Desencarnou no dia 7 de agosto
último, em Astolfo Dutra (MG), o
confrade Jurandir Abranches
(foto), 70 anos, filho de
Paulino Abranches e Margarida
Jovita Abranches.
Jurandir foi fundador do Centro
Espírita “A Luz do Evangelho”,
localizado no Distrito de São
Manoel do Guaiassu, município de
Dona Euzébia (MG) e dirigia
atualmente o Centro Espírita Fé
e Caridade, na cidade de Guarani
(MG), situada na mesma região da
Zona da Mata Mineira.
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O velório que antecedeu o
sepultamento do seu corpo foi
uma experiência maravilhosa. As
lágrimas de todos os parentes e
amigos que ali estavam se
transformaram em sorrisos,
tantas as preces e mensagens de
agradecimento vindas de todos os
lugares, de todas as classes
sociais e, principalmente, de
todas as religiões. Os muitos
sobrinhos que o acompanhavam em
seu grande trabalho social
naquela região deitaram sobre
ele tantas palavras de
agradecimento e era tamanha a
certeza de que ele estava
partindo para uma esfera
superior, como futuro
trabalhador da seara de Deus,
que as pessoas se sentiam
envergonhadas por chorar.
A comunidade de Guarani, que ele
assistia com suas reuniões de
estudos e mediúnicas e com seus
almoços para angariar alimentos
e roupas para os carentes,
esteve toda ali, representada
pelos mais simples, pelos mais
humildes de corpo, mas pelos
maiores de coração e
benevolência, que com suas
palavras, que discordam
completamente do português, mas
estão elencadas na gramática da
vida, deixaram ali o máximo que
podiam: sentimentos puros,
vindos de corações escondidos em
peitos cobertos por parca roupa
e quase nenhum alimento, aquilo
que não costumamos presenciar
todos os dias.
Jurandir era dessas pessoas que
acreditam que podem ajudar a
todos. E acreditava tanto que
encontrava um jeito de alguma
forma resolver um problema,
acalmar um doente, ou mesmo, com
o milagre de sua fé, propiciar a
cura de um enfermo.
Indistintamente por onde
passava, se havia problema, ele
sabia que podia resolver, e, se
não pudesse, sabia que Deus
podia, e implorava a Deus, e
implorava a ajuda dos
companheiros da doutrina e
resolvia.
Aqueles que acompanharam a
trajetória de sua vida sabem da
determinação dessa criatura que
venceu os piores vícios, passou
pelas piores mazelas, e com fé
e determinação, vindas de D.
Margarida, sua mãe, de João Lage
e de Mateus Fraga, seus
companheiros, fizeram-no vencer
todas essas misérias e partir
para uma vida de evangelização e
beneficência.
Andava de chinelos para não
constranger aqueles que
visitava. Afinal ele sabia ler.
Lia Kardec e lia os corações.
Fascinava aqueles que
desconheciam a doutrina e
deixava entediados aqueles que
já estavam cansados de ouvir
suas pregações, suas
histórias, que traziam sempre
exemplos de vida e abnegação.
Felizes aqueles que puderam
ouvi-las e o seguiram e puderam
ajudá-lo a ajudar.
Na cidade de Astolfo Dutra, em
toda a região, e no convívio dos
amigos hoje falta ele - em carne
e osso - pois em espírito, com
certeza, estará sempre presente
labutando e socorrendo sempre.
Deus o abençoe!
Cleuzanir Ivantes
- Zaíca
Desencarnou em Maringá (PR) no
dia 27 de julho último, aos 67
anos de idade, o estimado
confrade Cleuzanir Ivantes, mais
conhecido como Zaíca. O
sepultamento do seu corpo
ocorreu no dia 28 seguinte.
Casado com Valderez Ivantes, com
quem teve 5 filhos, era avô
carinhoso de 7 netos, que, como
todos nós, sentirão a falta do
companheiro e confrade que,
otimista e sorridente, soube
sempre cultivar os amigos.
Ligado à divulgação espírita,
pela palavra e pela escrita,
Zaíca foi sempre muito atuante
no movimento espírita e na
assistência social,
constituindo-se numa referência
sempre que nos lembramos do
movimento espírita em Maringá.
Juntamente com a esposa, filhos
e amigos, todos atuantes na
seara cristã, promoveu
campanhas, promoções e
atividades inúmeras, como o
Encontro Fraterno Lins de
Vasconcellos, visando a angariar
recursos para manter a obra que
fundara com dedicação e amor.
Plenamente identificado com o
que pregava na tribuna, fez
opção pelos frágeis e oprimidos,
assistindo-os e promovendo-os
socialmente em plena harmonia.
O jornal Maringá Espírita,
em sua edição de 3 de agosto,
dedicou-lhe uma merecida
homenagem e publicou o último
artigo escrito pelo confrade, no
qual Zaíca tece comentários
sobre o movimento espírita de
Maringá.
Que Deus o abençoe! – é o que
pedimos, nós, seus companheiros
e admiradores que compomos a
equipe de O Consolador.
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