MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
Missionários da Luz
André Luiz
(3a
Parte)
Continuamos nesta edição
o estudo da obra
Missionários da Luz,
de André Luiz,
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
e publicada pela editora
da Federação Espírita
Brasileira, a qual
integra a série
iniciada com o livro
Nosso Lar.
Questões preliminares
A. Em termos espíritas,
que significa o vocábulo
vampiro e como
procede ele para
nutrir-se?
R.: Entre os Espíritos,
vampiro é toda entidade
ociosa que se vale
indebitamente das
possibilidades alheias
e, em se tratando de
vampiros que visitam os
encarnados, é preciso
reconhecer que eles
atendem aos sinistros
propósitos a qualquer
hora, desde que
encontrem guarida no
estojo de carne dos
homens. Sem preparo, as
criaturas humanas
prosseguem, em
muitíssimos casos, além
do túmulo, imantadas aos
ambientes domésticos que
lhes alimentavam o campo
emocional. Aos infelizes
que caem em semelhante
condição de parasitismo,
as larvas a que se
refere André Luiz servem
de alimento habitual,
porque são elas
portadoras de vigoroso
magnetismo animal.
Obviamente, a fauna
microbiana em análise
não é servida em pratos:
basta ao desencarnado
agarrar-se aos
companheiros de
ignorância, ainda
encarnados, qual erva
daninha aos galhos das
árvores, e sugar-lhes a
substância vital.
(Missionários da Luz,
cap. 4, págs. 35, 36, 37
e 40.)
B. Qual é a causa real
das enfermidades do
corpo físico?
R.: Nas moléstias da
alma, como nas
enfermidades do corpo
físico, antes da afecção
existe o ambiente. Ações
produzem efeitos,
sentimentos geram
criações, pensamentos
dão origem a formas e
conseqüências de
infinitas expressões.
Cada um de nós é
responsável pela emissão
das forças lançadas em
circulação nas correntes
da vida. A cólera, a
desesperação, o ódio e o
vício oferecem campo a
perigosos germens
psíquicos na esfera da
alma. E, qual acontece
no terreno das doenças
do corpo, o contágio nas
enfermidades da alma é
fato consumado, desde
que a imprevidência ou a
necessidade de luta
estabeleçam ambiente
propício. (Obra
citada, cap. 4, págs. 38
e 39.)
C. Que diz o instrutor
Alexandre a respeito do
uso da carne?
R.: Alexandre deplora o
uso da carne e afirma
que tempos virão para a
Humanidade terrestre em
que o estábulo, como o
lar, será também sagrado
e o homem compreenderá
que em todos os setores
da Criação Deus, nosso
Pai, colocou os
superiores e os
inferiores para o
trabalho de evolução,
através da colaboração e
do amor, da
administração e da
obediência. A solução
desses abusos para com a
Natureza virá, porém,
com o tempo. Se não
podemos renovar os
sistemas econômicos dos
povos, nem substituir os
hábitos arraigados e
viciosos de alimentação
imprópria, de modo
repentino, cabe-nos
prosseguir no trabalho
educativo, acordando os
companheiros encarnados
mais experientes e
esclarecidos, para a
nova era em que os
homens cultivarão o solo
da Terra por amor e
utilizar-se-ão dos
animais com espírito de
respeito, educação e
entendimento. (Obra
citada, cap. 4, págs. 41
a 44.)
D. Por que muitas
pessoas, rompido o
círculo magnético da
Casa espírita, voltam
instintivamente aos
braços das entidades
espirituais que as
exploram?
R.: A causa disso se
deve ao fato de que são
raros os que mantêm a
necessária resolução no
terreno da aplicação
viva da luz que recebem.
A maioria, rompido o
círculo magnético da
Casa espírita, esquece
as bênçãos recebidas e
volta-se para as mesmas
condições deploráveis de
horas antes, subjugada
pelos vampiros
renitentes e cruéis.
(Obra citada, cap. 4 e
5, págs. 44 a 51.)
Texto para leitura
15. Vampirismo
- Apesar das
deficiências do grupo
encarnado, a noite fora
proveitosa. Os Espíritos
assistiram não apenas os
companheiros terrestres,
mas longas filas de
entidades desencarnadas
sofredoras. Foi mais uma
etapa na luta contra o
vampirismo. Esse era um
tema que realmente
preocupava André Luiz e
Alexandre deu-lhe as
explicações necessárias.
Sem nos referirmos aos
morcegos sugadores –
disse Alexandre –, o
vampiro entre os homens
é o fantasma dos mortos
que se retira do
sepulcro, alta noite,
para alimentar-se do
sangue dos vivos. Não se
sabe quem elaborou essa
definição, que, no
fundo, não está errada.
Entre os Espíritos,
porém, vampiro é toda
entidade ociosa que se
vale indebitamente das
possibilidades alheias
e, em se tratando de
vampiros que visitam os
encarnados, é preciso
reconhecer que eles
atendem aos sinistros
propósitos a qualquer
hora, desde que
encontrem guarida no
estojo de carne dos
homens. No círculo das
enfermidades terrestres
cada espécie de
micróbios tem o seu
ambiente preferido. O
pneumococo aloja-se
habitualmente nos
pulmões; o bacilo de
Eberth, nos intestinos,
onde produz a febre
tifóide; o bacilo de
Klebs, nas mucosas, onde
provoca a difteria. Em
condições especiais do
organismo, proliferam os
bacilos de Hansen ou de
Koch. Semelhantes
formações microscópicas
não se circunscrevem à
carne transitória. Já as
doenças psíquicas são
muito mais deploráveis;
a patogênese da alma
está dividida em quadros
dolorosos. A cólera, a
intemperança, os
desvarios do sexo, as
viciações de vários
matizes formam criações
inferiores que afetam
profundamente a vida
íntima. Quase sempre o
corpo doente assinala a
mente enfermiça. A
organização fisiológica
atende ao molde
preexistente do corpo
espiritual. Atingido o
molde em sua estrutura
pelos golpes das
vibrações inferiores, o
vaso refletirá
imediatamente. (Cap. 4,
págs. 35 a 37)
16. Mecanismo dos
processos mórbidos
- Primeiramente vem a
semeadura, depois a
colheita. Tanto as
sementes de trigo como
de escalracho,
encontrando terra
propícia, produzirão a
seu modo e na mesma
pauta de multiplicação.
Nessa resposta da
Natureza ao esforço do
lavrador temos
simplesmente a lei que
explica os processos
mórbidos. Nas moléstias
da alma, como nas
enfermidades do corpo
físico, antes da afecção
existe o ambiente. Ações
produzem efeitos,
sentimentos geram
criações, pensamentos
dão origem a formas e
conseqüências de
infinitas expressões.
Cada um de nós é
responsável pela emissão
das forças lançadas em
circulação nas correntes
da vida. A cólera, a
desesperação, o ódio e o
vício oferecem campo a
perigosos germens
psíquicos na esfera da
alma. E, qual acontece
no terreno das doenças
do corpo, o contágio nas
enfermidades da alma é
fato consumado, desde
que a imprevidência ou a
necessidade de luta
estabeleçam ambiente
propício. Os homens,
sobretudo os pais
terrestres, com
raríssimas exceções, são
os primeiros a agir em
prejuízo da saúde
espiritual da
coletividade. Entre
abusos do sexo e da
alimentação, desde os
anos mais tenros, nada
mais fazíamos que
desenvolver as
tendências inferiores,
cristalizando hábitos
malignos. Não é, pois,
de admirar tantas
moléstias do corpo e
degenerescências
psíquicas. (Cap. 4,
págs. 38 e 39)
17. Extensão do
vampirismo - O
vampirismo mantém
considerável expressão
porque, se o Pai é
sumamente
misericordioso, é também
infinitamente justo.
Ninguém lhe confundirá
os desígnios e a morte
do corpo quase sempre
surpreende a alma em
terrível condição
parasitária. Assim, a
promiscuidade entre os
encarnados indiferentes
à Lei Divina e os
desencarnados que a ela
têm sido indiferentes é
muito grande na crosta
da Terra. Sem preparo,
as criaturas humanas
prosseguem, em
muitíssimos casos, além
do túmulo, imantadas aos
ambientes domésticos que
lhes alimentavam o campo
emocional. Aos infelizes
que caíram em semelhante
condição de parasitismo,
as larvas a que se
referiu André Luiz
servem de alimento
habitual, porque são
elas portadoras de
vigoroso magnetismo
animal. Claro que a
fauna microbiana em
análise não será servida
em pratos: basta ao
desencarnado agarrar-se
aos companheiros de
ignorância, ainda
encarnados, qual erva
daninha aos galhos das
árvores, e sugar-lhes a
substância vital. (Cap.
4, pág. 40)
18. O problema da
carne -
Alexandre admirou-se da
estranheza que André
Luiz mostrou ao ouvir
tal relato,
lembrando-lhe os hábitos
alimentares que todos
nós cultivamos em nossas
mesas, mantidas à custa
das vísceras dos touros
e das aves. A pretexto
de buscar recursos
protéicos, exterminamos
frangos e carneiros,
leitões e cabritos
incontáveis. Sugamos os
tecidos musculares,
roemos os ossos. Não
contentes em matar os
pobres seres que nos
pedem roteiros de
progresso e valores
educativos, para melhor
atenderem a Obra do Pai,
dilatamos os requintes
da exploração milenária
e infligimos a muitos
deles determinadas
moléstias para que nos
sirvam melhor ao
paladar. O suíno comum é
enclausurado em regime
de ceva, para adquirir
banhas doentias e
abundantes. Gansos são
postos nas engordadeiras
para que hipertrofiem o
fígado, de modo a
obtermos pastas
substanciosas destinadas
a quitutes famosos. Em
nada nos dói o quadro
comovente das vacas-mães
levadas ao matadouro,
para que nossas panelas
transpirem
agradavelmente,
esquecidos de que tempos
virão para a Humanidade
terrestre em que o
estábulo, como o lar,
será também sagrado e
que em todos os setores
da Criação Deus, nosso
Pai, colocou os
superiores e os
inferiores para o
trabalho de evolução,
através da colaboração e
do amor, da
administração e da
obediência. Os seres
inferiores e
necessitados do Planeta
não nos encaram como
superiores generosos e
inteligentes, mas como
verdugos cruéis. Confiam
na tempestade furiosa,
mas fogem, desesperados,
à aproximação do homem
de qualquer condição,
excetuando-se os animais
domésticos que, por
confiarem em nossas
palavras e atitudes,
aceitam o cutelo no
matadouro, quase sempre
com lágrimas de aflição,
incapazes de discernir,
com o raciocínio
embrionário, onde começa
a nossa perversidade e
onde termina a nossa
compreensão. (Cap. 4,
págs. 41 e 42)
19. A
solução dos abusos
- A solução desses
abusos para com a
Natureza virá com o
tempo. Abandonando as
faixas de nosso
primitivismo, devemos
acordar a própria
consciência para a
responsabilidade
coletiva. Se não podemos
renovar os sistemas
econômicos dos povos,
nem substituir os
hábitos arraigados e
viciosos de alimentação
imprópria, de modo
repentino, cabe-nos
prosseguir no trabalho
educativo, acordando os
companheiros encarnados
mais experientes e
esclarecidos, para a
nova era em que os
homens cultivarão o solo
da Terra por amor e
utilizar-se-ão dos
animais com espírito de
respeito, educação e
entendimento. Essa
realização é de
importância essencial na
vida humana, porque, sem
amor para com os nossos
inferiores, não podemos
aguardar a proteção dos
superiores. Se temos
sido vampiros
insaciáveis dos seres
frágeis que nos cercam,
não é demais que, por
força da animalidade que
conservamos, venhamos a
cair em situações
enfermiças pelo
vampirismo das entidades
que nos sejam afins, na
esfera invisível. (Cap.
4, págs. 43 e 44)
20. Ascensão
espiritual e mediunidade
- O legítimo
desenvolvimento
mediúnico é problema de
ascensão espiritual dos
candidatos às percepções
sublimes. Mesmo assim,
os participantes do
trabalho mediúnico
acabaram, naquela noite,
lucrando muitíssimo,
porque foram auxiliados
contra o vampirismo
venenoso e destruidor.
Se as larvas lhes
avassalam as energias
espirituais, fora da
Casa espírita entidades
desencarnadas os
aguardavam, visto que
são raros os que mantêm
a necessária resolução
no terreno da aplicação
viva da luz que recebem.
A maioria, rompido o
círculo magnético da
Casa espírita, esquece
as bênçãos recebidas e
volta-se para as mesmas
condições deploráveis de
horas antes, subjugada
pelos vampiros
renitentes e cruéis.
(Cap. 4, págs. 44 e 45)
(Continua no próximo
número.)
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