FRANCISCO
REBOUÇAS
costareboucas@ig.com.br
Niterói, Rio de
Janeiro (Brasil)
É imprescindível
vigiar!
No capítulo XX
de O Livro
dos Médiuns,
os Espíritos
Superiores nos
chamam a atenção
para a
necessidade que
nós, médiuns,
temos de
vigilância
permanente sobre
nossos
pensamentos e
atos, quando
responderam ao
questionamento
proposto por
Kardec sobre o
assunto como
segue:
“Se ele só
com os bons
Espíritos
simpatiza, como
permitem estes
que seja
enganado?”
"Os bons
Espíritos
permitem, às
vezes, que isso
aconteça com os
melhores
médiuns, para
lhes exercitar a
ponderação e
para lhes
ensinar a
discernir o
verdadeiro do
falso. Depois,
por muito bom
que seja, um
médium jamais é
tão perfeito,
que não possa
ser atacado por
algum lado
fraco. Isto lhe
deve servir de
lição. As falsas
comunicações,
que de tempos a
tempos ele
recebe, são
avisos para que
não se considere
infalível e não
se ensoberbeça.
Porque o médium
que receba as
coisas mais
notáveis não tem
que se gloriar
disso, como não
o tem o tocador
de realejo que
obtém belas
árias movendo a
manivela do seu
instrumento."
(1)
Mais à frente,
afirmam
categoricamente
que o médium não
passa de
instrumento de
que se servem os
Espíritos para
passarem ao
mundo físico as
instruções de
melhoria e
crescimento que
precisam
transmitir, e
que não
prescindem, por
isso mesmo, de
bons
instrumentos
para tais
cometimentos.
“Se o médium,
do ponto de
vista da
execução, não
passa de um
instrumento,
exerce, todavia,
influência muito
grande, sob o
aspecto moral.
Pois que, para
se comunicar, o
Espírito
desencarnado se
identifica com o
Espírito do
médium, esta
identificação
não se pode
verificar, senão
havendo, entre
um e outro,
simpatia e, se
assim é lícito
dizer-se,
afinidade. A
alma exerce
sobre o Espírito
livre uma
espécie de
atração, ou de
repulsão,
conforme o grau
da semelhança
existente entre
eles. Ora, os
bons têm
afinidade com os
bons e os maus
com os maus,
donde se segue
que as
qualidades
morais do médium
exercem
influência
capital sobre a
natureza dos
Espíritos que
por ele se
comunicam. Se o
médium é
vicioso, em
torno dele se
vêm grupar os
Espíritos
inferiores,
sempre prontos a
tomar o lugar
aos bons
Espíritos
evocados. As
qualidades que,
de preferência,
atraem os bons
Espíritos são: a
bondade, a
benevolência, a
simplicidade do
coração, o amor
do próximo, o
desprendimento
das coisas
materiais. Os
defeitos que os
afastam são: o
orgulho, o
egoísmo, a
inveja, o ciúme,
o ódio, a
cupidez, a
sensualidade e
todas as paixões
que escravizam o
homem à
matéria”.
(2)
A benfeitora
Joanna de
Ângelis ratifica
tudo o que os
Espíritos
Superiores nos
disseram e nos
apresenta as
duas maneiras de
que dispomos
para nossa
elevação como
Espíritos
Imortais que
somos, fadados à
felicidade e à
perfeição,
quando nos
afirma
claramente:
“Há dois
mecanismos
eficazes para o
progresso: o
amor que sabe e
a dor que
impulsiona.
Mediante o amor
que se ilumina
de conhecimentos
libertadores, o
Espírito cresce
para Deus.”
“Quando este
recurso demora
de aparecer ou é
deixado à
margem, a dor se
aninha no homem
e, mesmo
recalcitrando à
sua presença,
ela o domina,
reeduca e o
eleva.”
(3)
Usemos, pois, da
bênção da
inteligência,
com que o
Criador nos
equipou, para
discernir o
melhor caminho a
seguir, no bom
uso do dom
sublime da
mediunidade, na
busca da paz e
da felicidade
que tanto
almejamos
encontrar.
Bibliografia:
1) Kardec,
Allan. O
Livro dos
Médiuns. FEB,
64ª edição, Cap.
XX.
2) Idem, Idem.
3) Franco,
Divaldo Pereira.
Momentos de
Alegria,
Cap. 20, pelo
Espírito Joanna
de Ângelis.
Livraria
Espírita
Alvorada
Editora.