WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français  
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco
Estudando a série André Luiz
Ano 1 - N° 32 - 25 de Novembro de 2007

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

Missionários da Luz
André Luiz
(8a Parte)

Continuamos nesta edição o estudo da obra Missionários da Luz,  de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada pela editora da Federação Espírita Brasileira, a qual integra a série iniciada com o livro Nosso Lar.  

Questões preliminares

A. Por que não se pode permitir a presença de pessoa alcoolizada nas reuniões de materialização?

R.: A razão é clara: os princípios etílicos que o alcoólatra exterioriza pelas narinas, boca e poros são eminentemente prejudiciais a semelhante trabalho. Doses mínimas de álcool intensificam o processo digestivo e favorecem a diurese, mas o excesso é tóxico destruidor. As emanações de álcool de cana, quando ingerido em doses altas, são altamente nocivas aos delicados elementos de formação plástica indispensáveis ao trabalho de materialização, e constituem sério perigo às forças exteriorizadas do aparelho mediúnico. (Missionários da Luz, cap. 10, págs. 115 a 118.)

B. A música é útil às sessões de materialização?

R.: Sim, porque a música tem o efeito de distrair a atenção deseducada dos componentes da reunião. (Obra citada, cap. 10, págs. 118 e 119.)

C. Que recursos são utilizados pelos Espíritos para obtenção desse fenômeno?

R.: Além da força nervosa exteriorizada pelo médium, são utilizados vários materiais fluídicos extraídos no ambiente e também recursos da Natureza. (Obra citada, cap. 10, págs. 119 e 120.)

D. A força nervosa que permite o fenômeno de materialização é propriedade apenas de alguns indivíduos?

R.: Não. Todos os homens a possuem com maior ou menor intensidade; entretanto, é preciso compreender que não nos encontramos, ainda, no tempo de generalizar as realizações porque esse domínio, segundo Alexandre, exige santificação e o homem não abusará no setor do progresso espiritual, como vem fazendo nas linhas de evolução material, onde prodigiosas dádivas acabam se transformando em forças de destruição e miséria. (Obra citada, cap. 10, págs. 120 a 122.)

Texto para leitura

50. Um embriagado no recinto - De repente ocorreu grande choque de vibrações no ambiente. Dois servidores aproximaram-se de Alencar e um deles explicou, espantado, que alguém se aproximava do recinto em condições indesejáveis. O homem bebera alcoólicos em abundância e era preciso isolá-lo. O problema era muito grave e não podia haver perda de tempo. Alexandre aproveitou o ensejo para elucidar a questão: Nestes fenômenos, André, os fatores morais constituem elemento decisivo de organização. Não estamos diante de mecanismos de menor esforço e, sim, ante manifestações sagradas da vida, em que não se pode prescindir dos elementos superiores e da sintonia vibratória.  Nesse instante, o senhor P... transpunha a porta. Na aparência, parecia equilibrado; não se revelava, exteriormente, qualquer traço de embriaguez. Diversas entidades, porém, a um sinal de Alencar, cercaram-no à pressa, como enfermeiros cuidando de doente grave. André não entendeu o que acontecia. Afinal, o homem parecia calmo e normal. Alexandre explicou: – Sim, parecer não é tudo. A respiração dele, em semelhante estado, emite venenos. Noutro núcleo poderia ser tratado caridosamente, mas aqui, atendendo-se à função especializada do recinto, os princípios etílicos que exterioriza pelas narinas, boca e poros são eminentemente prejudiciais ao nosso trabalho. Como vemos, há necessidade de preparação moral para qualquer trato. A viciação, em qualquer sentido, antes de tudo, deprime o viciado, mas perturba igualmente os outros. (Cap. 10, págs. 115 a 116)

