FRANCISCO
REBOUÇAS
costareboucas@ig.com.br
Niterói, Rio de
Janeiro (Brasil)
A necessidade
de transformação
A reencarnação
na Terra
constitui
excelente
oportunidade
para a criatura,
alternando
situações nas
quais é possível
desfrutar de
momentos de
alegrias e
outros de
aflições e
dificuldades
para a
preparação de
dias melhores,
segundo um
porvir mais
agradável de paz
e harmonia,
alicerçado no
trabalho digno e
competente.
Em O Livro
dos Espíritos,
os Imortais da
Vida Maior
esclareceram,
através das
respostas
concedidas ao
codificador do
espiritismo
Allan Kardec,
sobre o assunto
pertinente às
questões que
seguem:
A reencarnação
166. Como
pode a alma, que
não alcançou a
perfeição
durante a vida
corpórea, acabar
de depurar-se?
“Sofrendo a
prova de uma
nova
existência.”
a)
−
Como realiza
essa nova
existência? Será
pela sua
transformação
como Espírito?
“Depurando-se, a
alma
indubitavelmente
experimenta uma
transformação,
mas para isso
necessária lhe é
a prova da vida
corporal.”
b)
−
A alma passa
então por muitas
existências
corporais?
“Sim, todos
contamos muitas
existências. Os
que dizem o
contrário
pretendem
manter-vos na
ignorância em
que eles
próprios se
encontram. Esse
o desejo deles.”
c) - Parece
resultar desse
princípio que a
alma, depois de
haver deixado um
corpo,
toma outro, ou,
então, que
reencarna em
novo corpo. E
assim que se
deve entender?
“Evidentemente.”
167. Qual o
fim objetivado
com a
reencarnação?
“Expiação,
melhoramento
progressivo da
Humanidade. Sem
isto, onde a
justiça?”
(1)
Nessa luta
diária pelo
crescimento
moral-espiritual,
o indivíduo terá
oportunidades de
enfrentar
momentos em que
conquista e
perde nas
relações com seu
semelhante; em
constante
convivência com
a maldade e a
violência
própria de um
planeta de
provas e
expiações, como
o nosso, no qual
grassam as más
ações
descontroladas
por toda parte e
geram angústias,
pessimismo, medo
etc., em virtude
do pouco ou
nenhum
investimento nos
sagrados valores
do Espírito
Imortal, que são
simplesmente
desprezados ou
até
desconhecidos
pela nossa
sociedade, que
ainda está
habituada a
valorizar muito
mais os bens
materiais,
representados
pela riqueza,
pelo poder ou
pelos títulos
que servem de
ostentação.
O indivíduo,
enfrentando
dificuldades na
sua estrada, não
encontrando
explicações para
tudo o que lhe
acontece de
negativo e que
lhe causam dor e
sofrimento,
desespera-se e
entrega-se à
revolta, ao
ódio, ao
desespero,
deixando de
colher o fruto
das experiências
salutares, que
contribuiriam
para lhe
facilitar a
obtenção de
melhores
resultados em
futuras batalhas
para seu próprio
progresso como
ser fadado à
felicidade e à
pureza
espiritual.
Perde esse
último, dessa
forma, inúmeras
e valorosas
oportunidades de
realizar as
ações nobres em
prol do
crescimento
intelecto-moral,
colaborando com
sua melhoria e,
ao mesmo tempo,
para o progresso
de toda a
coletividade,
fazendo a sua
pequena, mas
indispensável
parcela na busca
de um mundo
melhor, mais
humanitário e
menos egoístico.
Sabemos que não
obstante o
progresso
científico, a
humanidade ainda
se acha atingida
pela miséria,
desespero,
inquietação,
desrespeito,
desigualdade
social etc., que
condicionam
sérias
enfermidades,
afetando
diversas
criaturas, tanto
no corpo físico,
como também na
alma. Ora, isso
tem sua raiz no
baixo
desenvolvimento
moral do homem,
à medida que não
há simetria
entre o ritmo do
desenvolvimento
intelectual e o
da moralidade,
pois, na maioria
das vezes, o
indivíduo,
iludido, se
deixa levar
pelos enganos e
facilidades
proporcionadas
pelos bens
fugidios e
passageiros do
mundo material,
olvidando que
todos somos
irmãos a caminho
da angelitude.
Dirigido pelas
diretrizes
impostas pelo
regime do
egoísmo
exacerbado, o
homem faz uso
dos meios mais
escusos e
condenáveis para
oprimir e tirar
proveito do seu
semelhante,
porque ainda lhe
faltam os
valores
espirituais, os
quais ele não se
preocupa em
desenvolver,
tratando
simplesmente de
acumular
“tesouros”
materiais, não
ciente de que
deverá deixá-los
aqui no instante
do chamado de
retorno à
verdadeira
pátria, que é a
espiritual, e
de onde procede
e para onde terá
que retornar.
O ser humano
precisa entender
que só os
Tesouros do
Espírito
Imortal,
representados
pelos nobres
sentimentos do
amor, da
caridade, do
respeito a si e
ao seu
semelhante,
serão capazes de
elevar o ser
humano ao cimo
da
Espiritualidade
Superior,
preenchendo em
seu coração o
espaço ora
ocupado pelos
sentimentos da
animalidade, que
o escravizam e o
perturbam há
milhares de
séculos.
Embora longe
ainda o
entendimento
para muitos a
respeito do
amor, sentimento
capaz de
transformar o
indivíduo em
nova criatura,
envolvendo-o em
doce alegria e
indescritível
paz interior,
impregnando-o de
bênçãos
proporcionadas
pelas virtudes
celestiais,
alimentando-o
com o gosto do
prazer em servir
na causa do bem,
seja escasso,
cedo ou tarde
todos
compreenderão.
Desse modo,
quando o
indivíduo
estiver
impregnado deste
sentimento, não
deixará mais de
seguir os
ensinamentos do
seu Mestre Jesus
de Nazaré, pois
estes já terão
residência fixa
em seu coração
de discípulo
operoso,
confiante, feliz
e pacificado.
Bibliografia:
1. Kardec, Allan
– O Livro dos
Espíritos,
FEB, 77ª edição.