Espíritas ou Cristãos?
Espíritas e Cristãos?
Espírita Cristão?
Cristão Espírita? Será
que existe diferença?
Tais questionamentos
ainda existem e mesmo
para aqueles que
conhecem Jesus. Além
disso, muitos não o
seguem, portanto não
assumem, nem
intimamente, nem
publicamente, a sua
conduta cristã.
De igual forma, existem
espíritas que estudam
Jesus, isto é, estudam
sobre Jesus, mas não o
conhecem. Seguir Jesus,
pensam eles, implica uma
propriedade de elevação
espiritual dos demais
irmãos, que são
escolhidos para isso.
Dessa maneira, eles não
conseguem seguir Jesus,
pois não são capazes de
suportar seu fardo e
julgo.
Mas e aqueles que
assumiram os passos do
Mestre e trilham o
coração com os
ensinamentos do seu
Evangelho? E aqueles que
guiam e são guiados à
luz da sua verdade
insofismável? E aqueles
que reconhecem a
presença espiritual
explicada pela razão,
pela fé raciocinada, que
transcende a elevação
espiritual pela adoração
consagrada a Deus? Quem
seriam estes?
Ora, de forma
concomitante, temos, em
realidade, o Espiritismo
inserido no
Cristianismo, na palavra
do Cristo, trazida para
nós pelo Evangelho ao
longo dos tempos.
O que há, claramente, é
a necessidade de seu
maior alcance em relação
à sua essência, que vai
além da sua forma.
Podemos, desse modo,
desdobrar o Evangelho de
Jesus em seu amplo
conhecimento como se
desdobrássemos uma peça
de arte, a princípio
pronta e completa, bela
já na sua essência, mas
que se torna muito mais
instrutiva e
significativa, à medida
que é compreendida
segundo a evolução dos
sentimentos, dos
valores, das
consciências e dos
corações já quebrantados
ao longo dos tempos.
A verdade dos
ensinamentos do Cristo
permanece inquestionável
e inviolável,
contundente como sempre
foi e inigualável como
só a verdade pode ser. A
verdade deixada pelo
Cristo para todos nós
que recebemos o legado
da salvação como
transformação do homem e
o reconhecimento
superior de Deus sobre
nós e tudo que existe ao
nosso redor.
Jesus é a presença
constante entre nós “dos
Espíritos Santos de
Deus”.
Cremos em Deus Pai,
Inteligência Suprema
sobre todas as coisas,
cremos em Deus Espírito,
pois nos dizem que as
coisas de Deus são
coisas espirituais ,
cremos em Jesus, seu
Filho, assim como nós,
divino. Cremos no seu
Evangelho e cremos na
luz da verdade
insofismável.
Seguimos a moral de
Cristo, buscamos o
entendimento, além da
adoração que nos
sustenta, cientes de que
as coisas de Deus são
simples e diretas.
Dessa forma, entendemos
que adquirimos muitos
conhecimentos através da
reencarnação, ferramenta
divina para a nossa
redenção. Ferramenta
que, à mercê de nossos
compromissos e esforços,
ajuda-nos a caminhar
para frente e em direção
ao alto. Ora, não
podemos olvidar que a
salvação reside no
sacrifício de Jesus, não
somente pelo sangue
derramado, mas também
pelo Seu exemplo
registrado.
A reencarnação, segundo
a nossa condição de
Espíritos imortais, nos
coloca aptos à caminhada
de luz, nos auxilia
quando não entendemos
qual caminho seguir,
mesmo que, feita a opção
correta, seja o menos
cômodo, mas realmente
destinado a nos
transformar.
Além disso,
temos a comunicação
entre os Espíritos que
nos serve como apoio,
sustentação e conforto.
Afinal, somos
nós mesmos Espíritos em
todos os nossos estágios
evolutivos, alguns mais
próximos do Cristo,
outros muito distantes,
outros entorpecidos
pelos baixos
sentimentos, outros na
tarefa de socorristas ou
no desempenho de missões
e ações apoiadas em
compromissos morais.
