco Cândido Xavier.)
Diante da condição
evolutiva que ostentamos
no memento, não termos
dificuldades em
reconhecer que possuímos
migalhas de virtudes.
Distanciados, ainda, da
verdadeira maturidade
espiritual, que
lograremos conseguir ao
longo dos anos futuros,
temos consciência das
limitações que nos
acompanham e das
barreiras que precisamos
vencer para sairmos da
nossa intimidade,
objetivando buscar
compreender também os
problemas alheios.
Mas tendo Cristo como
modelo e exemplo maior,
moralmente nos sentimos
na obrigação de
segui-Lo, mesmo que para
tanto enfrentemos os
mais pesados e
intrincados desafios.
Ele, o Mestre, diante da
multidão faminta não
vacilou um só momento e,
tendo cinco pães e dois
peixes, operou o
fenômeno da
multiplicação,
conseguindo saciar a
fome da multidão que
ansiosa O cercava.
A lição de Jesus venceu
os séculos e dobrou
milênios, chegando aos
nossos dias como viva
mensagem para reflexão e
estímulo, pois que de
nossa parte também
precisamos operar o
fenômeno da
multiplicação e,
obviamente, se não
conseguimos multiplicar
pães e peixes, nada
impede que desenvolvamos
as possibilidades que
estão ao nosso alcance.
Multiplicando a
boa-vontade
conseguiremos arrumar
tempo, no período das
nossas horas de folga,
para movimentar
campanhas buscando
arrecadar alimentos para
socorrer os famintos.
Multiplicando a
paciência conseguiremos
conviver com criaturas
doentes ou mesmos
desajustadas
emocionalmente, que
requerem tolerância para
se equilibrarem nos dias
do futuro.
Multiplicando a coragem
conseguiremos enfrentar
as mais complicadas
situações, mesmo aquelas
desafiadoras e
inoportunas, que
insistem em nos causar
aborrecimentos e
pesares.
Multiplicando
determinação
conseguiremos carregar
nossos ideais que
construir um mundo
melhor, sem
esmorecimento, laborando
para plantar as flores
da alegria na terra
fértil dos corações
alheios que sofrem.
Multiplicando a força
conseguiremos servir aos
irmãos que se encontram,
momentaneamente,
atracados ao poste da
inanição e do
desfalecimento,
implorando muitas vezes,
no silêncio, por uma mão
amiga que possam
socorre-los.
Multiplicando a
esperança conseguiremos
suportar os mais
nefastos revezes e
vencer os mais
intrincados dissabores,
recostados na certeza e
confiança da infinita
misericórdia de Deus.
Multiplicando o amor
conseguiremos abraçar
até mesmo aqueles que
não se afinizam conosco,
demonstrando compreensão
e solidariedade para com
os que ainda não
aprenderam as lições da
boa convivência social.
Multiplicando o otimismo
conseguiremos alegrar e
melhorar o ambiente que
nos abriga, contagiando
também a todos que se
relacionam conosco.
Multiplicando a fé
conseguiremos suplantar
os mais robustos
obstáculos, na convicção
de que estamos
mergulhados no
pensamento divino,
portando nunca sozinhos
pelos caminhos da vida.
Certamente, não
ignoramos a pequenez das
nossas poucas virtudes,
mas realizando o
fenômeno da
multiplicação, como
exemplificou o Cristo,
produziremos muito mais
do que podemos
imaginar, em nosso
favor e em prol daqueles
que seguem conosco.