A. Qual é o objetivo das
manifestações espíritas?
O objetivo das
manifestações é
convencer os incrédulos
de que tudo para o homem
não se acaba com a vida
terrestre e dar aos
crentes idéias mais
justas sobre o futuro.
Os bons Espíritos vêm
instruir-nos para o
nosso melhoramento e
avanço, e não para
revelar-nos o que não
devemos saber ainda ou o
que só deve ser
conseguido pelo nosso
trabalho. (O que é o
Espiritismo, capítulo
II, itens 50 e 51,
páginas 168 e 169.)
B. Como ocorrem as
comunicações espíritas
inteligentes?
As comunicações
inteligentes
realizam-se, como as
outras, pela ação
fluídica do Espírito
sobre o médium, sendo
preciso que o fluido do
intermediário se
identifique com o do
Espírito comunicante. A
facilidade das
comunicações depende do
grau de afinidade
existente entre os dois
fluidos. (Obra
citada, capítulo II,
item 62, pág. 172.)
C. Em que consiste a
obsessão?
A obsessão é o domínio
que certos Espíritos
podem exercer sobre os
médiuns, e apresenta
três graus principais
bem característicos: a
obsessão simples, a
fascinação e a
subjugação. (Obra
citada, capítulo II,
itens 70 e 71, pág.
175.)
D. Qual é a impressão
que os maus Espíritos
produzem em nós?
A impressão que eles nos
causam é sempre penosa,
fatigante e muitas vezes
desagradável; e, além
disso, provoca uma
agitação febril e
movimentos bruscos e
desordenados. (Obra
citada, capítulo II,
item 72, pág. 176.)
Texto para leitura
131. As reuniões
frívolas fazem sempre
mais mal que bem, porque
afastam da doutrina
maior número de pessoas
do que atraem e
prestam-se à crítica e
às zombarias de seus
detratores. (Cap. II,
item 46, pág. 167.)
132. Se as manifestações
físicas não têm a
importância do ensino
filosófico, têm sua
utilidade do ponto de
vista dos fenômenos,
pois que são o alfabeto
da ciência, da qual
deram a chave. Ainda que
menos necessárias hoje,
elas ainda concorrem
para a convicção de
algumas pessoas. (Cap.
II, item 47, pág. 167.)
133. Para nos
comunicarmos com os
Espíritos, não há dias,
horas e lugares mais
propícios uns que os
outros. Para evocá-los,
não existem fórmulas nem
palavras sacramentais ou
cabalísticas. Os médiuns
recebem as comunicações
de forma tão simples e
naturalmente como se
fossem ditadas por uma
pessoa viva, sem que
saiam do estado normal.
(Cap. II, item 49, pág.
168.)
134. O apelo aos
Espíritos faz-se em nome
de Deus, com respeito e
recolhimento; é a única
coisa que se recomenda
às pessoas sérias que
desejem entrar em
relação com Espíritos
sérios. (Cap. II, item
49, pág. 168.)
135. Fora do terreno do
que pode ajudar o nosso
progresso moral, só há
incerteza nas revelações
que se podem obter dos
Espíritos. A primeira má
conseqüência, para
aquele que desvia sua
faculdade do fim
providencial, é ser
mistificado por
Espíritos enganadores,
que pululam ao redor dos
homens; a segunda é cair
sob o domínio desses
mesmos Espíritos; a
terceira é perder,
depois da vida
terrestre, o fruto do
conhecimento espírita.
(Cap. II, item 52, pág.
169.)
136. Os médiuns
apresentam
numerosíssimas
variedades nas suas
aptidões. Não devemos
esperar deles aquilo que
está fora dos limites da
sua faculdade. (Cap. II,
item 54, pág. 170.)
137. As mesas falantes
foram a estréia da
ciência espírita; hoje,
porém, que se possuem
meios de comunicação tão
rápidos e completos como
entre os viventes,
ninguém mais recorre a
elas, senão
acidentalmente e como
experimentação. (Cap.