As comunicações e
mensagens trazidas pelos
Espíritos existem desde
sempre e Jesus nos
exemplificou várias
comunicações.
Dessa maneira, nós,
encarnados, por condição
ou por permissão,
acessamos as
comunicações, à medida
que dispomos da
mediunidade e estamos
sujeitos à influência
espiritual de qualquer
ordem, segundo a nossa
sintonia. Logo, todos
nós, aparelhos,
instrumentos de Deus
para a sua obra,
precisamos manter o
contato saudável com Ele
através de seus
emissários e seus
medianeiros e, portanto,
sempre atentos e
vigilantes.
Não podemos ignorar que
muitas comunicações mal
conduzidas, mal
interpretadas,
mistificadas como
embustes da fé ao longo
dos tempos, deturparam
suas finalidades
positivas, uma vez que
foram distorcidas, em
muitas circunstâncias,
para servir à
manipulação das pessoas,
tal como as calúnias e
as mentiras, que se
valem da inverdade como
seu propósito principal.
De igual forma, devemos
atentar para o fato que
nós, encarnados, muitas
vezes, ainda nos
preenchemos com aquelas
“comunicações” com as
quais temos afinidade
(fofocas, comentários
maldosos, intrigas,
críticas que denigrem o
próximo, calúnias etc.),
quando deveríamos buscar
erradicá-las, à medida
que elas são prejudicais
ao nosso progresso.
Precisamos, para o nosso
bem, lembrar que “o mal
não deve ser comentado”.
Não olvidemos, de outro
aspecto, que os
pensamentos puros
transformam e repelem os
pensamentos impuros,
criando uma barreira
para as influências
nefastas que nos
causariam mal. Não há
como ignorar que os
pensamentos impuros, de
baixa ordem moral,
cheios de desvalores,
raiva, rancor, inveja,
orgulho, vaidade, causam
escuridão em nossos
íntimos e intensificam
as influências negativas
que nos atingem e nos
circundam, segundo as
propriedades da má
sintonia.
Outrossim, é preciso
recordar que os
pensamentos impuros e
negativos sugam e minam
as boas influências,
afetando, inclusive,
aquelas que nos são
enviadas para o nosso
bem e nosso equilíbrio.
No entanto, segundo a
Misericórdia, mesmo
aqueles que perdem seu
tempo no intercâmbio com
a negatividade, pois
ainda em estado de
ignorância, são
atendidos, uma vez que o
amor incondicional de
Deus, sobre todas as
suas criaturas, deposita
luz onde encontra a
escuridão.
Afinal, o
bem sempre prevalece
sobre o mal, pois é
independente do nosso
querer e obedece a uma
ordem que escapa a nossa
voluntariedade.
Somos espíritas e temos
acesso ao conhecimento
esclarecido e esperado
há muito tempo.
Somos cristãos e
sustentamos a nossa fé,
além da nossa adoração,
pois é consolo tanto o
conhecimento
esclarecido, quanto o
postulado da
imortalidade da alma,
que corroboram as
verdades trazidas pelo
Cristo.
Nessa direção, a
mensagem de Cristo Jesus
se completa quando nos
foi enviado o Consolador
Prometido, via Doutrina
Espírita. Podemos, para
o nosso bem, seguir as
suas palavras e seus
passos em direção ao
futuro, de acordo com o
ensinamento de Jesus: “...
fareis muitas coisas, e
fareis muitas além das
que eu já fiz...”
A Doutrina Espírita,
trazida por todos
aqueles que contribuíram
ao longo dos tempos para
o esclarecimento humano,
não permaneceria viva
somente através de suas
memórias e registros da
época. Dessa maneira,
assim como o homem
cresce e progride, os
entendimentos sobre a fé
raciocinada também
evoluem e dinamizam os
postulados do
Espiritismo, uma vez que
a Doutrina Espírita tem
a finalidade de unir, e
não de dividir, o que
consolida sua presença
na sociedade humana, de
acordo com o critério
evolutivo da
civilização.
Claramente, devemos
entender a necessidade
de trilhar com pés
firmes o caminho do bem,
tendo como companheiro
os ensinamentos dos
medianeiros do Cristo,
que por Sua permissão e
de Deus nos seguem a
jornada.
Os “Espíritos Santos de
Deus” estão conosco
sempre que estivermos
reunidos em Seu nome.
De outro lado, o que nos
cabe é a realização das
obras em nossas vidas,
ainda que sejam pequenas
aos olhos do homem
egoísta, mas necessárias
e grandiosas aos olhos
de Deus, que sabe que O
seguimos, que Lhe
obedecemos, apesar de
nossas imperfeições,
pois somos detentores da
Sua essência e a Ele nos
direcionamos. Na sua
bondade de Pai, Ele nos
permite errar para
aprender até que Dele
finalmente nos
aproximaremos, por
esforço próprio, através
das infinitas
reencarnações e de
acordo com o
entendimento guiado
pelos passos do Senhor
Jesus.
Muitos irmãos amados,
porém, ainda na
escuridão de suas vidas
e desprovidos de
sentimentos mais nobres,
nos perseguem. Na
verdade, aflitos,
sofridos, revoltados por
suas muitas dores e
sofrimentos, presos no
fundo do poço de suas
existências, só conhecem
atos e palavras brutas.
Eles nos perseguem, pois
enxergam em nós,
seguidores do Cristo, as
luzes que Ele nos
concede e deposita.
Dessa maneira, querem,
inconscientemente, esta
luz, à medida que,
embora ainda duros e
embotados pelas suas
aflições, reconhecem os
benefícios da luz de
Jesus.
Felizmente, muitos
sofredores, embora
atingidos pelas mais
diversas situações
aflitivas e de
desalento, abrem-se à
luz e, em razão dessa
atitude, são promovidos
verdadeiros “milagres”
que transformam o
coração, posto que a luz
do amor clarifica
qualquer alma, qualquer
Espírito.
Sem olvidar a caridade,
podemos compreender que
muitos irmãos que nos
condenam ou procuram
atrapalhar o nosso
caminho diário
compromissado com as
lições do Cristo, em
realidade estão
momentaneamente
perdidos, sem uma clara
direção, confusos em
seus sentimentos, tal
como às vezes agimos em
nossos momentos de
fraquezas, e são o nosso
próximo exigente de
compreensão e apoio.
Outrossim, no estado da
erraticidade, muitos
sofrem o peso da culpa e
do remorso, enquanto
outros desconhecem seu
verdadeiro estado
espiritual e, por isso,
perseguem, sem trégua,
suas vítimas em
processos obsessivos.
Ora, para eles também
somente o amor aplicado
segundo a caridade
poderá levar à benéfica
transformação e
direcionamento para o
bem.
Somos filhos de Deus,
encarnados ou
desencarnados. Logo,
somos espíritas? Somos
cristãos? Cremos e
vivemos em Cristo Jesus,
cremos na reencarnação e
cremos no mundo
invisível.
O Evangelho já havia
dito. Agora, temos amplo
acesso à Doutrina
Espírita. E embora todo
conhecimento para o
cristão esteja contido
no Evangelho do Cristo
Jesus, cabe a pergunta:
quanto tempo será
necessário ainda para
que possamos absorver
tudo que já estava no
Evangelho e que ainda
não interpretamos e
vivenciamos? Mesmo hoje,
com auxílio e companhia
dos mentores
espirituais. E tudo
sempre esteve lá.
Devemos renovar nossa fé
a cada mensagem, a cada
estudo, para que sejamos
sustentados cada vez
mais. E procuremos, a
nosso favor,
potencializar a nossa
fé, sinergia divina em
nós, pois pelo Cristo e
em Cristo viveremos
eternamente.