A. Em que a filosofia
espírita concorre para o
melhoramento dos homens?
R.: A contribuição da
filosofia espírita para
o progresso moral dos
homens advém de vários
fatores. Primeiramente,
dá-nos ela a chave do
Evangelho e ensina-nos a
moral superior,
definitiva, cuja
grandeza revela sua
origem sobre-humana. Em
segundo lugar,
sobrepondo aos castigos
eternos a justa
conseqüência dos
próprios atos,
mostra-nos que o
Espírito, em toda parte
e sempre, será aquilo
que de si mesmo fez. A
noção da finalidade real
da existência tem um
valor incalculável para
o melhoramento e a
elevação dos homens: o
conhecimento da meta a
que nos dirigimos
facilita nossa marcha e
imprime às ações um
impulso vigoroso para o
ideal concebido. Com a
filosofia espírita, a
perspectiva se alarga; o
que devemos buscar não é
mais o bem terrestre,
mas o melhoramento
íntimo. (Depois da
Morte, cap. XLII e XLIII,
pp. 260 a 263.)
B. Como esta obra
conceitua a fé e o
orgulho?
R.: A fé é a mãe de todo
sentimento nobre e de
toda grande ação. O
orgulho é o mais temível
de todos os vícios e
dele derivam todas as
perturbações da vida
social. O homem só
poderá livrar-se do
orgulho ao preço de
provas dolorosas e de
existências obscuras.
(Obra citada, cap. XLIV
e XLV, pp. 268 a 274.)
C. Que diz o autor
deste livro sobre
riqueza e pobreza?
R.: A riqueza prende-nos
à Terra com vínculos tão
numerosos e íntimos, que
a morte raramente
consegue romper e
libertar-nos deles; daí
decorrem as angústias do
rico na vida futura. A
pobreza ensina-nos a
termos compaixão pelos
males alheios e a dar
valor a mil coisas que
nada significam para os
que são felizes.
(Obra citada, cap. XLV,
pp. 274 a 276.)
D. Que é egoísmo e
quais as suas
conseqüências?
R.: O egoísmo constitui
uma das mais terríveis
doenças da alma e o
maior obstáculo que se
opõe a qualquer
aperfeiçoamento social.
O egoísmo é a
persistência do feroz
espírito de
individualismo que
distingue o animal e que
apresenta o vestígio de
um estado inferior pelo
qual tenhamos passado. O
egoísmo traz em si seu
próprio castigo: a vida
do egoísta transcorre
vazia e monótona e tanto
aqui quanto na vida
espiritual todos fogem
dele, homens ou
Espíritos. Não haverá
paz, segurança,
bem-estar social, se não
for vencido o egoísmo e
destruídos os
privilégios. (Obra
citada, cap. XLVI, pp.
278 a 282.)
Texto
para leitura
193. O Espiritismo
dá-nos a chave do
Evangelho e ensina-nos a
moral superior,
definitiva, cuja
grandeza revela sua
origem sobre-humana. (P.
260)
194. A filosofia dos
Espíritos, sobrepondo
aos castigos eternos a
justa conseqüência dos
próprios atos,
mostra-nos que o
Espírito, em toda parte
e sempre, será aquilo
que de si mesmo fez. (P.
260)
195. A noção da
finalidade real da
existência tem um valor
incalculável para o
melhoramento e a
elevação dos homens: o
conhecimento da meta a
que nos dirigimos
facilita nossa marcha e
imprime às ações um
impulso vigoroso para o
ideal concebido. (P.
261)
196. A perspectiva se
alarga com a filosofia
espírita; o que devemos
buscar não é mais o bem
terrestre, mas o
melhoramento íntimo. (P.
261)
197. O dever é o nobre
ideal que inspira os
grandes sacrifícios, as
puras dedicações e os
entusiasmos
santificados, e do seu
culto decorre uma calma
íntima e uma serenidade
de espírito mais
preciosa que todos os
bens da Terra, que se
pode degustar mesmo
entre provas e
desventuras. (P. 263)
198. A essência do homem
moral é a honestidade.
