ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
A Reencarnação
Gabriel Delanne
(3a Parte)
Damos
continuidade ao estudo
do clássico A
Reencarnação, de
Gabriel Delanne, de
acordo com a tradução
feita por Carlos
Imbassahy publicada pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Como o princípio
inteligente se
individualiza?
R.: O princípio
inteligente
individualiza-se,
passando pelos diversos
graus da
espiritualidade. É aí
que a alma se ensaia
para a vida. (A
Reencarnação, cap. III,
págs. 64 a 70.)
B. Que é que dá aos
tecidos vivos sua
especialidade?
R.: É o perispírito,
corpo fluídico da alma,
que dá aos tecidos vivos
sua especialidade.
(Obra citada, cap. III,
págs. 67 e 68.)
C. Qual é, dentre os
vertebrados, o ser menos
desenvolvido?
R.: Os vertebrados menos
desenvolvidos são os
peixes. Segundo Leuret,
o encéfalo está em
relação ao peso do
corpo, nos peixes, como
1 está para 5.668, nos
répteis como 1 para
1.321, nos pássaros como
1 para 212, nos
mamíferos como 1 para
186. (Obra citada,
cap. III, págs. 71 a
73.)
D. Quem foi o pioneiro
nas pesquisas sobre a
existência de sinais de
inteligência em animais?
R.: O pioneiro nas
pesquisas sobre a
inteligência em animais
foi Wilhelm Von Osten,
que desde 1890 percebeu
em seu cavalo Hans
sinais de inteligência;
pouco depois, Hans
contava, fazia cálculos
e lia. (Obra citada,
cap. IV, págs. 75 a 81.)
Texto para leitura
40. Kardec, em "A
Gênese", aceita
perfeitamente a tese da
evolução anímica exposta
nesta obra por Delanne.
O princípio inteligente
individualiza-se,
passando pelos diversos
graus da
espiritualidade: é aí
que a alma se ensaia
para a vida. (PÁG. 64)
41. As propriedades do
perispírito não podem
ser adquiridas senão por
uma longa série de
encarnações terrestres,
pois o perispírito
organiza seu corpo
físico segundo as leis
particulares do nosso
planeta. (PÁG. 65)
42. Le Dantec entende
que a "substância cão"
pode viver na
"substância homem" e aí
se adaptar
perfeitamente. Eis de
novo a noção de
perispírito: é o
terreno, no corpo do
animal, que dá aos
tecidos vivos sua
especialidade. Uma
artéria pode ser
enxertada em outro corpo
e aí gozar o papel de
veia. Há pois um plano
orgânico, e a matéria
viva lhe obedece, no
sentido de que ela
transforma sua função
caso lhe imponham viver
em outro lugar. As
experiências do Dr.
Alexis Carrel
comprovaram esse
pensamento. (PÁGS. 67 e
68)
43. Lamarck e Darwin
imaginaram teorias
sedutoras para explicar
a mutação dos seres.
Mas, a verdadeira causa
da evolução deve ser
procurada nos esforços
que o princípio
inteligente tem feito
para se ir desprendendo
das faixas da matéria.
(PÁG. 69)
44. A individualidade do
princípio pensante não é
aparente nas formas
inferiores. Somos
obrigados a buscar no
reino vegetal o exórdio
da evolução anímica,
porque a forma que as
plantas tomam e
conservam durante a vida
implica a presença de um
duplo perispiritual, que
preside às trocas.
(PÁG. 70)
45. A assimilação do
papel representado pelo
perispírito a um
eletroímã de pólos
múltiplos, cujas linhas
de força desenhassem não
somente a forma externa
do indivíduo como o
conjunto de todos os
sistemas orgânicos,
parece passar do domínio
da hipótese para o da
observação científica.
(PÁG. 70)
46. Em 1898,
Stanoiewitch apresentou
à Academia de Ciências
desenhos tomados ao
natural que mostram que
os tecidos são formados
segundo linhas de força
nitidamente visíveis.
(PÁG. 70)
47. Nos organismos
inferiores, o princípio
anímico só existe em
estado impessoal
difuso, pois o sistema
nervoso não está
diferenciado. (PÁG. 71)
48. À medida que o
sistema nervoso adquire
mais importância, as
manifestações
instintivas variam e
apresentam complexidade
maior. (PÁG. 71)
49. Nos vertebrados,
tomando por base o
desenvolvimento do
sistema nervoso e mais
particularmente do
cérebro, como "criterium"
da inteligência,
veremos, segundo Leuret,
que o encéfalo está em
relação ao peso do
corpo: nos peixes como 1
está para 5.668, nos
répteis como 1 para
1.321, nos pássaros como
1 para 212, nos
mamíferos como 1 para
186. (PÁG. 72)
50. O cérebro humano é
tão desenvolvido, que
nenhum ser pode ser
comparado a nós; mas é
sobretudo pelas
circunvoluções que o
cérebro humano difere do
cérebro dos outros
vertebrados. (PÁG. 73)
51. Em 1912 ficaram
conhecidas em Paris as
experiências do Sr.
Krall, negociante de
Elberfeld, que mostraram
que seus cavalos
Muhamed e Zarif, por
meio de um alfabeto
convencional, podiam
entreter-se com seu
mestre e executar
cálculos complicados,
inclusive extração de
raízes cúbicas. (PÁG.
75)
52. Krall não foi,
porém, o pioneiro nessas
pesquisas: o precursor
foi Wilhelm Von Osten,
que desde 1890 percebeu
no cavalo Hans sinais de
inteligência; pouco
depois, ele contava,
fazia cálculos e lia.
(PÁG. 76)
53. Estando Hans velho e
fatigado, decidiu Krall
procurar Muhamed e Zarif.
Treze dias depois da
primeira lição, Muhamed
executava pequenas
adições e subtrações.
Mais tarde, compreendia
o francês e o alemão e
podia extrair raízes
quadradas e cúbicas.
(PÁG. 77)
54. Os fatos parecem
estabelecer, assim, que
o cavalo é realmente
inteligente, raciocina e
está mais próximo do
homem do que supomos.
(PÁG. 81)
(Continua
na próxima edição.)