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Qual a interferência dos
reflexos condicionados
na manifestação
mediúnica?
Raul Teixeira:
Carregando múltiplas
experiências de um
passado, remoto ou
próximo, é natural que
num momento de
exacerbação da mente,
quando temos o
inconsciente mais à
tona, coisas e fatos
nele repousantes tendam
a se apresentar.
Os nossos reflexos
incondicionados, cuja
região de localização é
a área do subcórtice,
abaixo da parte
cinzenta, quando são
acionados pela
interferência da
mediunidade, que atua
sobre o sistema nervoso
central, deixam-nos a
facilidade de
reexperimentar uma série
de situações psíquicas
condicionadas nos dias
passados em outras
reencarnações.
É na educação mediúnica,
na educação doutrinária
espírita, que vamos nos
apercebendo de como
somos, do modo como
agimos e daquilo que é
necessário ao desempenho
feliz da mediunidade.
Começaremos por dar
menos vazão aos aspectos
do reflexo negativo do
passado, dos que possam
empanar a expressão
mediúnica; e, aos
reflexos positivos,
porque fazem parte do
conjunto de experiências
nobres, deixaremos que
se intensifiquem em
nossa vida, porque o
nosso aprendizado atual
é feito por sobre
registros de passagens
próximas ou distantes,
permitindo que as
conquistas se incorporem
ao nosso patrimônio
espiritual.
Com a prática da
auto-análise, do
autoconhecimento,
evitaremos que se
insurja a apavorante
sombra da
desproporcional
interferência anímica,
que nada mais é do que o
exacerbamento de certos
reflexos que permitem a
eclosão da própria
personalidade ou de
personalidades vividas
no passado.
Valorizemos, então, a
influência dos reflexos
passados em nossa
atuação mediúnica,
quando eles forem
positivos e expressivos,
capazes de nos
conduzirem para o
enobrecimento
espiritual.
Do livro Diretrizes
de Segurança,
questão 60, Editora
Fráter, 3a
edição.