ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)
Então
entregou-lhO,
para que fosse
crucificado. E
tomaram a Jesus,
e O levaram.
(João, 19:16.)
Em que pesem os
dignificantes
exemplos de
Espíritos de
escol que
deixaram na
Terra os rastros
luminosos de
suas
trajetórias,
desafortunadamente,
a História tem
registrado o
estigma de
execráveis
omissões...
São os "Pilatos"
de todos os
tempos que não
trepidaram em "lavar
as mãos" nas
mais diversas
situações da
existência,
asseverando:
"Não faço
preleções em
torno do bem,
porque carrego
muitas faltas";
"não estudo,
porque tenho
dificuldades";
"não procuro
talentos
espirituais,
porque já passei
por numerosas
decepções"; "não
oro, porque não
possuo
merecimento".
Assim procedem,
esquecidos de
que quanto
maior o
problema sempre
maior deverá
ser a
necessidade de
solução. Caem,
assim, no fundo
poço do
desculpismo, não
se importando
com as lições do
bem se não
recebem o
retorno do
prestígio, e "não
valorizam os
amigos senão
quando deles
dependem para
algum benefício
receber; não se
envolvem nas
dificuldades
atravessadas
pelos seres
queridos, para
não terem que
sair da
própria
comodidade; não
opinam a favor
de alguém,
quando sabem
que poderão ser
malvistos ou
reprovados; não
destacam a
grandeza das
pessoas, se isso
não puder
repercutir
apagando ou
pondo em nível
secundário a si
mesmos”. (1)
Suas vidas estão
assinaladas pela
mesma cobardia
que caracterizou
o preposto de
César na Judéia
quando, também,
em execrável
omissão, lavou
as mãos,
deixando o
Sublime Amigo à
mercê da sanha
assassina da
casta sacerdotal
e dos fariseus.
Se considerarmos
monótono o
esforço em prol
dos semelhantes,
busquemos
desfazer a
monotonia,
aumentando nossa
capacidade de
doar, ampliando,
assim, as
oportunidades da
própria e alheia
melhorias. Todos
que estamos
reencarnados na
Terra temos
compromissos com
o Mundo
Espiritual.
Jesus pede
braços humanos
para estender à
Humanidade as
benesses do Seu
programa de
redenção. Por
isso, Ele não
dispensou a
colaboração de
Pedro, André,
Tiago, João,
formando, enfim,
o Colegiado de
doze
companheiros
para os misteres
do serviço da
regeneração
planetária...
Por igual
motivo, Ele
busca o
orgulhoso e
prepotente
doutor tarsense
que, após
tocar-se pela
Luz d’Aquele que
é o Mestre dos
mestres,
transforma-se no
mais abnegado
semeador da Boa
Nova nascente,
tornando-se,
desde então,
excelente
colaborador da
obra de
soerguimento e
sublimação do
mundo.
As incisivas
afirmativas do
Mestre não
deixam margem à
dúvida quanto à
parte da
Colaboração
humana em Sua
Messe de Luz:
"Ide e
pregai"; "Eis
que vos mando";
"Resplandeça a
vossa luz diante
dos homens"; "A
seara é grande,
mas poucos são
os ceifeiros".
A cruz do Mestre
continua
−
ainda
−
pesada!
Ele aguarda de
todos nós a
mesma atitude do
Cireneu que
aliviou Seus
ombros cansados
e feridos, e
espera que
sejamos os
samaritanos
compadecidos e
ativos.
Exorta-nos
Francisco P.
Vitor (2):
"(...)
Pensando em
Jesus e naquele
que O auxiliou,
nas estradas
escarpadas do
Gólgota, pense
no ensejo que
você pode ter de
tornar-se um
Cireneu dos
tempos modernos,
aliviando os
ombros cansados
e feridos de
tantos irmãos,
que tentam
superar as
próprias
dificuldades,
nos mesmos
caminhos em que
você está.
Não se faça
indiferente.
Não deixe que o
constrangimento
o impeça de
servir. Vá e
ajude. É Jesus
Cristo quem
necessita de
você, como no
passado
necessitou
daquele homem
comum".
Bibliografia:
(2) Op. cit.,
capítulo 9.