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Estudo
Sistematizado da Doutrina Espírita
Programa
II: Princípios Básicos
da Doutrina Espírita |
Ano 1 - N° 21 -
7 de Setembro de
2007 |
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THIAGO
BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
Curitiba,
Paraná (Brasil)
Penas e gozos futuros:
duração
das penas
Apresentamos nesta
edição o tema no
21 do Estudo
Sistematizado da
Doutrina Espírita,
que está sendo aqui
apresentado
semanalmente, de acordo
com programa elaborado
pela Federação Espírita
Brasileira, estruturado
em seis módulos e 147
temas.
Se o
leitor utilizar este
programa para estudo em
grupo, sugerimos que as
questões propostas sejam
debatidas livremente
antes da leitura do
texto que a elas se
segue. Se destinado
somente a uso por parte
do leitor, pedimos que o
interessado tente
inicialmente responder
às questões e só depois
leia o texto referido.
As respostas
correspondentes às
questões apresentadas
encontram-se no final da
lição.
Questões para debate
1. Existem, segundo o
Espiritismo, o céu e o
inferno?
2. Que podemos entender
por inferno?
3. Como podemos
sintetizar em poucas
palavras a chamada lei
de causa e efeito?
4. Quando alguém
prejudica outra pessoa,
basta-lhe o
arrependimento para
merecer o perdão do
Senhor?
5. Três princípios
resumem o código penal
da vida futura elaborado
por Kardec. Quais são
eles?
Texto para leitura
O céu e o inferno
1. O conceito de céu e
de inferno sofreu grande
transformação com o
advento da Doutrina
Espírita. Não se traduz
mais por regiões
circunscritas de
beatífica felicidade ou
de sofrimentos atrozes e
eternos,
respectivamente.
Aprendemos que céu e
inferno, em essência,
são um estado de alma
que varia conforme a
visão interior de cada
um.
2. O dogma da eternidade
absoluta das penas é –
como é fácil entender –
incompatível com o
progresso dos Espíritos,
ao qual ele opõe uma
barreira insuperável.
Conforme o ensino
espírita, o homem é
filho de suas próprias
obras, seja na
existência corporal,
seja na vida
post-mortem, nada
devendo ao favor do Pai,
que o recompensa pelos
esforços que faz e o
pune por sua
negligência, pelo tempo
em que nisso persistir.
3. Inferno pode-se
traduzir por uma vida de
provações extremamente
dolorosa, com a
incerteza de haver outra
melhor. Portanto, a
felicidade ou
infelicidade após a
desencarnação é inerente
ao grau de
aperfeiçoamento moral de
cada Espírito e, também,
à categoria do mundo que
habita..
A lei de causa e efeito
4. As penas ou
sofrimentos que cada um
experimenta são dores
morais e estão em
relação com os atos
praticados. Não existem
recompensa ou sofrimento
gratuitos, obtidos sem
mérito, mas sim a
aplicação da lei de
causa e efeito.
5. A alma ou Espírito
sofre na vida espiritual
as conseqüências de
todas as imperfeições
que não conseguiu
corrigir na existência
corporal. A completa
felicidade prende-se à
perfeição, isto é, à
purificação completa do
Espírito. Toda
imperfeição é, por sua
vez, causa de sofrimento
e de privação de gozo,
do mesmo modo que toda
perfeição adquirida é
fonte de gozo e
atenuante de
sofrimentos.
6. A todos os Espíritos
Deus faculta os meios de
aprimoramento moral e
intelectual, oferecendo
em cada encarnação a
possibilidade de uma
programação
reencarnatória coerente,
onde a criatura humana
terá chances de
progredir e de expiar as
faltas cometidas em
existências anteriores.
7. A expiação pressupõe
resgate, quitação,
ajuste de erros, e varia
segundo a natureza e o
grau da falta, podendo a
mesma falta determinar
expiações diversas, na
conformidade das
circunstâncias
atenuantes ou agravantes
em que for cometida.
8. O arrependimento é o
primeiro passo para a
regeneração, mas não
basta por si mesmo. É
preciso ainda a expiação
e a reparação.
9. Arrependimento,
expiação e reparação
constituem, portanto, as
três condições
necessárias para apagar
os traços de uma falta e
suas conseqüências.
10. O arrependimento
suaviza os travos da
expiação, abrindo pela
esperança o caminho da
reabilitação. Somente a
reparação, porém, pode
anular o efeito
destruindo-lhe a causa.
Se as coisas não fossem
assim, o perdão
concedido seria uma
graça, não uma anulação.
