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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 25 - 5 de Outubro de 2007

EUGÊNIA PICKINA 
eugeniamva@yahoo.com.br 
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A fortuna da prece

Vinde, todos vós que desejais crer: acorrem os Espíritos celestes e vêm anunciar-vos grandes coisas! Deus, meus filhos, abre os seus tesouros, para vos distribuir os seus benefícios. Homens incrédulos! Se soubésseis como a fé beneficia o coração e leva a alma ao arrependimento e à prece! A prece! Ah! Como são tocantes as palavras que se desprendem dos lábios na hora da prece! (Santo Agostinho)  

Em nossas vidas há momentos de contentamento e satisfação, mas também há aqueles de dor e dilaceração. É a existência marcada por seus inúmeros desafios e obstáculos. Não duvidamos disso, pois a mudança é inerente à nossa condição de ser ajustado à lei do progresso.

Diante da dor e da alegria, devemos manter nossa vigilância contra o estabelecimento do desequilíbrio, que produz o enfraquecimento da coragem ou da vontade, em desacordo com o entendimento seguro de que não estamos abandonados, pois somos filhos de Deus.

Mesmo para o homem contemporâneo, é no coração que residem os princípios que regulam a existência. E isso origina a inclinação para a construção da integridade pessoal, no encalço da harmonização entre as ações externas e as razões de ordem interior, no enlace com as necessidades de melhora do Espírito, que está novamente encarnado para praticar o bem e expandir as qualidades albergadas pela lei do amor e da caridade, num claro combate aos vícios do personalismo.

Desse modo, a atitude do recolhimento causa no praticante a experiência no qual ele aprende que eu e o Pai somos um, o ponto de partida cotidiano para a florescência do fortalecimento espiritual, responsável pela boa gerência da vida em todas as suas manifestações, mesmo aquelas que reclamam nossa coragem ou resignação.

Desse modo, o instante da prece ilumina o intervalo para o diálogo com os Bons Espíritos e, com isso, somos abrigados pelo contato com os amigos espirituais, fortalecidos pelo intercâmbio do amor e da bênção, que nos inspirará o cumprimento dos compromissos rotineiros pautados na esperança e otimismo.

Em realidade, toda pessoa precisa colocar-se em relação com o ser a que se dirige para rogar, agradecer ou louvar, pois, a partir disso, vivenciará a ação que gera o benefício da paz interior e, dessa maneira, conseguirá prosseguir animado para superar com êxito seus desafios.

A reverência ao hábito da prece está a serviço da nutrição das boas qualidades do Espírito humano – tais como amor, capacidade de arrepender-se, perdoar e tolerar, ou seja, o despertar para o agir cristão, que é indulgente e compassivo, segundo os princípios expressados por Jesus.

Nos seus Solilóquios, numa parte da obra chamada A oração a Deus, Agostinho dizia: “só a ti estou disposto a servir”. Ora, embora saibamos que o Espiritismo exige muito mais do que uma atitude contemplativa, pois o compromisso do espírita é cooperar com a transformação do mundo, do estabelecimento da razão e da semeadura do amor, estar disposto a servir a Deus implica também, no plano íntimo de cada criatura, o cuidado com a prece, pois o orar nos estimula o cultivo do sereno viver e conviver.

A serenidade e a paz interna são mantidas pela prática diária da nossa entrega ao Pai, aos Bons Espíritos, ao Anjo Guardião, que nos trazem alívio e inspiração salutar, pois o hábito da prece obedece à valiosa prescrição do Mestre Jesus: “Orai e vigiai”. 

Fontes:

Kardec, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Tradução de J. Herculano Pires. 14 ed. São Paulo: FEESP, 1998, Capítulo XXVII, Item 23.

Santo Agostinho. Solilóquios. Tradução de Irmã Nair de Oliveira. São Paulo: Paulinas, 1993, p. 30.
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita