Texto para leitura
20. O Espiritismo
experimental está
cercado de muito mais
dificuldades do que se
acredita geralmente, e
os escolhos, que aí se
encontram, são
numerosos; é o que
produz tanta decepção
nos que dele se ocupam
sem ter a experiência e
os conhecimentos
necessários. (Biografia,
pág. 31.)
21. "O Livro dos
Médiuns" é o
vade-mécum de
quantos se querem
entregar com proveito à
prática do Espiritismo
experimental e é, ainda,
o mais seguro guia de
que nos podemos servir
para explorar, sem
perigo, o terreno da
mediunidade. (Biografia,
págs. 31 e 32.)
22. Sem dúvida -
assevera Kardec - é de
desejar que se
multipliquem os adeptos,
porém o que mais vale
não é o número, mas a
qualidade. (Biografia,
pág. 33.)
23. O Espiritismo se
dirige aos que não crêem
ou que duvidam, e não
aos que têm fé e a quem
essa fé é suficiente. E
não diz a ninguém que
renuncie às suas crenças
para adotar as nossas.
Após ter dito essas
palavras, Kardec
recomendou-nos acolher
com solicitude os homens
de boa-vontade,
oferecendo a luz aos que
a procuram, porque com
os que crêem não seremos
bem-sucedidos. Não
devemos fazer violência
à fé de ninguém, mas
colocar a luz em
evidência, para que a
vejam os que quiserem
ver. (Biografia, pág.
36.)
24. Perguntam como uma
doutrina, que torna
feliz e melhor o homem,
pode ter inimigos. É
natural, explica Kardec.
O estabelecimento das
melhores coisas choca
sempre interesses, ao
começar. Como querer que
uma doutrina que conduz
ao reino da caridade
efetiva não fosse
combatida por todos os
que vivem no egoísmo?
(Biografia, págs. 38 e
39.)
25. Toda pessoa que
procure um meio,
qualquer que seja, para
quebrar a boa harmonia,
não pode ter boa
intenção. É por isso que
Kardec recomenda usemos
da maior circunspeção na
formação dos nossos
grupos, não somente para
nossa tranqüilidade,
como no próprio
interesse dos nossos
labores. (Biografia,
pág. 39.)
26. Segundo Kardec, vale
mais haver em uma cidade
cem grupos de 10 a 20
adeptos, em que nenhum
se arrogue a supremacia
sobre os outros, do que
uma única sociedade que
a todos reunisse. As
sociedades numerosas têm
sua razão de ser sob o
ponto de vista da
propaganda, mas, quanto
aos estudos sérios e
continuados, é
preferível
constituírem-se grupos
íntimos. (Biografia,
pág. 42.)
27. O livro "O que é o
Espiritismo" está
dividido em três
capítulos: o primeiro
traz as respostas às
observações mais
comumente feitas por
aqueles que desconhecem
os princípios
fundamentais da Doutrina
e a refutação dos
principais argumentos de
seus contraditores. O
segundo capítulo trata
do aspecto científico do
Espiritismo; é quase um
resumo d' O Livro dos
Médiuns. O terceiro
capítulo é um resumo d'
O Livro dos Espíritos.
(N.R.: A primeira edição
desta obra ocorreu em
julho de 1859.)
(Preâmbulo, págs. 49 e
50.)
28. Uma ou duas sessões
não bastam para adquirir
convicção. Isso, segundo
Kardec, seria um
verdadeiro prodígio,
porque ele próprio
precisou de mais de um
ano de trabalho para
ficar convencido, o que
prova que não chegou a
esse estado
inconsideradamente.
(Capítulo I, Primeiro
Diálogo, pág. 52.)
29. Kardec não
considerava a crítica
feita ao Espiritismo
como expressão da
opinião pública, mas
como juízo individual,
que bem pode enganar-se.
A história registra que
trabalhos importantes
foram, ao aparecer,
criticados, sem que isso
os excluísse das grandes
obras; quando, porém,
uma coisa é má, não há
elogio que a torne boa.
(Capítulo I, Primeiro
Diálogo, págs. 54 e 55.)
30. Se o Espiritismo é
uma falsidade, ele cairá
por si mesmo. Se, porém,
é uma verdade, não há
diatribe que possa fazer
dele uma mentira.
(Capítulo I, Primeiro
Diálogo, pág. 55.)
31. É de lógica
elementar que o crítico
conheça, não
superficialmente, mas a
fundo, aquilo de que
fala, sem o que a sua
opinião não tem valor. O
crítico não se deve
limitar a dizer que tal
coisa é boa ou má; é
preciso que justifique
sua opinião por uma
demonstração clara e
categórica, baseada
sobre os princípios da
arte ou ciência a que
pertence o objeto da
crítica. (Capítulo I,
Primeiro Diálogo, pág.
55.)
32. O Espiritismo não é
mais responsável pelos
atos daqueles que abusam
desse nome e o exploram,
do que o é a ciência
médica pelos atos dos
charlatães que impingem
suas drogas, ou a
religião pelos atos dos
sacerdotes que iludem
seu ministério.
(Capítulo I, Primeiro
Diálogo, pág. 58.)
33. O Espiritismo sério
é o primeiro a repudiar
a fraude, o embuste, o
charlatanismo, a
especulação ou o abuso
de confiança que
praticam em seu nome.
(Capítulo I, Primeiro
Diálogo, pág. 60.)
34. Desde Tertuliano se
fala das mesas
giratórias e falantes e
ninguém conseguiu, fora
do Espiritismo,
descrever seu mecanismo.
(Capítulo I, Primeiro
Diálogo, pág. 60.)
(Continua na próxima
edição.)