MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
Os
Mensageiros
André Luiz
(Parte 12 e final)
Concluímos nesta edição
o estudo da obra
Os Mensageiros,
de André Luiz,
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
e publicada pela editora
da Federação Espírita
Brasileira.
Na próxima semana
iniciaremos o estudo de
Missionários da Luz,
que integra também a
série iniciada com o
livro
Nosso Lar.
Questões preliminares
A. A preleção
doutrinária atingiu
igualmente a todos?
R.: Não. A palestra foi
recebida com respeito
geral, no círculo das
entidades desencarnadas,
mas não se notou o mesmo
traço de harmonia na
esfera dos encarnados.
Nestes, o pensamento era
instável, a expectativa
ansiosa dos presentes
perturbava a corrente
vibratória e o
palestrante parecia, às
vezes, perder "o fio das
idéias". Alguns irmãos
encarnados se mantinham
irrequietos, em demasia.
Uns se prendiam aos
problemas domésticos,
outros se impacientavam
por não lograrem a
realização imediata dos
propósitos que os haviam
levado ali. Os
benefícios imediatos da
doutrinação foram muito
mais visíveis entre os
desencarnados. Entre
estes, não houve um só
que não recebesse
consolações diretas e
sublime conforto. (Os
Mensageiros, cap. 47,
págs. 243 a 245.)
B. Dois pedidos feitos
aos dirigentes da
reunião não foram
atendidos. Por quê?
R.: O primeiro deles
partiu de uma senhora
desencarnada que queria
comunicar-se com sua
filha, presente à
reunião. Anselmo, o
instrutor mais graduado
da reunião, não julgou
viável o pedido,
explicando que a filha
não estava em condições
de receber tal bênção.
No estado evolutivo em
que se encontrava, a
jovem se agarraria
excessivamente ao
auxílio da mãe afetuosa
e sensível, com prejuízo
para ambas. O segundo
pedido foi feito por um
Espírito que solicitou a
Isidoro interceder junto
dos receitistas para que
fornecessem novas
indicações médicas a
Amaro, seu sobrinho, que
necessitava de amparo à
saúde física. Isidoro
negou-se a isso,
lembrando a rebeldia de
Amaro ao tratamento já
indicado anteriormente,
em cinco ocasiões
diferentes. Ele não
adquiria os medicamentos
receitados, e quando os
obtinha, por obséquio de
amigos, desprezava os
horários e julgava-se
superior ao método, além
de criticar mordazmente
as indicações recebidas.
Isidoro, porém,
ressalvou: "Se Amaro
pedir e os receitistas
cederem, tudo estará
muito bem", ou seja, a
iniciativa deve partir
do interessado, não dos
outros. (Obra citada,
cap. 47, págs. 245 a
247.)
C. Que ensinamento
colhemos do caso da
jovem desencarnada que
tinha medo do próprio
noivo?
R.: A noiva desencarnada
continuava unida aos
despojos, sob forte
impressão de terror. O
desprendimento
espiritual já ocorrera,
fazia seis horas, mas
ela não saía dali, com
medo do Espírito ao
lado, seu próprio noivo,
que a esperava há muito
no plano espiritual.
Aniceto aplicou-lhe um
passe reconfortador e
ela adormeceu quase
imediatamente. Em
seguida, entregou-a aos
cuidados do rapaz que,
utilizando a volitação,
carregou consigo o fardo
suave do seu amor. Pela
bondade natural do
coração e pelo
espontâneo cultivo da
virtude, a jovem não
precisaria de provas
purgatoriais. Seu medo
se devia à falta de
educação religiosa. Em
breve tempo, porém, ela
se adaptaria à nova
vida, visto que os bons
não encontram obstáculos
insuperáveis. A
importância da educação
religiosa, bem como da
prática do bem, eis o
que esse caso comprova.
(Obra citada, cap.
48, págs. 250 a 252.)
D. Como se processou a
desencarnação de
Fernando?
