GERSON SIMÕES
MONTEIRO
gerson@radioriodejaneiro.am.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
A Doutrina
Espírita é
contra o aborto
Os espíritas são
contra o aborto
que se dá pela
interrupção
proposital da
gravidez, por
constituir um
crime perante as
leis de Deus.
Isto porque, ao
provocar a morte
do feto em
formação no
útero materno, o
aborto impede o
Espírito
reencarnante de
renascer neste
mundo,
impossibilitando-o
de passar pelas
provas e
expiações
necessárias ao
seu progresso
espiritual.
É oportuno
lembrar que,
desde a
concepção, o
Espírito une-se
ao embrião do
futuro corpo por
um laço
fluídico,
extensão do seu
perispírito.
Esse laço vai-se
apertando até o
instante em que
a criança vê a
luz, conforme
esclarecimentos
dos benfeitores
espirituais a
Allan Kardec, na
questão 344 de
O Livro dos
Espíritos.
Eis a razão pela
qual o
Espiritismo é
contra o aborto
eugênico, no
caso do feto
apresentar
má-formação
congênita no
útero materno, e
contra o aborto
por motivos
econômicos, com
a desculpa da
pobreza dos
pais.
O Espiritismo
também é contra
o aborto em caso
de estupro, em
função da
criança não ter
nenhuma culpa do
ato violento.
Neste caso, o
ser inocente não
pode ser punido
com a morte,
devendo, sim,
ser recebido com
amor e carinho.
A punição do
estupro,
portanto, deve
voltar-se
exclusivamente
para o
criminoso, de
acordo com o
Código Penal em
vigor. O correto
seria a lei
facilitar a
adoção da
criança nascida,
quando a mulher
não se sentisse
com estrutura
psicológica e
financeira para
criar o filho,
ao invés de
permitir a morte
legal do feto.
No entanto, só
em casos
extremos, para
salvar a vida da
gestante, é que
a Doutrina
Espírita admite
o aborto
terapêutico,
segundo a
questão 359 de
O Livro dos
Espíritos,
pelo fato da mãe
continuar viva.
Tal situação é
lógica, pois ela
precisa cuidar
dos outros
filhos e pode
engravidar de
novo, até do
mesmo Espírito
que teve sua
vinda ao mundo
interrompida
anteriormente.
Agora, se você
está pensando em
abortar ou
defender tal
idéia, imagine
se nossas mães,
quando fomos
gerados, não
fossem a favor
da vida e
tivessem nos
abortado. De
mais a mais, o
nascituro não é
uma máquina de
carne que pode
ser desligada de
acordo com os
interesses
circunstanciais,
mas sim um ser
humano com
direito a
proteção no
ventre materno!
GERSON SIMÕES
MONTEIRO é
presidente da
Fundação
Cristã-Espírita
Paulo de Tarso,
do Rio de
Janeiro, RJ, e
diretor da Rádio
Rio de Janeiro.