A. Como definir o
perispírito?
O perispírito é o
invólucro fluídico da
alma que, durante a
encarnação, serve de
intermediário entre ela
e o corpo material e, na
erraticidade, é o
veículo de que o
Espírito se utiliza em
suas relações com o
mundo exterior. É por
meio dele que o Espírito
age sobre o corpo
material quando vivo, e
é com esse mesmo fluido
que ele se manifesta
agindo sobre a matéria e
produzindo ruídos e
movimentos de objetos.
Invisível no seu estado
normal, o perispírito
pode tornar-se visível e
mesmo tangível. É assim
que se produzem as
aparições. (O que é o
Espiritismo, capítulo
II, itens 28 a 30, págs.
159 e 160.)
B. Como pode o Espírito,
um ser etéreo, agir
sobre a matéria bruta?
A ação do Espírito sobre
a matéria bruta se
explica pelas
propriedades do
perispírito e por sua
capacidade de manipular,
pela vontade, os fluidos
ambientes. (Obra
citada, capítulo II,
itens 30 e 31, págs. 160
e 161.)
C. Os Espíritos podem
responder a qualquer
pergunta?
Não. Eles só podem
responder sobre aquilo
que sabem, conforme seu
estado de adiantamento,
e ainda dentro dos
limites do que lhes é
permitido dizer-nos,
porque há coisas que
eles não podem revelar
aos homens. (Obra
citada, capítulo II,
itens 35 e 36, pág.
163.)
D. Que é necessário para
que uma reunião espírita
seja proveitosa?
Para ser proveitosa, a
reunião deve, como
condição primacial, ser
séria e realizada com
recolhimento, respeito e
religiosidade. (Obra
citada, capítulo II,
itens 44 a 46, pág.
166.)
Texto para leitura
116. Os nossos
pensamentos repercutem
nos Espíritos que nos
cercam e eles os lêem
como em um livro aberto,
de modo que o que
podíamos esconder a
alguém, durante a vida
terrena, não mais o
podemos depois de sua
desencarnação. (Cap. II,
item 17, pág. 156.)
117. Os Espíritos estão
em toda parte, ao nosso
lado, acotovelando-nos e
observando-nos sem
cessar. Eles conservam
as afeições sérias que
tinham na Terra e ficam
felizes em se juntarem
àqueles a quem amaram.
(Cap. II, itens 18 e 19,
pág. 156.)
118. Não sendo mais que
as almas dos homens, os
Espíritos não adquirem a
perfeição logo que
deixam o envoltório
terrenal. Seu progresso
só se faz com o tempo, e
não é senão
paulatinamente que se
despojam das suas
imperfeições e
conquistam os
conhecimentos que lhes
faltam. (Cap. II, item
21, pág. 157.)
119. As comunicações
entre os Espíritos e os
viventes encarnados são
possíveis e essa
possibilidade foi
demonstrada pela
experiência. A dúvida
sobre a possibilidade
das comunicações de
além-túmulo, é a idéia
falsa que se faz do
estado da alma depois da
morte. (Cap. II, itens
22 e 23, pp. 157 e 158.)
120. As manifestações
espíritas ocorreram em
todas as épocas e em
todos os povos.
Entretanto, nestes
últimos tempos as
manifestações tomaram
grande desenvolvimento e
adquiriram maior caráter
de autenticidade, porque
estava nas vistas da
Providência pôr termo à
praga da incredulidade e
do materialismo,
mediante provas
evidentes, permitindo
aos que deixaram a Terra
vir atestar sua
existência e revelar-nos
sua situação feliz ou
infeliz. (Cap. II, item
24, pág. 158.)
121. As relações entre
os mundos visível e
invisível podem ser
ocultas ou patentes,
espontâneas ou
provocadas. (Cap. II,
item 25, pág. 158.)
122. Os Espíritos atuam
sobre os homens
ocultamente,
sugerindo-lhes
pensamentos e
influenciando-os por
meio de efeitos
apreciáveis aos
sentidos. Às vezes, os
Espíritos se manifestam
espontaneamente por
pancadas e ruídos; é,
muitas vezes, um meio
que empregam para
atestar sua presença e
chamar sobre si a
atenção. (Cap. II, itens
25 e 27, pp. 158 e 159.)
123. Pode-se, assim, ver
que as manifestações
espíritas, de qualquer
natureza, nada têm de
maravilhoso e
sobrenatural; são
fenômenos que se
produzem em virtude da
lei que rege as relações
do mundo visível com o
invisível, lei tão
natural quanto as da
eletricidade, da
gravitação etc. Aqueles,
pois, que acusam o
Espiritismo de
ressuscitar o
maravilhoso, provam que
falam do que não
conhecem. (Cap. II,
itens 32 e 33, pág.
162.)
124. As manifestações
dos Espíritos dividem-se
em efeitos físicos e
comunicações
inteligentes. Os
primeiros consistem em
fenômenos materiais
ostensivos - movimento
de objetos, ruídos,
transporte etc. Os
outros consistem na
troca regular de
pensamentos por meio de
sinais, da palavra e,
principalmente, da
escrita. (Cap. II, item
34, pág. 163.)
125. Reconhece-se a
qualidade dos Espíritos
por sua linguagem; a dos
Espíritos bons e
superiores é sempre
digna, nobre, lógica e
isenta de contradições;
nela se respira a
sabedoria, a
benevolência, a modéstia
e a mais pura moral; ela
é concisa e despida de
redundâncias. (Cap. II,
item 37, pág. 164.)
126. Os Espíritos
inferiores são mais ou
menos ignorantes, mas
não são todos
essencialmente maus;
alguns são apenas
ignorantes e levianos.
(Cap. II, itens 38 e 39,
pág. 164.)
127. Os Espíritos
superiores não se ocupam
senão de comunicações
inteligentes que nos
instruam; as
manifestações físicas ou
puramente materiais são,
mais especialmente, obra
dos Espíritos
inferiores. (Cap. II,
item 40, pág. 164.)
128. Devemos sempre
estar calmos e
concentrados, quando
entrarmos em comunicação
com os Espíritos. (Cap.
II, item 41, pág. 165.)
129. Os Espíritos são
livres e só se comunicam
quando querem, com quem
lhes convém e quando
suas ocupações lho
permitem. Eles não estão
à ordem e à mercê de
quem quer que seja. A
ninguém é dado fazê-los
manifestar-se quando não
o queiram. Só o
charlatanismo tem
princípios infalíveis.
(Cap. II, item 42, pág.
165.)
130. Os Espíritos são
atraídos pela simpatia,
semelhança de gostos,
caracteres e intenção
dos que desejam a sua
presença. Os superiores
não vão às reuniões
fúteis, nem se prestam a
responder a futilidades.
(Cap. II, item 43, pág.
165.)
(Continua na próxima
edição.)