R.: Fernando, 60 anos de
idade, vitimado pela
leucemia, se encontrava
em coma havia muitos
dias. A aflição dos
familiares encarnados,
ali presentes,
dificultava a ação de
socorro com vistas à
desencarnação. Todos
eles emitiam recursos
magnéticos em benefício
do agonizante. Uma rede
de fios cinzentos e
fracamente iluminados
parecia ligar os
parentes ao enfermo
quase morto, e era
preciso neutralizar
essas forças. Foi o que
fez Aniceto. Com
aplicações magnéticas, o
instrutor conseguiu que
o moribundo apresentasse
inexplicável melhora. O
médico encarnado
anunciou que a pulsação
estava quase normal e a
respiração tendia à
calma. Foi o suficiente
para os encarnados darem
uma trégua em suas
preocupações. Aniceto
aproveitou a serenidade
ambiente e começou a
retirar o corpo
espiritual do morto,
desligando-o dos
despojos, iniciando a
operação pelos
calcanhares e terminando
na cabeça, à qual, por
fim, parecia estar preso
o moribundo por extenso
cordão, tal como se dá
com os nascituros
terrenos. Aniceto cortou
o cordão com esforço. O
corpo do falecido deu um
estremeção. A operação
não fora curta nem
fácil. Demorara-se
longos minutos, durante
os quais Aniceto
empregou todo o cabedal
de sua atenção e talvez
de suas energias
magnéticas. (Obra
citada, cap. 49 e 50,
pp. 253 a 262.)
Texto para leitura
75. A
preleção
- A palestra de Bentes,
que era inspirado por
uma entidade de nobre
posição, era recebida
com respeito geral, no
círculo das entidades
desencarnadas. Não se
notava, porém, o mesmo
traço de harmonia na
esfera dos encarnados.
Nesses, o pensamento era
instável, a expectativa
ansiosa dos presentes
perturbava a corrente
vibratória e o
palestrante parecia, às
vezes, perder "o fio das
idéias". Então
colaboradores ativos
restabeleciam o ritmo,
quanto possível. Alguns
irmãos encarnados se
mantinham irrequietos,
em demasia.
Principalmente os mais
novos em conhecimentos
doutrinários exibiam
enorme
irresponsabilidade; a
mente lhes vagava muito
longe dos comentários
edificantes;
viam-se-lhes
distintamente as imagens
mentais. Alguns se
prendiam aos problemas
domésticos, outros se
impacientavam por não
lograrem a realização
imediata dos propósitos
que os haviam levado
ali. André reconhecia
que os benefícios
imediatos da doutrinação
de Bentes eram muito
mais visíveis entre os
desencarnados. Entre
estes, não havia um só
que não recebesse
consolações diretas e
sublime conforto. (Cap.
47, págs. 243 a 245)
76. Dois pedidos
negados - Pouco
antes de Isabel
entregar-se ao trabalho
do receituário, uma
senhora desencarnada se
aproximou de Isidoro,
consultando-o sobre a
possibilidade de se
comunicar, através de
Isabel, com sua filha,
presente à reunião.
Anselmo, o instrutor
mais graduado da
reunião, não julgou
viável o pedido,
asseverando que a filha
não estava em condições
de receber tal bênção.
No estado evolutivo em
que se encontrava, a
jovem se agarraria
excessivamente ao
auxílio da mãe afetuosa
e sensível, com prejuízo
para ambas. Isidoro
promete-lhe, entretanto,
favorecer o seu encontro
com a filha, em sonho,
no dia seguinte. Uma
outra entidade também se
acercou de Isidoro,
solicitando-lhe
interceder junto dos
receitistas para que
fornecessem novas
indicações médicas a
Amaro, seu sobrinho, que
necessitava de amparo à
saúde física. Isidoro
nega-se a isso,
lembrando a rebeldia de
Amaro ao tratamento já
indicado anteriormente,
em cinco ocasiões
diferentes. Ele não
adquire os medicamentos
receitados, e quando os
obtém, por obséquio de
amigos, despreza os
horários e julga-se
superior ao método, além
de criticar mordazmente
as indicações recebidas
e delas servir-se com
desprezo. Isidoro
falava, porém, com uma
inflexão de bondade
fraternal, que afastava
todos os característicos
da franqueza
contundente. E
acrescentou: "Se Amaro
pedir e os receitistas
cederem, tudo estará
muito bem", ou seja, a
iniciativa deve partir
do interessado, não dos
outros. (Cap. 47, págs.
245 a 247)
77. Razões da
presença de enfermos
desencarnados -
Por que se reuniam ali
tantos desencarnados? Se
eles recebiam
assistência espiritual,
por que não congregar-se
em lugares igualmente
espirituais? Aniceto
esclareceu o fato
dizendo que grande
número de criaturas, na
passagem para o mundo
espiritual, sentem-se
possuídas de "doentia
saudade do agrupamento",
como acontece aos
animais, quando sentem a
mortal "saudade do
rebanho". Para
fortalecer as
possibilidades de
adaptação desses
Espíritos ao novo
"habitat", o serviço de
socorro é mais
eficiente, ao contacto
das forças magnéticas
dos irmãos que ainda se
encontram nos círculos
carnais. O calor humano
está cheio dum
magnetismo de teor mais
significativo para eles.
Nesse contacto,
experimentam o despertar
de forças novas. E todos
os encarnados do
recinto, inclusive os
preguiçosos, dorminhocos
e invigilantes, davam
alguma coisa de si, sem
o saber... Davam calor
magnético, irradiações
vitais proveitosas aos
benfeitores espirituais,
que manipulam os
elementos dessa
natureza,
distribuindo-os em
valiosas combinações
fluídicas às entidades
combalidas e inadaptadas.
Grande número de vezes,
além de ministrar
medicação aos corpos
doentes, os Espíritos
também orientam os
desencarnados presentes.
E nesse trabalho
conta-se com o esforço
não apenas dos
familiares desencarnados
dos enfermos, mas com
companheiros que se
consagram a cuidar de
tuberculosos, cegos,
aleijados, leprosos,
perturbados e
moribundos. (Cap. 48,
págs. 248 a 250)
78. O caso da
noiva medrosa -
Aniceto e seus
companheiros vão, a
convite de uma entidade
amiga, atender a um caso
no necrotério local,
onde defrontaram um
quadro interessante. O
cadáver de uma jovem, de
menos de trinta anos,
ali jazia gelado e
rígido, tendo ao lado
uma entidade masculina,
em atitude de zelo. A
desencarnada estava
unida aos despojos;
parecia recolhida a si
mesma, sob forte
impressão de terror. O
desprendimento
espiritual já ocorrera,
fazia seis horas, mas
ela não saía dali, com
medo do Espírito ao
lado, seu próprio noivo,
que a esperava há muito
no plano espiritual.
Aniceto aplicou-lhe um
passe reconfortador e
ela adormeceu quase
imediatamente. Em
seguida, entregou-a aos
cuidados do rapaz que,
utilizando a volitação,
carregou consigo o fardo
suave do seu amor. Pela
bondade natural do
coração e pelo
espontâneo cultivo da
virtude, a jovem não
precisaria de provas
purgatoriais. Seu medo
se devia à falta de
educação religiosa. Em
breve tempo, porém, ela
se adaptaria à nova
vida, visto que os bons
não encontram obstáculos
insuperáveis – explicou
Aniceto. (Cap. 48, págs.
250 a 252)
79. Desenlace
difícil -
Aniceto atendeu, em
seguida, Fernando, um
cavalheiro de sessenta
anos, que a leucemia
aniquilava morosamente.
O atendente espiritual
explicou que o enfermo
se encontrava em coma
havia muitos dias,
havendo necessidade de
mais forte auxílio
magnético, para
facilitar o
desprendimento. Duas
senhoras desencarnadas –
a mãe de Fernando e uma
parenta próxima –
estavam no aposento,
onde vários familiares
encarnados davam mostras
de grande aflição. A
alma se retirava
lentamente através de
pontos orgânicos
insulados. No centro do
crânio, André notou que
havia um foco de luz
mortiça. "A luz que você
observa –
disse-lhe Aniceto –
é a mente, para cuja
definição essencial não
temos, por agora,
conceituação humana."