(P. 264)
199. A honestidade,
segundo o mundo, não é,
porém, honestidade
segundo as leis divinas,
que são mais exigentes
com a criatura humana.
(P. 264)
200. Os Espíritos nos
mostram que a
responsabilidade é
relativa ao saber e que
o conhecimento espírita
impõe-nos trabalhar mais
ainda. (P. 265)
201. A prática constante
do dever leva-nos ao
aperfeiçoamento; para
apressá-lo é preciso
estudar primeiro com
atenção a si mesmo e
submeter os próprios
atos a escrupuloso
controle. (P. 265)
202. É necessário, em
segundo lugar, escolher
as amizades, os
companheiros e procurar
viver em ambiente
honesto e puro, onde
reinem apenas
influências benéficas e
fluidos quentes e
simpáticos, evitando
conversas frívolas, a
maledicência e a mentira
e retemperando-se com
freqüência no estudo e
no recolhimento. (P.
266)
203. A fé é a mãe de
todo sentimento nobre e
de toda grande ação. (P.
268)
204. O conhecimento do
mundo invisível e a
confiança numa lei
superior de justiça e de
progresso imprimem à fé
segurança e calma. (P.
269)
205. O orgulho é o mais
temível de todos os
vícios e dele derivam
todas as perturbações da
vida social. O homem só
poderá livrar-se dele ao
preço de provas
dolorosas e de
existências obscuras.
(P. 271)
206. O ensino espírita
revela-nos a condição
dos orgulhosos na vida
futura: os humildes e os
pobres deste mundo são
ali exaltados; os
vaidosos e os poderosos
são deprimidos e
humilhados. (P. 272)
207. A riqueza e o poder
geram, com freqüência, o
orgulho, enquanto uma
vida obscura e de
trabalhos concorre para
o progresso moral. (P.
274)
208. As tentações têm
menor força contra o
operário ocupado em seu
trabalho diário,
enquanto o homem mundano
é absorvido pelas
ocupações frívolas,
pelas especulações e
pelo prazer. (P. 274)
209. A riqueza
prende-nos à Terra com
vínculos tão numerosos e
íntimos, que a morte
raramente consegue
romper e libertar-nos
deles; daí decorrem as
angústias do rico na
vida futura. (P. 274)
210. A pobreza
ensina-nos a termos
compaixão pelos males
alheios e a dar valor a
mil coisas que nada
significam para os que
são felizes. (P. 276)
211. Irmão do orgulho, o
egoísmo provém das
mesmas causas e
constitui uma das mais
terríveis doenças da
alma e o maior obstáculo
que se opõe a qualquer
aperfeiçoamento social.
(P. 278)
212. O egoísmo é a
persistência do feroz
espírito de
individualismo que
distingue o animal e que
apresenta o vestígio de
um estado inferior pelo
qual tenhamos passado.
(P. 278)
213. O egoísmo traz em
si seu próprio castigo:
a vida do egoísta
transcorre vazia e
monótona e tanto aqui
quanto na vida
espiritual todos fogem
dele, homens ou
Espíritos. (P. 280)
214. Embora possa ser
encontrado em todas as
classes, o egoísmo é
mais comum no rico que
no pobre: com freqüência
a prosperidade endurece
o coração, enquanto a
desventura ensina-nos a
partilhar as dores
alheias. (P. 280)
215. Não haverá paz,
segurança, bem-estar
social, se não for
vencido o egoísmo e
destruídos os
privilégios. Mas a
solidariedade irá
triunfar, graças ao
conhecimento de nossos
destinos: a reencarnação
e a necessidade de
voltar em condições
modestas serão aguilhões
a estimular o egoísta,
fazendo com que o
sentimento exagerado da
personalidade se atenue.
(PP. 281 e 282)
(Continua no próximo
número.)