51. Vibrações antagônicas - Alexandre disse que doses mínimas de álcool intensificam o processo digestivo e favorecem a diurese, mas o excesso é tóxico destruidor. As emanações de álcool de cana, ingerido pelo companheiro em doses altas, são altamente nocivas aos delicados elementos de formação plástica que seriam, em seguida, conferidos ao esforço do grupo, além de constituírem sério perigo às forças exteriorizadas do aparelho mediúnico. O senhor P... foi então cercado pelas entidades operantes e neutralizado pela influenciação delas, à maneira de detrito anulado por abelhas laboriosas, em plena atividade na colmeia. O problema, porém, não se reduzia a isso, porque os amigos terrestres presentes à sessão emitiam solicitações silenciosas, entrando as vibrações mentais em conflito ativo, prejudicando os serviços. Não havia ali o espírito de entendimento necessário. As expectativas do grupo terrestre eram conflitantes. Diversos servidores espirituais começaram então a combinar as radiações magnéticas dos encarnados, a fim de constituírem material de cooperação, enquanto Calimério, projetando suas energias sobre a médium, operava-lhe o desdobramento. Verônica e outras amigas desencarnadas amparavam a jovem, parcialmente libertada do veículo físico, mas ainda confusa e inquieta ao lado do corpo, já mergulhado em transe. Em seguida, sob a ação do nobre dirigente da tarefa, se exteriorizava a força nervosa, à maneira dum fluxo abundante de neblina espessa e leitosa. A perturbação vibratória do ambiente, contudo, continuava, e Calimério pediu providências a Alencar. (Cap. 10, págs. 117 e 118)

52. O auxílio da música - Calimério disse: – Alencar, é necessário extinguir o conflito de vibrações. Nossos amigos ignoram ainda como auxiliar-nos, harmonicamente, através das emissões mentais. É mais razoável se abstenham da concentração por agora. Diga-lhes que cantem ou façam música de outra natureza. Procure distrair-lhes a atenção deseducada. Alexandre foi solicitado a intervir. Ele improvisou então, com André, uma garganta ectoplásmica. André ajudou-o na mentalização das minúcias anatômicas do aparelho vocal. A força nervosa do médium é matéria plástica e profundamente sensível às nossas criações mentais, asseverou Alexandre, que tomou pequena quantidade daqueles eflúvios leitosos, que se exteriorizavam particularmente através da boca, das narinas e dos ouvidos do aparelho mediúnico, e, como se guardasse nas mãos reduzida quantidade de gesso fluido, começou a manipulá-lo, dando a impressão de estar completamente alheio ao ambiente, pensando exclusivamente na criação do momento. Aos poucos formou-se um delicado aparelho fonador. No íntimo do esqueleto cartilaginoso, esculturado com perfeição na matéria ectoplásmica, organizavam-se os fios tenuíssimos das cordas vocais, elásticas e completas na fenda glótica e, em seguida, Alexandre experimentou emitir alguns sons, movimentando as cartilagens aritenóides. Estava formada uma garganta irrepreensível. Com assombro, André verificou que através do pequeno aparelho improvisado e com a cooperação dos sons de vozes humanas, guardados na sala, a voz de Alexandre pôde ser integralmente percebida por todos os encarnados presentes. E ele então falou pela garganta artificial, como quem utilizava um instrumento vocal humano: – Meus amigos, a paz de Jesus seja convosco! Ajudem-nos, cantando! Façam música e evitem a concentração!... (Cap. 10, págs. 118 e 119)

