WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São
Paulo (Brasil)
Evitar o mal e
fazer o bem
− Será
suficiente não
se fazer o mal,
para ser
agradável a Deus
e assegurar uma
situação futura?
− Não: é preciso
fazer o bem, no
limite das
próprias forças,
pois cada um
responderá por
todo o mal que
tiver ocorrido
por causa do bem
que deixou de
fazer.
(Pergunta 642,
de O Livro
dos Espíritos
− Allan Kardec).
Num mundo onde o
mal é muito
maior que o bem,
pois ao analisar
o comportamento
da sociedade em
que vivemos, não
temos dúvidas em
verificar tal
assertiva,
encontrar alguém
que alimente o
firme desejo de
não praticar
nenhum tipo de
mal é,
incontestavelmente,
um grande
achado, uma
raridade, mas
isso, segundo os
ensinamentos dos
Espíritos, ainda
é pouco. Em
realidade
devemos evitar o
mal e, no limite
das nossas
forças, fazer
todo o bem
possível.
O ensinamento
contido na
questão aludida
vai muito além
da evitação do
mal, pois afirma
categoricamente
que seremos
culpados pelo
mal que se
originar do bem
que devíamos
fazer e não
fizemos.
Assim, temos por
obrigação e
dever para com o
próximo evitar
prejudicá-lo
seja de que
jeito for; ainda
fazer o bem no
limite das
forças, isso é,
o máximo
possível dentro
da nossa
capacidade para
que não venhamos
a responder
pelos males que
nascerem da
nossa omissão.
Então será
importante não
fazer
comentários
negativos sobre
a vida alheia,
mas
imprescindível
se torna que
destaquemos,
sempre que
possível, as
qualidade
daqueles que
caminham
conosco.
Terá
incontestável
valor não
surrupiar os
pertences do
próximo, mas,
acima disso, não
podemos deixar
de doar a quem
esteja em
situação
material pior
que a nossa,
convivendo com
ele no clima da
caridade.
Merecerá elogio
o comportamento
daquele que não
agrava os males
já reinantes na
vida de um
sofredor, mas
será digna de
aplauso a
atitude de
laborar para
diminuir as
dores que o
maltratam e
ferem.
Será comovente
observar o irmão
que passa pela
rua,
vislumbrando uma
criança faminta
sem julgar sua
família, pois
encontraremos a
sublimidade em
ação quando
identificamos o
socorro oportuno
a esse
“pequeno”, na
forma de afeto,
ternura e
carinho.
Na família,
sempre será um
gesto de
grandeza quando
permitimos que
nossos entes
queridos sigam
seus próprios
passos,
declinando para
com eles um
clima de
compreensão;
maior ainda
poderá ser nossa
colaboração
quando
participamos da
vida de cada
membro,
incentivando-os
a realizar o que
é nobre, salutar
e edificante.
Assim, como
expressa o
valioso
ensinamento da
questão 642 de
O Livro dos
Espíritos,
terá grande
valor não fazer
o mal, mas
chegaremos às
raias do
esplendor e da
nobreza quando,
no limite das
nossas forças e
possibilidades,
conseguirmos
fazer todo o bem
possível, para
que não venhamos
a ser
responsabilizados
pelo mal que,
por ventura,
venha a nascer
da nossa
omissão.
A lição é
profunda, carece
de maiores
reflexões e
acurado exame,
para que ao
longo das
oportunidades
que vão
surgindo,
possamos
realmente dar
amostras do
nosso interesse
pelo próximo,
pois Jesus
afirmara: “ninguém
vai ao Pai senão
por mim”, e,
obviamente,
ninguém vai até
Ele a não ser
através do
próximo,
conforme outro
Seu ensinamento:
“quando
fizerdes a um
desses
pequeninos é a
mim que fazeis”.
Cuidemos, então,
de evitar o mal
e fazer o bem no
limite das
nossas
possibilidades.