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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 32 - 25 de Novembro de 2007

WILSON CZERSKI
wilsonczerski@brturbo.com.br
Curitiba, Paraná (Brasil)  

Estado americano incentiva destruição das plantações de fumo

 

Ninguém pode alegar ignorância sobre os seus efeitos nocivos. É bem verdade que, por mais se fale, o número de fumantes continua crescendo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 1/3 da população mundial, 2 bilhões de pessoas, cultiva o vício, ocasionando a morte anual de 4 milhões de pessoas.

 

Calcula-se que em breve este número se elevará a 10 milhões. Dez milhões de Espíritos que retornarão ao mundo espiritual na condição de suicidas indiretos e, por terem seus perispíritos gravemente lesados, encontrarão sérias dificuldades na nova situação. Possivelmente irão para o Umbral ou, por algum mérito pessoal ou ação intercessória de afetos importantes, quando muito, serão conduzidos a colônias espirituais, onde gastarão significativa parcela de tempo em recuperação espiritual, sempre acompanhada de angústias e arrependimento.

 

Esse é o panorama sintético das vítimas não do fumo, porque o homem tem  força moral para dominar o vício, mas vítimas, portanto, de si mesmas, de sua fraqueza, de sua teimosia, de sua imprudência. Perdoem-nos aqueles que nos lêem e são fumantes. Mas temos o dever de ser sinceros e trabalhar no alerta para evitar a infelicidade dos nossos irmãos.

 

O governo estadual de Maryland está pagando U$ 10.000 a cada fazendeiro que cultiva o fumo para que erradique as plantações e as substitua por outra cultura. O dinheiro vem dos U$ 90.000.000 arrecadados justamente de indenizações pagas pela indústria do cigarro.

 

As pressões vêm crescendo não só contra os usuários, como áreas restritas, cláusulas especiais em seguros de vida e convênios médicos, mas também em relação às indústrias, contra as quais lá, nos Estados Unidos, têm sido movidas milionárias ações indenizatórias por pessoas atingidas por enfermidades decorrentes do tabagismo, tais como câncer, enfisema pulmonar, infartos e derrames cerebrais, no que, aliás, não concordamos totalmente. Se o indivíduo fuma é por livre e espontânea vontade, cônscio de que lhe é prejudicial, tal como beber, dirigir em excesso de velocidade, enfim, todos os abusos.

 

De qualquer maneira, medidas como essa do governo estadual de Maryland, são elogiáveis e merecedores de aplausos e bom seria se fossem imitadas. Menor produção, menor consumo e menos doença. Claro que esse é um raciocínio simplista mas, conjugado a outros fatores educativos, principalmente nas escolas, poderia ao menos impedir que cheguemos à consumação daquela trágica previsão da OMS de 10 milhões de mortos anuais causados pelo tabagismo.

 

O homem, se quiser, pode ser forte o suficiente para não depender de bengalas psicológicas como essa. O autoconhecimento, o desenvolvimento de potencialidades e a busca de Deus pela oração e pelo trabalho que privilegia o Espírito ao material, constituem fórmulas seguras de sucesso sobre as dependências de quaisquer espécies.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita