Pela fé, o aprendiz do Evangelho é chamado,
como Abraão, à sublime herança que lhe é
destinada.
A conscrição atinge a todos.
O grande
patriarca hebreu saiu sem saber para onde ia
...
E nós, por
nossa vez, devemos erguer o coração e partir
igualmente.
Ignoramos
as estações de contacto na romagem enorme,
mas estamos informados de que o nosso
objetivo é Cristo Jesus.
Quantas
vezes seremos constrangidos a pisar sobre
espinheiros da calúnia? Quantas vezes
transitaremos pelo trilho escabroso da
incompreensão? Quantos aguaceiros de
lágrimas nos alcançarão o espírito? Quantas
nuvens estarão interpostas, entre o nosso
pensamento e o Céu, em largos trechos da
senda?
Insolúvel
a resposta.
Importa,
contudo, marchar sempre, no caminho interior
da própria redenção, sem esmorecimento.
Hoje, é o
suor intensivo; amanhã, é a
responsabilidade; depois, é o sofrimento e,
em seguida, é a solidão ...
Ainda
assim, é indispensável seguir sem desânimo.
Quando,
não seja possível avançar dois passos por
dia, desloquemo-nos para diante, pelo menos,
alguns milímetros...
Abra-se a
vanguarda em horizontes novos de
entendimento e bondade, iluminação
espiritual e progresso na virtude.
Subamos,
sem repouso, pela montanha escarpada:
Vencendo
desertos ...
Superando
dificuldades ...
Varando
nevoeiros ...
Eliminando
obstáculos ...
Abraão
obedeceu, sem saber para onde ia, e
encontrou a realização da sua felicidade.
Obedeçamos, por nossa vez, conscientes de
nossa destinação e convictos de que o Senhor
nos espera, além de nossa cruz, nos cimos
resplandecentes da eterna ressurreição.
(Mensagem
psicografada por Francisco Cândido Xavier,
constante do livro “Fonte Viva”, de 1956,
publicado pela Editora da Federação Espírita
Brasileira.)
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