A. Como devemos ver a
caridade e o perdão?
R.: Caridade não é
somente a solicitude
pelos miseráveis. A
caridade material, ou
beneficência, pode
aplicar-se às pessoas
sob a forma de socorro,
encorajamento e amparo.
A caridade moral deve
estender-se a todos, e
não consiste em esmola,
mas em uma benevolência
que deve envolver todos
os homens e regular as
nossas relações com
eles, coisa que todos
podemos praticar. O
homem caridoso faz o bem
ocultamente e dissimula
suas boas obras,
enquanto o vaidoso grita
aos quatro ventos o bem
que faz. A ingratidão e
a injustiça não ferem o
homem caridoso, porque
ele pratica o bem sem
esperar dele nenhuma
recompensa. A caridade é
a mãe da virtude: dela
derivam a paciência, a
doçura, a prudência nos
propósitos. O dever da
alma que aspira aos céus
elevados é perdoar. O
perdão é próprio das
almas elevadas; a
vingança, o duelo, a
guerra são vestígios do
estado selvagem.
(Depois da Morte, cap.
XLVII e XLVIII, pp. 286
a 291.)
B. Podemos considerar
virtudes a paciência e o
amor?
R.: Sim. A paciência é a
qualidade que nos ensina
a suportar com calma
todas as dores. Ela não
consiste em sufocar em
nós toda a sensação, mas
em buscar, além do
horizonte da vida atual,
as consolações que nos
mostram a relatividade e
insignificância das
tribulações materiais.
O amor é a atração
celestial das almas, a
potência divina que une
os mundos, governa-os,
fecunda-os; o amor é o
olhar de Deus! O amor,
profundo como o mar,
infinito como o céu,
abrange todos os seres:
Deus é o seu foco. Todos
os seres são feitos para
amar. (Obra citada,
cap. XLVIII e XLIX, pp.
292 a 296.)
C. Como o espírita
encara a perda dos seres
amados?
R.: Segundo o
Espiritismo, não existe
perda dos seres amados.
A separação produzida
pela morte é apenas
aparente: os filhos, o
pai e a mãe adorada
estão ainda conosco;
seus fluidos, seus
pensamentos
envolvem-nos, seu amor
protege-nos e podemos
até, às vezes,
comunicar-nos com eles e
receber seu
encorajamento e seus
conselhos. (Obra
citada, cap. L, p. 304.)
D. Que é prece e como
devemos fazê-la?
R.: A prece deve ser uma
expansão íntima da alma
para com Deus, um
colóquio solitário, uma
meditação sempre útil e
em geral fecunda. A
prece é a elevação da
alma acima das coisas
terrenas, é uma ardente
invocação às potências
superiores. Nesse
colóquio com a Potência
suprema, a linguagem
deve ser espontânea e
variar segundo as
necessidades e o estado
de alma da pessoa,
podendo ser um simples
pensamento, uma
lembrança, um olhar
erguido ao céu. (Obra
citada, cap. LI, pp. 308
a 312.)
Texto
para leitura
216. Não é caridade
somente a solicitude
pelos miseráveis: a
caridade material, ou
beneficência, pode
aplicar-se a certas
pessoas sob a forma de
socorro, encorajamento e
amparo. (P. 286)
217. A caridade moral
deve estender-se a
todos, e não consiste em
esmola, mas em uma
benevolência que deve
envolver todos os homens
e regular as nossas
relações com eles, coisa
que todos podemos
praticar. (P. 286)
218. O homem caridoso
faz o bem ocultamente e
dissimula suas boas
obras, enquanto o
vaidoso grita aos quatro
ventos o bem que faz.
(P. 287)
219. Nessas condições, a
ingratidão e a injustiça
não ferem o homem
caridoso, porque pratica
o bem sem esperar dele
nenhuma recompensa. (P.
287)
220. Tudo o que o homem
faz por seus irmãos
imprime-se no grande
livro fluídico, cujas
páginas se perdem nos
tempos. (P. 289)
221. Se o orgulho é o
pai dos vícios, a
caridade é a mãe da
virtude: dela derivam a
paciência, a doçura, a
prudência nos
propósitos. (P. 290)
222. O dever da alma que
aspira aos céus elevados
é perdoar; a vingança,
o duelo, a guerra são
vestígios do estado
selvagem. (PP. 290 e
291)
223. Um dia abençoaremos
aqueles que foram duros
e sem piedade conosco,
pois de sua iniqüidade
terá surgido o nosso bem
espiritual. (P. 291)
224. A paciência é a
qualidade que nos ensina
a suportar com calma
todas as dores: ela não
consiste em sufocar em
nós toda sensação, mas
em buscar, além do
horizonte da vida atual,
as consolações que nos
mostram a relatividade e
insignificância das
tribulações materiais.
(P. 292)
225. O amor é a atração
celestial das almas, a
potência divina que une
os mundos, governa-os,
fecunda-os; o amor é o
olhar de Deus! A ardente
paixão que suscita os
apetites carnais é
apenas uma sombra do
amor. (P. 294)
226. O amor, profundo
como o mar, infinito
como o céu, abrange
todos os seres: Deus é o
seu foco. Todos os seres
são feitos para amar.
(P. 296)
227. O sofrimento é lei
de nosso planeta; assim,
apenas para quem não
enxerga o futuro, a
pobreza, a enfermidade e
a doença são um mal. (P.
299)
228. A dor, sob todas as
formas, é o remédio
supremo das imperfeições
e das enfermidades da
alma; sem a dor não é
possível a sua cura. (P.
299)
229. A obra da dor é
fecunda; faz germinar em
nós tesouros de piedade,
de ternura, de afeto:
aqueles que não a
conhecem, nada valem.
(P. 300)
230. Se existe provação
cruel, é a perda dos
seres amados; contudo,
uma morte prematura é,
com freqüência, um bem
para o Espírito que
parte, livre dos perigos
e das seduções da Terra.
(P. 304)
231. A separação
produzida pela morte é
apenas aparente: os
filhos, a mãe adorada
estão ainda conosco;
seus fluidos, seus
pensamentos
envolvem-nos, seu amor
protege-nos e podemos
até, às vezes,
comunicar-nos com eles e
receber seu
encorajamento e seus
conselhos. (P. 304)
232. A prece, refúgio
supremo dos aflitos, dos
corações magoados, deve
ser uma expansão íntima
da alma para com Deus,
um colóquio solitário,
uma meditação sempre
útil e em geral fecunda.
(P. 308)
233. A prece é a
elevação da alma acima
das coisas terrenas, é
uma ardente invocação às
potências superiores.
(P. 308)
234. Nesse colóquio com
a Potência suprema, a
linguagem deve ser
espontânea e variar
segundo as necessidades
e o estado de alma da
pessoa, podendo ser um
simples pensamento, uma
lembrança, um olhar
erguido ao céu. (P. 309)
235. Na prece diária
dirigida ao Eterno, o
sábio não pede a
felicidade, nem procura
fugir às dores, aos
desenganos, às
desventuras: o que ele
deseja é conhecer a lei
para melhor cumpri-la e
pede a ajuda dos bons
Espíritos, para que o
amparem nos dias
aflitivos da vida. Estes
o atendem. (P. 310)
236. Quando uma pedra
cai na água a superfície
desta vibra em esferas
concêntricas: assim o
fluido universal é
movido por nossas preces
e nossos pensamentos,
estabelecendo-se uma
corrente fluídica de uns
para outros, porque
todos os seres e mundos
estão imersos nesse
fluido. (P. 311)
237. Assim acontece com
relação às almas que
sofrem: a prece age à
distância sobre elas
como um magnetismo,
penetra os fluidos
densos que as envolvem,
ameniza suas angústias e
sua tristeza. (P. 311)
238. Reuni-vos para
orar: a prece feita em
comum é um feixe de
vontades, de
pensamentos, de raios,
de harmonias e de
perfumes, que se dirige
com maior força à sua
finalidade. (P. 312)
239. Ao fim de cada dia,
examinemos com cuidado
as obras que realizamos:
deploremos o mal
cometido, propondo-nos
evitá-lo, e alegremo-nos
pelo que tenhamos feito
de útil e bom, pedindo à
sapiência suprema
auxílio para
realizarmos, dentro e à
nossa volta, a perfeita
beleza moral. (P. 313)
(Continua no próximo
número.)