Com o auxílio de
Aniceto, que impôs a
destra em sua fronte,
André passou a ter uma
visão extraordinária do
corpo enfermo, que se
ampliou
consideravelmente,
possibilitando a André o
exame meticuloso de todo
o funcionamento daquela
máquina magnífica, nos
mais íntimos detalhes. O
agonizante retraía-se
aos poucos e só não
abandonara a carne, por
falta de educação
mental. Seu organismo
combalido mostrava que
ele vivera bem distante
da disciplina de si
mesmo. (Cap. 49, págs.
253 a 257)
80. A
desencarnação
- A mãe do moribundo
pediu a Aniceto ajudasse
no desprendimento de seu
filho. A aflição dos
familiares encarnados,
ali presentes,
dificultava a ação.
Todos eles emitiam
recursos magnéticos em
benefício do agonizante.
De fato, André notou que
uma rede de fios
cinzentos e fracamente
iluminados parecia ligar
os parentes ao enfermo
quase morto, e era
preciso, pois,
neutralizar essas
forças. Foi o que fez
Aniceto. Com aplicações
magnéticas, o instrutor
conseguiu que o
moribundo apresentasse
inexplicável melhora. O
médico encarnado
anunciou que a pulsação
estava quase normal e a
respiração tendia à
calma. Foi o suficiente
para os encarnados darem
uma trégua em suas
preocupações. Aniceto
aproveitou a serenidade
ambiente e começou a
retirar o corpo
espiritual do morto,
desligando-o dos
despojos, iniciando a
operação pelos
calcanhares e terminando
na cabeça, à qual, por
fim, parecia estar preso
o moribundo por extenso
cordão, tal como se dá
com os nascituros
terrenos. Aniceto cortou
o cordão com esforço. O
corpo do falecido deu um
estremeção. A operação
não fora curta nem
fácil. Demorara-se
longos minutos, durante
os quais Aniceto
empregou todo o cabedal
de sua atenção e talvez
de suas energias
magnéticas. A mãe do
desencarnado prestou ao
filho os socorros
necessários. Daí a
instantes, enquanto os
familiares encarnados
choravam sobre o
cadáver, uma pequena
comitiva constituída por
três entidades saía
conduzindo Fernando a um
instituto de
assistência, caminhando
como simples mortais.
(Cap. 50, págs. 258 a
262)
81. A
visita dos comparsas
- Pouco antes do
desligamento de
Fernando, o moribundo,
alguém abriu a vidraça
do quarto e três rostos
horríveis surgiram, de
repente, no peitoril, e
interrogaram em voz
alta: – "Como é?
Fernando vem ou não
vem?" Ninguém respondeu.
André notou, porém, que
Aniceto lhes dirigiu
significativo olhar,
compelindo-os, tão só
com essa medida, a
desaparecer. Depois, ele
esclareceu que os
comparsas do moribundo
só não penetraram o
aposento porque a nobre
presença maternal
impedia tal assédio.
Fernando estimava os
companheiros
desregrados. Não era,
pois, estranhável que
eles tivessem vindo
esperá-lo na volta ao
mundo real, porquanto
cada criatura cultiva,
na vida, as afeições que
prefere, tendo, pois,
como conseqüência, o
séquito invisível a que
se devota na Terra.
