RICARDO BAESSO DE
OLIVEIRA
kargabrl@uol.com.br
Juiz de Fora, Minas
Gerais (Brasil)
Divórcio demais?
No Brasil, 25% dos
casamentos terminam em
divórcio, a maioria
deles com filhos
envolvidos. Será que se
justificam tantas
desvinculações assim?
Segundo o Livro dos
Espíritos, o casamento
está na natureza, pois a
união permanente de dois
seres é um progresso na
marcha da Humanidade.
As finalidades do
matrimônio são bem
definidas: a formação do
lar, onde almas afins se
reencontram para dar
prosseguimento ao seu
progresso, pois existe a
possibilidade dos
parceiros permutarem
valores afetivos de
forma segura e
equilibrada, além do
acolhimento de Espíritos
da mesma família
espiritual, na condição
de filhos.
O casamento contribui
também com o
aprimoramento do
instinto sexual, na
medida em que os
parceiros são
convidados, com o tempo,
a substituírem as
relações puramente
físicas pelas trocas de
afetos, por meio do
carinho e do diálogo.
Mas, se o casamento está
na natureza por que há
tantos desencontros no
casamento?
Os motivos são vários:
ausência de afinidade
espiritual, a intimidade
gerando a intolerância
com os defeitos e manias
do parceiro, a perda da
identidade pessoal que
muitos se permitem e,
freqüentemente, ausência
de boa vontade e de
fraternidade cristã.
E a separação?
O divórcio segundo a
Doutrina Espírita não é
contrário à Lei de Deus,
pois ninguém é obrigado
a conviver com outro a
contragosto, no entanto
é preciso que se
analisem, com muito
cuidado, as causas da
separação.
Serão justas? Foi
tentado tudo? Ou serão
motivos pueris, ligados
ao egoísmo, a má-vontade
ou a paixões
passageiras?
Deus leva em conta mais
a intenção do que o ato,
e aqueles que estão em
via de interromper uma
relação devem pesar
seriamente as causas e
as conseqüências da
desvinculação, lembrando
que o divórcio não é um
ponto final na relação;
na melhor das hipóteses,
um ponto e vírgula.