“Pode o homem se afastar
da influência dos
Espíritos que o incitam
ao mal?
– Sim, porque eles só se
ligam aos que os
solicitam por seus
desejos ou os atraem por
seus pensamentos.”
(Questão 467, de “O
Livro dos Espíritos” –
Allan Kardec.)
Os Espíritos, que são os
próprios homens quando
fora do corpo, exercem
grande influência sobre
os encarnados, tanto
para o bem quanto para o
mal, dependendo do
padrão vibratório que
apresentam.
No entanto, é preciso
que tomemos consciência
de que nossos irmãos
espirituais não plantam
o mal em nós, eles
apenas utilizam o mal
que temos e, a partir
daí, quando desejam,
conseguem fermentá-lo,
visando com isso causar
os danos que pretendem.
Na verdade, temos
absolutas condições de
exercer o domínio
próprio, isto é, somos
totalmente responsáveis
pela vida que levamos,
pelos gestos que
emitimos, pelas ações
que fazemos e pelas
decisões que tomamos. A
participação dos
Espíritos se prende a
influenciar e não a
decidir por nós. Eles se
apresentam em nossas
vidas à medida que
permitimos.
Então é preciso que
saibamos como conduzir
nossa jornada. O bem,
obviamente atrai o bem,
o mal, sem dúvida, busca
pelo mal. Daí cair por
terra a idéia enganosa
de que as coisas ruins
que fazemos têm a mão
decisiva dos Espíritos
inferiores.
Interessante é observar
que quase sempre
atribuímos o mal que
fazemos às influências
negativas que recebemos,
e o bem que realizamos
creditamos a nós mesmos,
como méritos absolutos.
Tanto o mal como o bem,
por certo, contam com a
participação dos seres
encarnados que nos
cercam, pois Paulo de
Tarso, em sua memorável
grandeza espiritual nos
informou “ que estamos
cercados por uma
multidão de
testemunhas”.
Em realidade, a base
dessa sintonia se
encontra em nossa mente,
pelo pensamento. O que
realmente atrai os
Espíritos para o nosso
convívio são os nossos
pensamentos. O fato de
acreditar na presença
deles, ou não, em nada
muda tal realidade, pois
que a coletividade
terrena, quer seja
encarnada ou
desencarnada interage
entre si, pois que somos
criaturas de Deus, com o
mesmo objetivo: – seguir
o caminho da felicidade
e da paz.
Tendo consciência dessa
insofismável assertiva,
precisamos,
urgentemente, rever e
analisar o eixo central
das nossas vidas,
buscando saber se
seguimos pela existência
dentro dos padrões do
equilíbrio ou se
caminhamos indiferentes
aos valores eternos e
definitivos.
Também não podemos
olvidar que, quando
deixarmos o nosso corpo,
pelo fenômeno da morte,
a nossa condição
espiritual será
determinada pelo que
fizemos na vida física.
E as nossas amizades, lá
no mundo dos Espíritos,
serão aquelas que
cultivamos pelo bem ou
pelo mal que realizamos.
Portanto, a importância
das nossas deliberações
tanto serve para atrair
a presença dos Espíritos
ao nosso lado, como para
precisar a nossa
situação como
desencarnado.
Assim, não será difícil
concluirmos o que é
melhor para cada um.
Sendo uma vida de paz e
de felicidade o desejo
intimo de cada um, por
que ainda insiste a
criatura em viver
causando dores,
sofrimentos e dissabores
ao próximo? O maior
prejudicado será sempre
aquele que causa
transtornos ao irmão do
caminho; por que, então,
prosseguir nesse
comportamento suicida?
Jesus, há dois mil anos
sentenciou; “Ama teu
próximo como a ti mesmo”
e “não faças ao teu
irmão o que não desejas
para ti”. Por certo, o
Mestre não estava
deitando palavras ao
vento, nem brincando com
a humanidade, mas
ensinando a ciência da
boa convivência social.
O que estamos esperando
para segui-Lo?
Os Espíritos estão por
todos os lados, são
nossa mãe, nosso pai,
nossos filhos, nossos
irmãos, nossos parentes,
nossos amigos, nossos
inimigos, aqueles que
são bons, outros que são
maus que deixaram a vida
física. Assim, diante do
nosso comportamento
estarão conosco,
queiramos ou não.
Portanto a escolha das
amizades espirituais
depende só de nós.
Pensemos.