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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 26 - 12 de Outubro de 2007

RICARDO BAESSO DE OLIVEIRA
kargabrl@uol.com.br
Juiz de Fora, Minas Gerais (Brasil)
 

Divórcio demais?

No Brasil, 25% dos casamentos terminam em divórcio, a maioria deles com filhos envolvidos. Será que se justificam tantas desvinculações assim?

Segundo o Livro dos Espíritos, o casamento está na natureza, pois a união permanente de dois seres é um progresso na marcha da Humanidade.

As finalidades do matrimônio são bem definidas: a formação do lar, onde almas afins se reencontram para dar prosseguimento ao seu progresso, pois existe a possibilidade dos parceiros permutarem valores afetivos de forma segura e equilibrada, além do acolhimento de Espíritos da mesma família espiritual, na condição de filhos.

O casamento contribui também com o  aprimoramento do instinto sexual, na medida em que os parceiros são convidados, com o tempo, a substituírem as relações puramente físicas pelas trocas de afetos, por meio do carinho e do diálogo.

Mas, se o casamento está na natureza por que há tantos desencontros no casamento?

Os motivos são vários: ausência de afinidade espiritual, a intimidade gerando a intolerância com os defeitos e manias do parceiro, a perda da identidade pessoal que muitos se permitem e, freqüentemente, ausência de boa vontade e de fraternidade cristã.

E a separação?  O divórcio segundo a Doutrina Espírita não é contrário à Lei de Deus, pois ninguém é obrigado a conviver com outro a contragosto, no entanto é preciso que se analisem, com muito cuidado, as causas da separação.

Serão justas? Foi tentado tudo? Ou serão motivos pueris, ligados ao egoísmo, a má-vontade ou a paixões passageiras?

Deus leva em conta mais a intenção do que o ato, e aqueles que estão em via de interromper uma relação devem pesar seriamente as causas e as conseqüências da desvinculação, lembrando que o divórcio não é um ponto final na relação; na melhor das hipóteses, um ponto e vírgula.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita