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Editorial
Ano 1 - N° 2 - 25 de Abril de 2007
 

A Terra não é, como alguns pensam, uma nave sem rumo


 

Perguntaram a um conhecido cronista brasileiro, por ocasião de um debate com estudantes, o que, no seu modo de ver, estaria faltando para que o homem, a história, o mundo, enfim, tivessem um sentido.

O cronista, um indivíduo admirável que, todavia, não comunga das idéias espíritas, disse então que falta à história e ao mundo uma edição final, a mesma edição que é feita no cinema, nos espetáculos e nos textos publicados pelos jornais. O mundo, a história e o homem não passam – para ele – de um making of, uma sucessão atabalhoada de cenas, frases, emoções que necessitam de uma montagem posterior.

Com efeito, observou o intelectual, o que se vê no mundo são guerras e massacres idiotas, cidades erguidas e destruídas, homens matando uns aos outros, crianças morrendo de fome, doenças que surgem e doentes que se vão.

Que sentido pode ter tudo isso? Quando virá um editor final para dar sentido a tudo?

A pergunta formulada pelos estudantes é dessas questões que têm intrigado e continuarão a intrigar gerações de pessoas. E não existe, obviamente, uma resposta fácil para ela, porque as filosofias e as religiões conhecidas não têm discutido, como deviam, o problema.

A Terra, já o disse certa vez Emmanuel, que foi o mentor espiritual da obra de Chico Xavier, é uma casa em reforma.

O mundo em que vivemos é um planeta ainda bastante atrasado e as pessoas que nele nascem necessitam, por isso, de passar por provas, expiações e reparações, nessa caminhada que levará a todos, passo a passo, à perfeição possível.

Se repudiamos a idéia da reencarnação, é claro que a visão do mundo e da humanidade será tão caótica quanto aparentemente o é o estado de coisas descrito pelo cronista.

A Terra não está, no entanto, como muitos pensam, à deriva. Este planeta é uma nave extraordinária que tem no seu comando um condutor preparado, o ser mais evoluído que o mundo já viu e seu nome é Jesus. Eis o editor final que, no papel que lhe cabe, tem evidentemente de seguir certas regras estabelecidas pelo Criador, ou seja, as leis que regem o Universo e suas criaturas.

A toda ação corresponde uma reação, quem matar pela espada morrerá sob a espada, quem com ferro fere com ferro será ferido, a semeadura é livre mas a colheita é obrigatória, a cada um segundo as suas obras...

Estas regras tão conhecidas, estatuídas por Deus, é que dirigem com sabedoria o roteiro, as locações, as alternativas da vida, que parecem tão confusas e improvisadas, mas que obedecem a uma programação meticulosa e a uma ordem que não podem ser compreendidas pelas doutrinas materialistas e por seus partidários.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita