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Estudando a série André Luiz
Ano 1 - N° 27 - 19 de Outubro de 2007

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

Missionários da Luz
André Luiz
(3a Parte)

Continuamos nesta edição o estudo da obra Missionários da Luz,  de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada pela editora da Federação Espírita Brasileira, a qual integra a série iniciada com o livro Nosso Lar.  

Questões preliminares

A. Em termos espíritas, que significa o vocábulo vampiro e como procede ele para nutrir-se?

R.: Entre os Espíritos, vampiro é toda entidade ociosa que se vale indebitamente das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é preciso reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens. Sem preparo, as criaturas humanas prosseguem, em muitíssimos casos, além do túmulo, imantadas aos ambientes domésticos que lhes alimentavam o campo emocional. Aos infelizes que caem em semelhante condição de parasitismo, as larvas a que se refere André Luiz servem de alimento habitual, porque são elas portadoras de vigoroso magnetismo animal. Obviamente, a fauna microbiana em análise não é servida em pratos: basta ao desencarnado agarrar-se aos companheiros de ignorância, ainda encarnados, qual erva daninha aos galhos das árvores, e sugar-lhes a substância vital. (Missionários da Luz, cap. 4, págs. 35, 36, 37 e 40.)

B. Qual é a causa real das enfermidades do corpo físico?

R.: Nas moléstias da alma, como nas enfermidades do corpo físico, antes da afecção existe o ambiente. Ações produzem efeitos, sentimentos geram criações, pensamentos dão origem a formas e conseqüências de infinitas expressões. Cada um de nós é responsável pela emissão das forças lançadas em circulação nas correntes da vida. A cólera, a desesperação, o ódio e o vício oferecem campo a perigosos germens psíquicos na esfera da alma. E, qual acontece no terreno das doenças do corpo, o contágio nas enfermidades da alma é fato consumado, desde que a imprevidência ou a necessidade de luta estabeleçam ambiente propício. (Obra citada, cap. 4, págs. 38 e 39.)

C. Que diz o instrutor Alexandre a respeito do uso da carne?

R.: Alexandre deplora o uso da carne e afirma que tempos virão para a Humanidade terrestre em que o estábulo, como o lar, será também sagrado e o homem compreenderá que em todos os setores da Criação Deus, nosso Pai, colocou os superiores e os inferiores para o trabalho de evolução, através da colaboração e do amor, da administração e da obediência. A solução desses abusos para com a Natureza virá, porém, com o tempo. Se não podemos renovar os sistemas econômicos dos povos, nem substituir os hábitos arraigados e viciosos de alimentação imprópria, de modo repentino, cabe-nos prosseguir no trabalho educativo, acordando os companheiros encarnados mais experientes e esclarecidos, para a nova era em que os homens cultivarão o solo da Terra por amor e utilizar-se-ão dos animais com espírito de respeito, educação e entendimento. (Obra citada, cap. 4, págs. 41 a 44.)

D. Por que muitas pessoas, rompido o círculo magnético da Casa espírita, voltam instintivamente aos braços das entidades espirituais que as exploram?

R.: A causa disso se deve ao fato de que são raros os que mantêm a necessária resolução no terreno da aplicação viva da luz que recebem. A maioria, rompido o círculo magnético da Casa espírita, esquece as bênçãos recebidas e volta-se para as mesmas condições deploráveis de horas antes, subjugada pelos vampiros renitentes e cruéis. (Obra citada, cap. 4 e 5, págs. 44 a 51.)

Texto para leitura

15. Vampirismo - Apesar das deficiências do grupo encarnado, a noite fora proveitosa. Os Espíritos assistiram não apenas os companheiros terrestres, mas longas filas de entidades desencarnadas sofredoras. Foi mais uma etapa na luta contra o vampirismo. Esse era um tema que realmente preocupava André Luiz e Alexandre deu-lhe as explicações necessárias. Sem nos referirmos aos morcegos sugadores – disse Alexandre –, o vampiro entre os homens é o fantasma dos mortos que se retira do sepulcro, alta noite, para alimentar-se do sangue dos vivos. Não se sabe quem elaborou essa definição, que, no fundo, não está errada. Entre os Espíritos, porém, vampiro é toda entidade ociosa que se vale indebitamente das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é preciso reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens. No círculo das enfermidades terrestres cada espécie de micróbios tem o seu ambiente preferido. O pneumococo aloja-se habitualmente nos pulmões; o bacilo de Eberth, nos intestinos, onde produz a febre tifóide; o bacilo de Klebs, nas mucosas, onde provoca a difteria. Em condições especiais do organismo, proliferam os bacilos de Hansen ou de Koch. Semelhantes formações microscópicas não se circunscrevem à carne transitória. Já as doenças psíquicas são muito mais deploráveis; a patogênese da alma está dividida em quadros dolorosos. A cólera, a intemperança, os desvarios do sexo, as viciações de vários matizes formam criações inferiores que afetam profundamente a vida íntima. Quase sempre o corpo doente assinala a mente enfermiça. A organização fisiológica atende ao molde preexistente do corpo espiritual. Atingido o molde em sua estrutura pelos golpes das vibrações inferiores, o vaso refletirá imediatamente. (Cap. 4, págs. 35 a 37)

16. Mecanismo dos processos mórbidos - Primeiramente vem a semeadura, depois a colheita. Tanto as sementes de trigo como de escalracho, encontrando terra propícia, produzirão a seu modo e na mesma pauta de multiplicação. Nessa resposta da Natureza ao esforço do lavrador temos simplesmente a lei que explica os processos mórbidos. Nas moléstias da alma, como nas enfermidades do corpo físico, antes da afecção existe o ambiente. Ações produzem efeitos, sentimentos geram criações, pensamentos dão origem a formas e conseqüências de infinitas expressões. Cada um de nós é responsável pela emissão das forças lançadas em circulação nas correntes da vida. A cólera, a desesperação, o ódio e o vício oferecem campo a perigosos germens psíquicos na esfera da alma. E, qual acontece no terreno das doenças do corpo, o contágio nas enfermidades da alma é fato consumado, desde que a imprevidência ou a necessidade de luta estabeleçam ambiente propício. Os homens, sobretudo os pais terrestres, com raríssimas exceções, são os primeiros a agir em prejuízo da saúde espiritual da coletividade. Entre abusos do sexo e da alimentação, desde os anos mais tenros, nada mais fazíamos que desenvolver as tendências inferiores, cristalizando hábitos malignos. Não é, pois, de admirar tantas moléstias do corpo e degenerescências psíquicas. (Cap. 4, págs. 38 e 39)

17. Extensão do vampirismo - O vampirismo mantém considerável expressão porque, se o Pai é sumamente misericordioso, é também infinitamente justo. Ninguém lhe confundirá os desígnios e a morte do corpo quase sempre surpreende a alma em terrível condição parasitária. Assim, a promiscuidade entre os encarnados indiferentes à Lei Divina e os desencarnados que a ela têm sido indiferentes é muito grande na crosta da Terra. Sem preparo, as criaturas humanas prosseguem, em muitíssimos casos, além do túmulo, imantadas aos ambientes domésticos que lhes alimentavam o campo emocional. Aos infelizes que caíram em semelhante condição de parasitismo, as larvas a que se referiu André Luiz servem de alimento habitual, porque são elas portadoras de vigoroso magnetismo animal. Claro que a fauna microbiana em análise não será servida em pratos: basta ao desencarnado agarrar-se aos companheiros de ignorância, ainda encarnados, qual erva daninha aos galhos das árvores, e sugar-lhes a substância vital. (Cap. 4, pág. 40)

18. O problema da carne - Alexandre admirou-se da estranheza que André Luiz mostrou ao ouvir tal relato, lembrando-lhe os hábitos alimentares que todos nós cultivamos em nossas mesas, mantidas à custa das vísceras dos touros e das aves. A pretexto de buscar recursos protéicos, exterminamos frangos e carneiros, leitões e cabritos incontáveis. Sugamos os tecidos musculares, roemos os ossos. Não contentes em matar os pobres seres que nos pedem roteiros de progresso e valores educativos, para melhor atenderem a Obra do Pai, dilatamos os requintes da exploração milenária e infligimos a muitos deles determinadas moléstias para que nos sirvam melhor ao paladar. O suíno comum é enclausurado em regime de ceva, para adquirir banhas doentias e abundantes. Gansos são postos nas engordadeiras para que hipertrofiem o fígado, de modo a obtermos pastas substanciosas destinadas a quitutes famosos. Em nada nos dói o quadro comovente das vacas-mães levadas ao matadouro, para que nossas panelas transpirem agradavelmente, esquecidos de que tempos virão para a Humanidade terrestre em que o estábulo, como o lar, será também sagrado e que em todos os setores da Criação Deus, nosso Pai, colocou os superiores e os inferiores para o trabalho de evolução, através da colaboração e do amor, da administração e da obediência. Os seres inferiores e necessitados do Planeta não nos encaram como superiores generosos e inteligentes, mas como verdugos cruéis. Confiam na tempestade furiosa, mas fogem, desesperados, à aproximação do homem de qualquer condição, excetuando-se os animais domésticos que, por confiarem em nossas palavras e atitudes, aceitam o cutelo no matadouro, quase sempre com lágrimas de aflição, incapazes de discernir, com o raciocínio embrionário, onde começa a nossa perversidade e onde termina a nossa compreensão. (Cap. 4, págs. 41 e 42)

19. A solução dos abusos - A solução desses abusos para com a Natureza virá com o tempo. Abandonando as faixas de nosso primitivismo, devemos acordar a própria consciência para a responsabilidade coletiva. Se não podemos renovar os sistemas econômicos dos povos, nem substituir os hábitos arraigados e viciosos de alimentação imprópria, de modo repentino, cabe-nos prosseguir no trabalho educativo, acordando os companheiros encarnados mais experientes e esclarecidos, para a nova era em que os homens cultivarão o solo da Terra por amor e utilizar-se-ão dos animais com espírito de respeito, educação e entendimento. Essa realização é de importância essencial na vida humana, porque, sem amor para com os nossos inferiores, não podemos aguardar a proteção dos superiores. Se temos sido vampiros insaciáveis dos seres frágeis que nos cercam, não é demais que, por força da animalidade que conservamos, venhamos a cair em situações enfermiças pelo vampirismo das entidades que nos sejam afins, na esfera invisível. (Cap. 4, págs. 43 e 44)

20. Ascensão espiritual e mediunidade - O legítimo desenvolvimento mediúnico é problema de ascensão espiritual dos candidatos às percepções sublimes. Mesmo assim, os participantes do trabalho mediúnico acabaram, naquela noite, lucrando muitíssimo, porque foram auxiliados contra o vampirismo venenoso e destruidor. Se as larvas lhes avassalam as energias espirituais, fora da Casa espírita entidades desencarnadas os aguardavam, visto que são raros os que mantêm a necessária resolução no terreno da aplicação viva da luz que recebem. A maioria, rompido o círculo magnético da Casa espírita, esquece as bênçãos recebidas e volta-se para as mesmas condições deploráveis de horas antes, subjugada pelos vampiros renitentes e cruéis. (Cap. 4, págs. 44 e 45) (Continua no próximo número.)


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita