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Clássicos do Espiritismo
Ano 1 - N° 21 - 7 de Setembro de 2007

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Reencarnação
Gabriel Delanne
(1a Parte)

Damos início hoje ao estudo do clássico A Reencarnação, de Gabriel Delanne, de acordo com a tradução feita por Carlos Imbassahy publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Para que serve o perispírito?

R.: O perispírito é o organizador ao qual a matéria obedece, o desenho vital que cada um de nós realiza e conserva durante toda a existência. Corpo fluídico da alma, contém em si todas as leis que presidem a organização e a manutenção do corpo material e as que regem o funcionamento psicológico do Espírito. (A Reencarnação, Introdução, pág. 14, e cap. II,  págs. 58 e 59.)

B. Que espécies de provas da reencarnação existem?

R.: São quatro as espécies de provas da reencarnação: 1a) as que provêm de Espíritos que afirmam lembrar-se de suas vidas anteriores; 2a) aquelas nas quais os Espíritos anunciam quais serão suas futuras reencarnações aqui; 3ª) as fornecidas pelos homens que se lembram de ter vivido na Terra; 4ª) as decorrentes da existência dos meninos prodígios. (Obra citada, Introdução, pág. 16.)

C. Que significa Palingenesia e qual a sua origem?

R.: Palingenesia é o mesmo que reencarnação. Esse vocábulo é formado de duas palavras gregas: palin, de novo; genesis, nascimento. Desde os albores da Civilização a palingenesia foi ensinada na Índia. (Obra citada, cap. I, pág. 17.)

D. Que filósofos da Antigüidade ensinavam a reencarnação?

R.: Foi Pitágoras quem introduziu na Grécia a doutrina das vidas sucessivas, que ele aprendeu no Egito e na Pérsia. Platão adotou a idéia pitagórica da Palingenesia. Segundo Platão, "aprender é recordar". A Escola Neoplatônica de Alexandria ensinava a reencarnação e Plotino e Porfírio falaram sobre ela de forma absolutamente clara. Jâmblico dizia que não há acaso nem fatalidade, mas uma justiça inflexível que regula a existência de todos os seres. Se alguns se vêem em meio a aflições, não é em virtude de uma decisão arbitrária da Divindade, mas conseqüência inelutável das faltas anteriores. (Obra citada, cap. I, págs. 18 a 21.)

Texto para leitura

1. As concepções de céu e inferno caducaram, pois não se compreende a eter­nidade do sofrimento como punição de uma existência, que, compa­rada à imen­sidade do tempo, é menos de um segundo. (PÁG. 12)

2. Sábios ilustres como Crookes, Wallace, Myers, Oliver Lodge, Lom­broso aceitam, plenamente, para explicar os mesmos fatos a teoria es­pirítica, a única que a eles se poderá adaptar. (PÁG. 13)

3. Prova-se que a alma existe antes do nascimento por argumentos filosóficos e pelas observações científicas. (PÁG. 14)

4. A experiência mostra que a alma é inseparável de um corpo fluídico, cha­mado perispírito, que contém em si todas as leis que presidem a or­ganização e a manutenção do corpo material, e, ao mesmo tempo, as que regem o funcio­namento psicológico do Espírito. (PÁG. 14)

5. Há vinte anos a reencarnação vem sendo admitida por grande número de Es­píritos na Inglaterra e nos EUA, e daí concluímos que essa teoria teria sido, até então, posta de lado pelos Guias espirituais, para não chocar ru­demente as crenças antigas e entravar assim o desenvolvimento do Espiri­tismo. (PÁGS. 15 e 16)

6. Nas comunicações espiríticas temos duas espécies de provas da reen­carnação: 1a) as que provêm de Espíritos que afirmam lembrar-se de suas vi­das anteriores; 2a) aquelas nas quais os Espíritos anunciam quais se­rão suas futuras reencarnações aqui. (PÁG. 16)

7. Há, ainda, duas séries de provas concernentes às vidas sucessivas: as fornecidas pelos homens que se lembram de ter vivido na Terra e as decorren­tes da existência dos meninos prodígios. Como a hereditariedade psíquica é inadmissível, a reencarnação é a única explicação lógica das anomalias apa­rentes. (PÁG. 16)

8. A reencarnação é também chamada Palingenesia – de duas palavras gregas: palin, de novo; genesis, nascimento – e desde os albores da Civilização ela foi formulada na Índia. (PÁG. 17)

9. O livro dos Vedas (Bagavat Gitá) afirma textualmente: "Assim como se dei­xam as vestes gastas para usar vestes novas, também a alma deixa o corpo usado para revestir novos corpos". (PÁG. 18)

10. Foi Pitágoras quem introduziu na Grécia a doutrina das vidas sucessivas, que ele aprendera no Egito e na Pérsia. (PÁG. 18)

11. Platão adotou a idéia pitagórica da Palingenesia. Segundo Platão, "aprender é recordar". (PÁG. 20)

12. A Escola Neoplatônica de Alexandria ensinava a reencarnação e Plotino e Porfírio falam sobre ela de forma absolutamente clara. (PÁGS. 20 e 21)

13. Jâmblico afirma não haver acaso nem fatalidade, mas uma justiça inflexível que regula a existência de todos os seres. Se alguns se vêem em meio a aflições, não é em virtude de uma decisão arbitrária da Divindade, mas conseqüência inelutável das faltas anteriores. (PÁG. 21)
(Continua na próxima edição.)
 


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