11. A reparação consiste
em fazer o bem àqueles a
quem se fez o mal. Quem
não repara os seus erros
numa existência, por
fraqueza ou má-vontade,
achar-se-á numa
existência posterior em
contato com as mesmas
pessoas a quem
prejudicou em vidas
pretéritas, em condições
voluntariamente
escolhidas, de modo a
demonstrar-lhes
reconhecimento e
fazer-lhes tanto bem
quanto mal lhes tenha
feito.
O código penal da vida
futura
12. Toda conquista na
evolução é o resultado
natural de muito
trabalho, porque o
progresso tem preço.
Tarefa adiada é luta
maior e toda atitude
negativa, hoje, diante
do mal, será juro de
mora ao mal de amanhã.
13. Concluindo, em que
pese a diversidade de
gêneros e graus de
sofrimento dos Espíritos
imperfeitos, o código
penal da vida futura,
elaborado por Allan
Kardec com base nos
ensinamentos dos
Espíritos Superiores,
pode resumir-se nestes
três princípios:
1o – O
sofrimento é inerente à
imperfeição.
2o – Toda
imperfeição, assim como
toda falta dela
promanada, traz consigo
o próprio castigo nas
conseqüências naturais e
inevitáveis. Assim, a
moléstia pune os
excessos e da ociosidade
nasce o tédio, sem que
seja necessária uma
condenação especial para
cada falta ou indivíduo.
3o – Podendo
todo homem libertar-se
das imperfeições por
efeito da vontade, pode
igualmente anular os
males consecutivos e
assegurar sua futura
felicidade.
14. A cada um segundo as
suas obras, seja no céu
ou na Terra – tal é a
lei que rege a Justiça
Divina e que Jesus
sintetizou com perfeição
em duas lições
inesquecíveis: “A cada
um segundo o seu
merecimento” e “Quem
matar com a espada
perecerá pela espada”.
Respostas às questões
propostas
1. Existem, segundo o
Espiritismo, o céu e o
inferno?
R.: Não. O conceito de
céu e de inferno sofreu
grande transformação com
o advento da Doutrina
Espírita. Não se traduz
mais por regiões
circunscritas de
beatífica felicidade ou
de sofrimentos atrozes e
eternos,
respectivamente. Céu e
inferno, em essência,
são um estado de alma
que varia conforme a
visão interior de cada
um.
2. Que podemos entender
por inferno?
R.: Inferno pode-se
traduzir por uma vida de
provações extremamente
dolorosa, com a
incerteza de haver outra
melhor. A infelicidade
após a desencarnação é
inerente ao grau de
aperfeiçoamento moral de
cada Espírito e, também,
à categoria do mundo que
habita.
3. Como podemos
sintetizar em poucas
palavras a chamada lei
de causa e efeito?
R.: A cada um segundo as
suas obras, seja no céu
ou na Terra – tal é a
lei que rege a Justiça
Divina que Jesus
sintetizou com perfeição
em duas lições
inesquecíveis: “A cada
um segundo o seu
merecimento” e “Quem
matar com a espada
perecerá pela espada”.
As penas ou sofrimentos
que cada um experimenta
são dores morais e estão
em relação com os atos
praticados. Não existem
recompensa ou sofrimento
gratuitos.
4. Quando alguém
prejudica outra pessoa,
basta-lhe o
arrependimento para
merecer o perdão do
Senhor?
R.: Não. O
arrependimento é o
primeiro passo para a
regeneração, mas não
basta por si mesmo. É
preciso ainda a expiação
e a reparação.
Arrependimento, expiação
e reparação constituem,
portanto, as três
condições necessárias
para apagar os traços de
uma falta e suas
conseqüências.
5. Três princípios
resumem o código penal
da vida futura elaborado
por Kardec. Quais são
eles?
R.: Ei-los: 1o
– O sofrimento é
inerente à imperfeição.
2o – Toda
imperfeição, assim como
toda falta dela
promanada, traz consigo
o próprio castigo nas
conseqüências naturais e
inevitáveis. Assim, a
moléstia pune os
excessos e da ociosidade
nasce o tédio, sem que
seja necessária uma
condenação especial para
cada falta ou indivíduo.
3o – Podendo
todo homem libertar-se
das imperfeições por
efeito da vontade, pode
igualmente anular os
males consecutivos e
assegurar sua futura
felicidade.
Bibliografia:
O Céu e o
Inferno,
de Allan Kardec, 1a
parte, itens 1 a 33 do
capítulo 7.
O Livro
dos Espíritos,
de Allan Kardec, item
1.014.
Justiça Divina,
de Emmanuel,
psicografado por
Francisco Cândido
Xavier, págs. 66 e 104.
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