II, item 55, pp. 170 e
171.)
138. De todos os meios
de comunicação, a
escrita é, ao mesmo
tempo, o mais simples, o
mais rápido, o mais
cômodo e o que permite
mais desenvolvimento; é
também a faculdade que
se encontra mais
freqüentemente. (Cap.
II, item 56, pág. 171.)
139. O médium escreve
sob a influência dos
Espíritos, que se servem
dele como de um
instrumento; sua mão é
arrastada por um
movimento involuntário
que, o mais das vezes,
não pode dominar. Certos
médiuns não têm
consciência alguma do
que escrevem, outros a
têm mais ou menos vaga;
é o que distingue os
médiuns mecânicos
dos médiuns
intuitivos e
semimecânicos. (Cap.
II, item 58, pág. 171.)
140. O médium tem a
faculdade de se poder
comunicar, mas a
comunicação efetiva
depende da vontade dos
Espíritos. Se estes não
quiserem manifestar-se,
o médium nada obterá.
Conclui-se, então, que
nenhum médium tem o
poder de forçá-los a se
apresentarem. (Cap. II,
item 59, pág. 171.)
141. A obscuridade
necessária à produção de
certos efeitos físicos
presta-se, sem dúvida, à
suspeita, mas nada prova
contra a realidade
deles. Em Química,
algumas combinações não
podem ser operadas à
luz. Ora, todos os
fenômenos espíritas
resultam de uma
combinação de fluidos
próprios do Espírito com
os do médium. Desde que
esses fluidos são
matéria, não admira que,
em certas
circunstâncias, essa
combinação seja
contrariada pela
presença da luz. (Cap.
II, item 61, pág. 172.)
142. Não existem médiuns
universais, com aptidão
para produzir todos os
fenômenos. É, pois, um
erro acreditar que basta
ser médium para receber,
com igual facilidade,
comunicações de qualquer
Espírito. (Cap. II, item
63, pág. 173.)
143. Sem a harmonia, que
só pode nascer da
assimilação fluídica, as
comunicações são
impossíveis, incompletas
ou falsas. (Cap. II,
item 64, pág. 173.)
144. A assimilação
fluídica é tão
necessária nas
comunicações pela
tiptologia como pela
escrita, visto que,
tanto num como noutro
caso, trata-se de
transmissão do
pensamento do Espírito.
Mas, a assimilação
fluídica é, algumas
vezes, totalmente
impossível entre certos
Espíritos e certos
médiuns. Outras vezes -
e este é o caso mais
comum - ela não se
estabelece senão
gradualmente e com o
tempo. (Cap. II, itens
65 e 66, pág. 173.)
145. Não se pode impor
um médium ao Espírito
que se quer evocar; ele
é que escolherá seu
instrumento. É preciso,
porém, em todo o caso,
que o médium se
identifique previamente
com o Espírito, pelo
recolhimento e pela
prece, ou mesmo durante
alguns minutos e mesmo
muitos dias antes, se
for possível, de modo a
provocar e ativar a
assimilação fluídica. É
esse um meio de atenuar
a dificuldade. (Cap. II,
item 67, pp. 173 e 174.)
146. As qualidades
pessoais do médium
desempenham um papel
importante, pela
natureza dos Espíritos
que ele atrai a si. Os
mais indignos médiuns
podem possuir poderosas
faculdades, mas os mais
seguros são os que a
esse poder reúnem as
melhores simpatias no
mundo espiritual. (Cap.
II, item 68, pág. 174.)
147. A prática do
Espiritismo, do ponto de
vista experimental,
apresenta numerosas
dificuldades e não é
isenta de inconvenientes
para quem não tem a
experiência necessária.
É essencial saber
distinguir as diferentes
naturezas dos Espíritos
que se podem manifestar.
(Cap. II, item 69, pág.
174.)
(Continua na próxima
edição.)