Questões
preliminares
A.
Que
informações colhemos no segundo caso
relatado por Bozzano?
R.: Neste caso, o Espírito de Horace
Abraham Ackley descreve a maneira por que
seu Espírito se separou do corpo físico.
Enquanto muitos Espíritos de mortos entram
num meio mais ou menos radioso, onde são
acolhidos por seus parentes desencarnados, o
Espírito de Horace se encontrou em um meio
nuvioso, isto é, nublado, onde foi acolhido
amistosamente por dois Espíritos que lhe
eram desconhecidos. Ele disse também haver
enfrentado a experiência da “visão panorâmica”
de seu passado, que pareceu ter sido
provocada pelos “guias espirituais”, com
o fim de predispô-lo a uma espécie de
exame de consciência. (Obra
citada, pp.
27 a
30.)
B.
Quem
era Jim Nolan e que revelações ele
transmitiu?
R.: Jim Nolan era o Espírito-guia do
célebre médium Hollis, o qual, havendo
sido soldado no curso da Guerra de Secessão
da América e morto de tifo num hospital
militar, disse que, ao entrar no mundo
espiritual, pareceu-lhe caminhar sobre um
terreno sólido, quando encontrou sua avó,
que o levou para longe dali, para sua
morada. A morada da avó, onde ele repousou
e dormiu naquela noite, tinha o aspecto de
uma casa. Nolan passou também pela experiência
da “visão panorâmica” de sua vida
terrena, mas, em seu caso, o fenômeno se
desdobrou sob a forma de “recapitulação
de lembranças”. (Obra
citada, pp.
31 a
37.)
C.
Que
diz Bozzano sobre o poder criador do
pensamento?
R.: O poder criador do pensamento no
meio espiritual é confirmado por fatos que
se desenrolam no meio terrestre, onde o
pensamento e a vontade são suscetíveis de
criar e objetivar as formas concretas das
coisas pensadas e desejadas. A diferença
entre os dois meios é que, aqui, semelhante
criação requer a participação de
sensitivos especiais. Bozzano refere-se aos
fenômenos de “ideoplastia” ou de
“fotografias do pensamento”. O poder
criador do pensamento é que explica por que
o Espírito, pensando na forma humana, se vê
de novo em forma humana, e, pensando em
estar vestido, acha-se coberto de roupas
que, sendo tão etéreas como seu próprio
corpo, lhe parecem substanciais como as
vestes terrenas. É desse modo que ele
encontra novamente, no mundo espiritual, um
meio e uma morada correspondentes a seus hábitos
terrestres, morada que lhe preparariam os
seus familiares, tornados antes dele à
existência espiritual. (Obra
citada, pp.
32 a
36.)
D.
De que trata o quarto caso examinado na obra
e que informações nele se contêm?
R.: Extraído da obra de Mrs. Jessie
Platts: The Witness, trata-se de uma coleção
de comunicações mediúnicas obtidas
graças à mediunidade da própria Mrs.
Platts, viúva do Reverendo Charles Platts,
que teve a infelicidade de perder seus dois
filhos na Grande Guerra. As mensagens
publicadas provêm do filho mais moço: Tiny,
rapaz de 18 anos, morto quando combatia na
frente francesa, em abril de 1917. Nas
revelações feitas pelo rapaz, Bozzano
destacou estes pontos: a) o fato de os Espíritos
desencarnados ignorarem terem morrido; b) o
sono reparador, a que estariam sujeitos
todos os Espíritos recém-chegados ao mundo
espiritual; c) o estado de insulamento em
que ficam certos Espíritos, incapazes de
perceber a presença dos Espíritos-guias
pertencentes a uma hierarquia superior. (Obra
citada, pp.
37 a
42.)
Texto
para leitura
17. Segundo caso - Este fato foi tirado do livro From Matter to Spirit, em
que a personalidade mediúnica do Dr. Horace
Abraham Ackley descreve a maneira por que
seu Espírito se separou do corpo físico.
(P. 27)
18.
Transcrita a mensagem, Bozzano observa que,
enquanto muitos Espíritos de mortos entram
num meio mais ou menos radioso, onde são
acolhidos por seus parentes desencarnados,
aqui se vê, ao contrário, que o
comunicante se encontrou em um meio nuvioso,
isto é, nublado, onde foi acolhido
amistosamente por dois Espíritos que lhe
eram desconhecidos. (P. 29)
19.
No caso em apreço, o comunicante afirma ter
enfrentado também a experiência da “visão
panorâmica” de seu passado, que pareceu
aqui ter sido provocada pelos “guias
espirituais”, com o fim de predispor o Espírito
a uma espécie de exame de consciência. (P.
29)
20.
O caso contém, ainda, a narração de um
fato de bilocação no leito de morte,
seguido do fenômeno consistente na situação
que durante algum tempo o desencarnado
conservou, pairando por cima do cadáver.
(PP. 29 e 30)
21.
Terceiro caso - Extraído do livro do Dr. Wolfe: Starling Facts in Modern
Spiritualism, este caso apresenta
Jim Nolan, o Espírito-guia do célebre médium
Sr. Hollis, o qual, havendo sido soldado no
curso da Guerra de Secessão da América e
morto de tifo num hospital militar, responde
a várias perguntas de um experimentador.
(P. 31)
22.
Jim Nolan disse que, ao entrar no mundo
espiritual, parecia-lhe caminhar sobre um
terreno sólido, quando encontrou sua avó,
que o levou para longe dali, para sua
morada. A morada da avó, onde ele repousou
e dormiu naquela noite, tinha o aspecto de
uma casa. “No mundo dos Espíritos –
explicou ele –, há a força do
pensamento, por meio do qual se podem criar
todas as comodidades desejáveis...” (P.
32)
23.
Esta informação, diz Bozzano, não é
apenas um dos detalhes fundamentais a cujo
respeito todos os Espíritos estão de
acordo; é também a chave que permite
explicar e resolver todas as informações e
descrições aparentemente absurdas, incríveis
ou ridículas dadas pelos Espíritos a
respeito da vida espiritual. (PP. 32 e 33)
24.
O poder criador do pensamento no meio
espiritual é confirmado por fatos que se
desenrolam no meio terrestre, onde o
pensamento e a vontade são suscetíveis de
criar e objetivar as formas concretas das
coisas pensadas e desejadas. A diferença
entre os dois meios é que, aqui, semelhante
criação requer a participação de
sensitivos especiais. Bozzano refere-se aos
fenômenos de “ideoplastia” ou de
“fotografias do pensamento”. (PP. 33 e
34)
25.
As personalidades mediúnicas afirmam que as
condições de existência espiritual são
transitórias e dizem respeito,
exclusivamente, à esfera mais próxima do
mundo terrestre, isto é, a que se destina
aos Espíritos recém-chegados. (P. 35)
26.
Temos de reconhecer, diz Bozzano, que um
ciclo de existência preparatória passe
entre a existência encarnada e a de “puro
Espírito”, de maneira a conciliar a
natureza, por demais terrestre, do Espírito
desencarnado, com a natureza transcendental
da existência espiritual propriamente dita.
(PP. 35 e 36)
27.
O poder criador do pensamento permite obviar
a este inconveniente: o Espírito, pensando
na forma humana, se veria de novo em forma
humana; pensando em estar vestido,
achar-se-ia coberto de roupas que, sendo tão
etéreas como o seu próprio corpo, lhe
pareceriam tão substanciais como as vestes
terrenas. É assim que ele encontraria
novamente, no mundo espiritual, um meio e
uma morada correspondentes a seus hábitos
terrestres, morada que lhe preparariam os
seus familiares, tornados antes dele à
existência espiritual. (P. 36)
28.
Jim Nolan passou também pela experiência
da “visão panorâmica” de sua vida
terrena, mas, em seu caso, o fenômeno se
desdobrou sob a forma de “recapitulação
de lembranças”. (PP. 36 e 37)
29.
Quarto
caso -
Este fato foi tirado da obra de Mrs. Jessie
Platts: The Witness. Trata-se de uma coleção
de comunicações mediúnicas muito
interessantes, obtidas graças à
mediunidade da própria Mrs. Platts, viúva
do Reverendo Charles Platts, que teve a
infelicidade de perder seus dois filhos na
Grande Guerra. As mensagens publicadas provêm
do filho mais moço: Tiny, rapaz de 18 anos,
morto quando combatia na frente francesa, em
abril de 1917. (P. 37)
30.
Bozzano transcreveu a mensagem de Tiny, que
resume em duas páginas as modalidades
essenciais em que se desenrola normalmente a
crise da morte para a grande maioria das
pessoas. (PP. 38 e 39)
31.
O autor assinalou na referida comunicação
os seguintes detalhes: a) o fato de os Espíritos
desencarnados ignorarem terem morrido; b) o
sono reparador, a que estariam sujeitos
todos os Espíritos recém-chegados ao mundo
espiritual; c) o estado de insulamento em
que ficam certos Espíritos, incapazes de
perceber a presença dos Espíritos-guias
pertencentes a uma hierarquia superior. (PP.
39 a
41)
32.
Na mensagem, o Espírito afirmou, como
outros já haviam dito,
que
não
existem
duas
personalidades espirituais que tenham
de atravessar as mesmas experiências após
a crise da morte. (P. 42)
33.
Esta afirmação, segundo Bozzano, é
absolutamente racional. Com efeito, se no
mundo dos vivos não há duas
individualidades que pensem da mesma
maneira; se, pela “lei de afinidade”,
todo Espírito gravita no plano espiritual
que lhe é próprio; e se o pensamento de
cada Espírito cria o seu meio objetivo e
subjetivo, é certo que não pode haver duas
personalidades espirituais que devam passar
pelas mesmas vicissitudes durante o curso da
crise da morte. (P. 42)
34.
Eis aí uma das causas das pretendidas
contradições das “revelações
transcendentais”, que cumpre atribuir à
variedade infinita dos temperamentos
individuais, combinados com o grau evolutivo
dos Espíritos. (P. 42)
(Continua
no próximo número.)