Um amigo me pergunta
qual é, na verdade, o
significado da expressão
mundo de expiação e
provas aplicada, no
Espiritismo, ao planeta
em que vivemos.
Os mundos, segundo a
Doutrina Espírita,
dividem-se em cinco
categorias. Há os mundos
primitivos, os mundos de
expiação e provas, os
mundos de regeneração,
os mundos felizes ou
ditosos e os mundos
celestes.
Nos chamados mundos de
expiação e provas, que é
a atual condição da
Terra, o mal predomina e
é essa a razão por que
neste planeta o homem
vive a braços com tantas
misérias.
Na Terra, informa o
Espírito de Santo
Agostinho, os Espíritos
em expiação são, se
assim se pode dizer,
seres estrangeiros,
indivíduos que já
viveram em outros
mundos. Contudo, nem
todos os Espíritos que
aqui encarnam vêm para
ele em expiação. As
raças chamadas selvagens
são formadas de
Espíritos que apenas
saíram da infância
espiritual e que na
Terra se acham, por
assim dizer, em curso de
educação, para se
desenvolverem pelo
contacto com Espíritos
mais adiantados.
Vêm depois delas as
raças semicivilizadas,
constituídas desses
mesmos Espíritos em via
de progresso. Essas são,
de certo modo, raças
indígenas da Terra, que
aqui se elevaram pouco a
pouco, em longos
períodos seculares.
Um dia, evidentemente, a
Terra sairá de sua atual
condição de mundo de
expiação e provas e
passará à condição de
mundo de regeneração,
porquanto o globo está,
como tudo na Natureza,
submetido à lei do
progresso.
No entendimento de
muitos estudiosos do
Espiritismo, esse dia
ainda está muito longe
porque a mudança depende
dos Espíritos que aqui
se encarnam. Eis por que
Jesus, aludindo a esse
momento, afirmou que nem
ele nem os anjos sabem
quando o fato se dará, e
aditou que, quanto a
esse dia, somente o Pai
o sabe.