53. Surge Alencar materializado - Fez-se música no ambiente e, em seguida, o Irmão Alencar, depois de ligar-se profundamente à organização mediúnica, tomava forma, ali mesmo, ao lado da médium, sustentada por Calimério e assistida por numerosos trabalhadores. Aos poucos, valendo-se da força nervosa exteriorizada e de vários materiais fluídicos extraídos no interior da casa, aliados a recursos da Natureza, Alencar surgiu aos olhos de todos perfeitamente materializado. André observou que a médium era o centro de todos os trabalhos. cordões tenuíssimos ligavam-na à forma do controlador e, quando tocávamos levemente na organização mediúnica, o amigo corporificado demonstrava evidentes sinais de preocupação, o mesmo acontecendo com a médium em relação a Alencar. Os gestos incontidos de entusiasmo dos assistentes, que tentavam cumprimentar diretamente o mensageiro materializado, repercutiam desagradavelmente no organismo da intermediária. A entidade materializada manteve pequena palestra diante dos companheiros terrestres extasiados, mas o que impressionava André Luiz não eram as palavras que ele dizia e, sim, a beleza do fato, a realidade da materialização, dando ensejo a dilatadas esperanças no futuro humano, quanto à fé religiosa, à filosofia confortadora da imortalidade e à ciência enobrecida, a serviço da razão iluminada. (Cap. 10, págs. 119 e 120)

54. Considerações em torno do fenômeno - Aproximando-se de André, Alexandre considerou: – Repare na grandeza do acontecimento. O médium desempenha o papel de entidade maternal, enquanto Alencar, sob a influência positiva de Calimério, permanece em temporária filiação ao organismo mediúnico. Todas as formas que se materializarem serão "filhas provisórias" da força plástica da intermediária. O amigo que conversa com os encarnados é Alencar, mas os seus envoltórios do momento são nascidos das energias passivas da médium e das energias ativas de Calimério, o mais elevado diretor desta reunião. Se forçarmos o médium em nosso plano, feriremos Alencar em processo de materialização; se os companheiros terrenos violentarem o mensageiro, repentinamente corporificado, esfacelarão a médium, acarretando conseqüências funestas e imprevisíveis. André perguntou-lhe se aquela força nervosa era propriedade apenas de alguns privilegiados na Terra e Alexandre respondeu que não, pois todos os homens a possuem com maior ou menor intensidade; entretanto, é preciso compreender que não nos encontramos, ainda, no tempo de generalizar as realizações. Esse domínio exige santificação e o homem não abusará no setor do progresso espiritual, como vem fazendo nas linhas de evolução material, onde prodigiosas dádivas acabam se transformando em forças de destruição e miséria. Nesse campo de realizações sublimes, portanto, a ignorância, a vaidade e a má fé permanecem incapacitadas por si próprias, traçando fronteiras de limitação para si mesmas. (Cap. 10, págs. 120 e 121)

55. Mãos e flores no ambiente - Ao apelo de Alencar e com o concurso generoso de Calimério, materializaram-se também mãos e flores, à maneira de mensagens afetuosas para os assistentes da reunião. Reinava grande alegria entre todos, com exceção do Sr. P..., que revelava intraduzível mal-estar, sob o controle direto de vários Espíritos que lhe neutralizavam a nociva influência. Em breves minutos, os trabalhos da noite chegaram ao fim, cooperando todos os Espíritos para que a médium fosse perfeitamente reintegrada no seu patrimônio psicofísico. André registrou, no entanto, que, apesar de todos os esforços dos benfeitores desencarnados, era muito reduzido o entendimento dos encarnados, que se semelhavam a crianças afoitas, mais interessadas no espetáculo inédito que propriamente à consagração ao serviço divino. André estava francamente desapontado. Tantos emissários celestes a se esforçarem por meia dúzia de pessoas distantes do propósito de servir à causa da verdade e do bem! E expôs seu pensamento a Alexandre, que lhe falou, tranqüilo: – E Jesus? Considera você que Ele tenha trabalhado somente para os galileus que o não compreendiam? Julga que tenha ensinado tão só no templo de Jerusalém? Não, meu amigo: convença-se de que todos os nossos atos, no bem ou no mal, estão sendo praticados para a Humanidade inteira. Por agora, os nossos companheiros terrestres não nos entendem, nem cresceram devidamente para a completa consagração a Jesus, mas a semeadura é viva e produzirá a seu tempo. Nada se perde. (Cap. 10, págs. 121 e 122) (Continua no próximo número.)


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita