PEDRO DE ALMEIDA LOBO
lobocmemtms@terra.com.br
Campo Grande, Mato
Grosso do Sul (Brasil)
As mães, o amor materno
e o aborto
Ouve-se dizer em larga
escala que o Espiritismo
não proíbe ninguém de
deixar de fazer o que
queira, de dizer o que
pense ou de executar o
que planeje. O dia em
que isso acontecer, ele
se ombreará com o
Tribunal do Santo
Ofício, da Idade Média.
Como se comporta o
Espiritismo com relação
à família, no tocante ao
aborto? Aceita, repudia,
condena ou releva quem o
pratica? A resposta está
com Jesus, o Cristo,
quando ensina: “Cada um
só pode dar aquilo que
tem”. “A cada um será
dado conforme a sua
obra.”
O livre-arbítrio é uma
lei natural. Cada um
responderá, mais cedo ou
mais tarde, pelos atos
praticados,
independentemente da
filosofia religiosa que
professe.
O Espiritismo não
concorda com nenhuma
ação criminosa, muito
menos com essa que mata
o corpo físico de um
Espírito que nem sequer
completou sua
reencarnação.
Os defensores desse ato
nefando contra a vida,
notadamente certas
mulheres, argumentam que
o corpo que gera a
criança é delas, porém
se esquecem de que o do
feto não lhes pertence.
Por essa e outras
razões, incentiva a
vitalidade do corpo
humano, “morada”
temporária do ser
pensante.
É bom que as pessoas
entendam isso de uma vez
por toda, e passem a
respeitar o Espírito
reencarnante.
O espírita convicto é
fiel aos princípios
preconizados pelo Mestre
dos mestres: “Amai-vos
uns aos outros como Eu
vos tenho amado”. Ele
não estipulou idade, nem
condicionantes para o
amor reinar entre mãe e
filho.
*
Educadora do lar,
pastora da sociedade e
apascentadora universal.
Único ser humano a quem
o Pai da vida dotou de
órgãos anatômicos e
fisiológicos capazes de
gerar e fecundar um
corpo humano que sirva
de morada temporária
para a obra-prima da Sua
criação, dando azo à
perpetuidade da espécie
humana. Assim é a mãe.
Na escala amorável,
dentre as constelações
luminares no infinito da
Criação, ela resplandece
como estrela de primeira
grandeza. Entre pessoas,
é o amor de mãe, sem
sombra de dúvidas, o
amor mais puro que
existe na face da Terra.
O que uma mãe não faz
para ver seu filho
feliz? Luta contra o
mundo.
É pena que muitos passem
a perceber o valor dessa
criatura, quando ela já
se despojou do corpo
físico.
Por essa e outras
plausíveis razões,
quando a mãe fica com os
cabelos brancos, andar
claudicante, pensamentos
falhos e cuidados
aparentemente
excessivos, seus
rebentos devem
dedicar-lhe mais
carinho, mais afeto e
mais ternura. É o
momento apropriado para
ampliar a gratidão
àquela que jamais
economizou esforços,
dedicação e devotamento
para agasalhá-los, a
qualquer custo e sob
quaisquer
circunstâncias, no manto
sagrado do amor.
Mãe!
Que os filhos lembrem-se
de sua existência, todos
os dias de suas vidas!