Rogério Coelho:
“Divulgação do
Espiritismo e
exemplificação
no bem com
Jesus: tal a
receita para o
enfrentamento
dos problemas
da sociedade moderna”
O confrade,
colaborador
desta revista e
grande
divulgador da
Doutrina
Espírita Rogério
Coelho (foto)
reside na cidade
mineira de
Muriaé, situada
na Zona da Mata
de Minas Gerais.
Jornalista por
formação,
Rogério Coelho
já exerceu
diversas funções
dentro de casas
espíritas, desde
secretário até
diretor do
departamento.
Atualmente,
preside a
Sociedade
Muriaeense de
Estudos
Espíritas e
prossegue
incansável na
divulgação do
Espiritismo na
tribuna e por
meio de jornais
e periódicos
diversos.
Quando se tornou
espírita, no ano
de 1977, a
aceitação de sua
família foi difícil, porém a
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persistência
e o amor
pela
doutrina
o
transformou
no homem
de hoje,
que
transmite
empolgação
ao falar
sobre o
Espiritismo.
Para
ele, o
Espiritismo
representa
a mesma
coisa
que o
sol, a
água, a
alimentação
e o ar
representam
para o
corpo
físico.
“Para os
neófitos
da
Doutrina
Espírita,
eu
passaria
o mesmo
conselho
que o
nobre
Espírito
Emmanuel
passou
para o
seu
tutelado,
o nosso
incomparável
e
saudoso
Chico
Xavier:
Se algum
dia eu
disser
para
você
alguma
coisa
diferente
do que
ensinou
Jesus e
Kardec,
fique
com Eles
e me
abandone.” |
Na entrevista
adiante
transcrita,
Rogério fala
sobre sua
iniciação no
Espiritismo e
diz com
franqueza o que
pensa sobre
diversos temas
de interesse dos
nossos leitores.
O Consolador:
Em que cidade
você nasceu?
–
Nasci em
Manhuaçu (MG),
porém,
atualmente,
resido em Muriaé
(MG) para onde
me mudei por
questões
profissionais.
O Consolador:
Qual a sua
formação?
–
Jornalismo.
O Consolador:
Que cargos ou
funções você já
exerceu no
movimento
espírita?
–
Secretário,
Presidente,
Diretor de
Divulgação
Doutrinária e
Diretor do
Departamento de
Mediunidade.
O Consolador:
Qual o cargo ou
função exercido
neste momento?
–
Presidente da
Sociedade
Muriaeense de
Estudos
Espíritas.
O Consolador:
Quando você teve
contato com o
Espiritismo?
Houve algum fato
ou circunstância
especial que
tenha propiciado
esse contato
inicial?
–
Em 1977. Não
houve um fato em
si, relevante
para a
aproximação, mas
uma série de
circunstâncias
que favoreceram
isso.
O Consolador:
Qual foi a
reação de sua
família ante sua
adesão à
Doutrina
Espírita?
–
Extremamente
negativa.
O Consolador:
Dos três
aspectos do
Espiritismo –
científico,
filosófico e
religioso – qual
é o que mais o
atrai?
–
O religioso.
O Consolador:
Que autores
espíritas mais
lhe agradam?
–
Emmanuel, Joanna
de Ângelis,
Manoel Philomeno
de Miranda,
Amélia
Rodrigues, Léon
Denis, Deolindo
Amorim,
Eurípedes
Barsanulfo,
Yvonne do Amaral
Pereira, Nina
Arueira, Irthes
Terezinha,
Bezerra de
Menezes, Thereza
de Brito,
Camilo, André
Luiz.
O Consolador:
Que livros
espíritas você
considera de
leitura
indispensável
aos confrades
iniciantes?
–
A Codificação
Kardequiana em
primeiro lugar,
claro! Depois,
os livros dos
autores por mim
citados.
O Consolador:
Se você fosse
passar alguns
anos num lugar
remoto, com
acesso restrito
às atividades e
trabalhos
espíritas, que
livros
pertinentes à
Doutrina
Espírita você
levaria?
–
Os livros dos
autores
anteriormente
mencionados.
O Consolador:
As divergências
doutrinárias em
nosso meio
reduzem-se a
poucos assuntos.
Um deles diz
respeito ao
chamado
Espiritismo
laico. Para
você, o
Espiritismo é
uma religião?
–
Sem dúvida. O
Espiritismo é
uma religião,
como também é
uma Ciência e
uma Filosofia.
O Consolador:
Outro tema que
suscita
geralmente
debates
acalorados, diz
respeito à obra
publicada na
França por J. B.
Roustaing. Qual
é sua apreciação
dessa obra?
–
Muito maçuda e
antidoutrinária.
O Consolador:
O terceiro
assunto em que a
prática espírita
às vezes diverge
está relacionado
com os chamados
passes
padronizados,
propostos na
obra de Edgard
Armond. Embora
saibamos que no
geral a opção
seja tão-somente
a imposição das
mãos tal como
recomenda J.
Herculano Pires,
qual é sua
opinião a
respeito?
–
Estou com
Emmanuel quando
afirma que basta
a boa vontade do
trabalhador para
esta nobre
tarefa. Depois a
simples
imposição de
mãos, como fazia
Jesus.
O Consolador:
Como você vê a
discussão em
torno do aborto?
No seu modo de
ver as coisas,
os espíritas
deveriam ser
mais ousados na
defesa da vida
como tem feito a
Igreja?
–
O aborto é crime
hediondo de
lesa-humanidade
que vem
merecendo o
repúdio dos mais
variados
segmentos
religiosos, em
especial do
segmento
espiritista.
Acredito que
está de bom
tamanho o
empenho dos
espíritas nesta
questão. Há,
porém, que se
manter a
vigilância e a
atenção, em
especial quando
o Congresso
brasileiro se
movimenta no
sentido de
tentar
“legalizá-lo”.
Aí toda a
ousadia e
gritaria serão
necessárias.
O Consolador:
A eutanásia,
como sabemos, é
uma prática que
não tem o apoio
da Doutrina
Espírita. Kardec
e outros
autores, como
Joanna de
Ângelis, já se
posicionaram
sobre esse tema.
Surgiu, no
entanto,
ultimamente a
idéia da
ortotanásia,
defendida até
mesmo por
médicos
espíritas. Qual
a sua opinião a
respeito?
–
Só se for apoio
de médicos
espiritados
e não de médicos
espíritas
conscientes do
conteúdo
doutrinário
espiritista
totalmente
refratário a tal
prática.
Eutanásia,
ortotanásia,
aborto, tudo são
crimes.
O Consolador:
O movimento
espírita em
nosso país lhe
agrada ou falta
algo nele que
favoreça uma
melhor
divulgação da
Doutrina?
–
Com raríssimas e
honrosas
exceções, o
movimento
espírita em
algumas regiões
de nosso Brasil
está deixando
muito a desejar.
Faltam muita
fraternidade e o
estudo das obras
básicas e das
obras
subsidiárias
sérias. Existem
muitas práticas
desvinculadas do
contexto
doutrinário,
muitos desvios
perigosos quão
danosos.
O Consolador:
Como você vê o
nível da
criminalidade e
da violência que
parece aumentar
em todo o país e
como nós,
espíritas,
podemos cooperar
para que essa
situação seja
revertida?
–
A criminalidade
e a violência
sempre
existiram. Os
espíritas podem
colaborar para
que essa
situação venha a
ser revertida
apoiando
iniciativas ou
criando
atividades como
as de nossos
queridos Divaldo
Pereira Franco,
J. Raul Teixeira
e de
instituições
espíritas ou não
(ONGs) que
tenham cunho
educacional
dirigido para as
criaturas das
mais variadas
faixas etárias e
condições
sociais, em
especial para os
mais desvalidos
a fim de que o
desamparado de
hoje não venha a
ser o criminoso
de amanhã.
O Consolador:
A preparação do
advento do mundo
de regeneração
em nosso planeta
já deu, como
sabemos, seus
primeiros
passos. Daqui a
quantos anos
você acredita
que a Terra
deixará de ser
um mundo de
provas e
expiações,
passando
plenamente à
condição de um
mundo de
regeneração, em
que, segundo
Santo Agostinho,
a palavra “amor”
estará escrita
em todas as
frontes e uma
equidade
perfeita
regulará as
relações
sociais?
–
A evolução não
dá saltos e deve
ser contada não
em anos ou
séculos, mas em
milênios.
Acredito que até
o final deste
terceiro milênio
a Humanidade
terá se
aproximado
bastante da
condição de
poder estagiar
em um mundo de
regeneração.
O Consolador:
Em face dos
problemas que a
sociedade
terrena está
enfrentando,
qual deve ser a
prioridade
máxima dos que
dirigem
atualmente o
movimento
espírita no
Brasil e no
mundo?
–
Levar o
conhecimento
libertador, que
é a proposta de
Jesus à luz da
Doutrina
Espírita, para
toda a
Humanidade. A
Divulgação do
Espiritismo é a
maior caridade
que se pode
fazer a ele
mesmo (segundo
Emmanuel) e a
todos que venham
se beneficiar de
suas diretrizes
consoladoras
quão
libertadoras.
Divulgação do
Espiritismo e
exemplificação
no bem com
Jesus, tal a
receita para o
enfrentamento
dos problemas da
sociedade
moderna.
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