(Cap. 50, págs. 261 e
262)
82. Nova visão da
arte de curar -
Ao contacto das
revelações de Aniceto,
nos domínios da
eletricidade e do
magnetismo, André
reformara todos os seus
antigos conhecimentos de
medicina. A ascendência
mental no equilíbrio
orgânico, as forças
radioativas, o campo das
bactérias, a visão mais
ampla da matéria
organizada, compeliam-no
a nova conceituação
científica na arte de
curar os corpos
enfermos. Alargara-se,
sobretudo, em sua alma,
o entendimento acerca do
Médico Divino que
restabelece a saúde do
Espírito imortal. Ele
tinha agora mais largo
conhecimento de Jesus e
compreendia que a fé não
constitui uma afirmativa
de lábios, mas é, sim,
uma fonte de água viva,
a nascer espontaneamente
em sua alma e a
traduzir-se em
reverência profunda,
aliada ao mais alto
conceito de serviço e
responsabilidade, diante
das sublimes concessões
do Eterno Pai. “Quando o
instrutor nos convidou a
regressar – diz André
Luiz –, sentia-me
positivamente outro.
Guardava a impressão de
haver encontrado as
notícias diretas do
Senhor Jesus, na
descoberta do meu
próprio mundo interior.”
No momento das
despedidas foi muito
difícil para ele e
Vicente conterem as
lágrimas que insistiam
em cair de seus olhos
úmidos de reconhecimento
por todas as lições
recebidas do devotado
orientador. (Cap. 51,
págs. 263 e 264)
Frases e apontamentos
importantes
159. A solicitação de
terapêutica para a
manutenção da saúde
física, pelos que de
fato se interessem pelo
concurso espiritual, é
sempre justa; todavia,
no que concerne a
conselhos para a vida
normal, é imprescindível
muita cautela de nossa
parte, diante das
requisições daqueles que
se negam voluntariamente
aos testemunhos de
conduta cristã. O
Evangelho está cheio de
sagrados roteiros
espirituais e o
discípulo, pelo menos
diante da própria
consciência, deve
considerar-se obrigado a
conhecê-los. (Aniceto,
cap. 46, pág. 240)
160. Diante de
determinadas
solicitações dos
companheiros encarnados,
devemos recorrer, muitas
vezes, ao silêncio. Como
recomendar humildade
àqueles que a pregam
para os outros; como
ensinar a paciência aos
que a aconselham aos
semelhantes, e como
indicar o bálsamo do
trabalho aos que já
sabem condenar a
ociosidade alheia? Não
seria contra-senso?
(Aniceto, cap. 46, págs.
240 e 241)
161. Ler os regulamentos
da vida para os cegos e
para os ignorantes é
obra meritória, mas,
repeti-los aos que já se
encontram plenamente
informados, não será
menosprezo ao valor do
tempo? Alma alguma, nas
diversas confissões
religiosas do
Cristianismo, recebe
notícias de Jesus, sem
razão de ser. Ora, se
toda condição de
trabalho edificante
traduz compromisso da
criatura, todo
conhecimento do Cristo
traduz responsabilidade.
(Aniceto, cap. 46, pág.
241)
162. Muitas entidades
desencarnadas estimam o
fornecimento de palpites
para as diversas
situações e dificuldades
terrestres, mas esses
pobres amigos estacionam
desastradamente em
questões subalternas,
incapazes de uma visão
mais alta, em face dos
horizontes infinitos da
vida eterna... (Aniceto,
cap. 46, pág. 242)
163. Muitos estudiosos
do Espiritismo se
preocupam com o problema
da concentração, em
trabalhos de natureza
espiritual. (...)
Entretanto, quem diz
concentrar, forçosamente
se refere ao ato de
congregar alguma coisa.
Ora, se os amigos
encarnados não tomam a
sério as
responsabilidades que
lhe dizem respeito, fora
dos recintos da prática
espiritista, se,
porventura, são cultores
da leviandade, da
indiferença, do erro
deliberado e incessante,
da teimosia, da
inobservância interna
dos conselhos de
perfeição cedidos a
outrem, que poderão
concentrar nos momentos
fugazes de serviço
espiritual? (Aniceto,
cap. 47, pág. 244)
164. Boa concentração
exige vida reta. Para
que os nossos
pensamentos se
congreguem uns aos
outros, fornecendo o
potencial de nobre união
para o bem, é
indispensável o trabalho
preparatório de
atividades mentais na
meditação de ordem
superior. A atitude
íntima de relaxamento,
ante as lições
evangélicas recebidas,
não pode conferir ao
crente, ou ao
cooperador, a
concentração de forças
espirituais no serviço
de elevação, tão só
porque estes se
entreguem, apenas por
alguns minutos na
semana, a pensamentos
compulsórios de amor
cristão. (Aniceto, cap.
47, pág. 244)
165. Não há tempo para
conviver com os que
estimam a brincadeira.
Além disso, não será
caridade o ato de dar
aos que não querem
receber. (Isidoro, cap.
47, págs. 246 e 247)
166. Para fortalecer as
possibilidades de
adaptação dos
desencarnados dessa
ordem ao novo "habitat",
o serviço de socorro é
mais eficiente, ao
contacto das forças
magnéticas dos irmãos
que ainda se encontram
envolvidos nos círculos
carnais. Esta sala
<referindo-se à
casa-oficina de Isabel>,
em momentos como este,
funciona como grande
incubadora de energias
psíquicas, para os
serviços de aclimação de
certas organizações
espirituais à vida nova.
(Aniceto, cap. 48, pág.
248)
167. Os irmãos, nas
condições a que me
refiro, ouvem-nos a voz,
consolam-se com o nosso
auxílio, mas o calor
humano está cheio dum
magnetismo de teor mais
significativo para eles.
Com semelhante contacto,
experimentam o despertar
de forças novas. Por
isso, o trabalho de
cooperação, em templos
desta espécie, oferece
proporções que você, por
agora, não conseguiria
imaginar. (Aniceto, cap.
48, pág. 249)
168. Os bons não
encontram obstáculos
insuperáveis. (Aniceto,
cap. 48, pág. 252)
169. Há muita afinidade
entre o corpo físico e a
máquina moderna. São
ambos impulsionados pela
carga de combustível,
com a diferença de que
no homem a combustão
química obedece ao senso
espiritual que dirige a
vida organizada. É na
mente que temos o
governo dessa usina
maravilhosa. (Aniceto,
cap. 49, pág. 256)
170. A mente humana,
ainda que indefinível
pela conceituação
científica limitada, na
Terra, é o centro de
toda manifestação vital
no planeta. Cada órgão,
cada glândula (...)
integra o quadro de
serviço da máquina
sublime, construída no
molde sutil do corpo
espiritual preexistente
e, por isso mesmo,
chegará o tempo em que a
ciência reconhecerá
qualquer abuso do homem
como ofensa causada a si
mesmo. (Aniceto, cap.
49, pág. 256)
171. Cada criatura, na
vida, cultiva as
afeições que prefere.
Fernando estimava os
companheiros
desregrados. Não é,
pois, estranhável que
tenham vindo esperá-lo
na estação de volta à
existência real. Paulo
de Tarso, no capítulo 12
da Epístola aos Hebreus,
afirma que o homem está
cercado de uma grande
"nuvem de testemunhas".
(...) Cada um, pois, tem
o séquito invisível a
que se devota na Terra.
(Aniceto, cap. 50, pág.
262)
172. A fé não constitui
uma afirmativa de
lábios, nem uma adesão
de ordem estatística.
(...) Era, sim, uma
fonte d'água viva,
nascendo espontaneamente
em minha alma.
Traduzia-se em
reverência profunda,
aliada ao mais alto
conceito de serviço e
responsabilidade, diante
das sublimes concessões
do Eterno Pai. (André
Luiz, cap. 51, pág. 264)
173. Aceitar os
mandamentos divinos e
guardá-los, tornar o
ouvido atento e o
coração esclarecido,
pedir entendimento e
inteligência alçando a
voz acima dos objetivos
inferiores, buscar os
tesouros do Cristo e
procurar-lhe o programa
de serviços, representa
o esforço nobre daquele
que, de fato, deseja a
Divina Sabedoria.
(Aniceto, cap. 51, pág.
265)
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