O Espiritismo
nos ensina que a
espécie humana
não começou por
um único homem e
que aquele a
quem chamamos
Adão não foi o
primeiro nem o
único a povoar a
Terra. Em que
época viveu
Adão? “Mais ou
menos na que lhe
assinais: cerca
de 4.000 anos
antes do
Cristo”,
disseram os
Espíritos
superiores (O
Livro dos
Espíritos,
item 51).
De fato, a
narrativa
contida no cap.
4 do
Gênesis
nos leva ao
mesmo
entendimento,
porque somente
no período
neolítico –
entre os anos
5.000 a.C. e
2.500 a.C. – é
que surgiu na
Terra o
pastoreio,
seguido do
cultivo da
terra, e o homem
passou de
caçador a
pastor. Ora,
Caim cultivava o
solo e seu irmão
Abel era pastor,
o que prova que
a data indicada
pelos Espíritos
a respeito da
época em que
viveu Adão é
compatível com
os registros
históricos.
Como o
povoamento da
Terra se iniciou
em épocas bem
mais recuadas, é
evidente que não
descendemos dos
pais de Abel e
Caim, mas de
outros
ancestrais que
teriam vivido
muito antes.
Os exilados
de Capela
–
Adão e Eva,
diz Emmanuel
(A
Caminho da
Luz,
págs. 30 a
65),
constituem
apenas uma
lembrança
dos
Espíritos
que foram
degredados
na paisagem
da Terra, da
mesma
maneira que
Caim e Abel
são dois
símbolos
para a
personalidade
das
criaturas.
Os primeiros
antepassados
do homem
remontam ao
período
terciário,
onde vamos
encontrar,
sob a
orientação
das esferas
espirituais,
alguns
grupos
|
|
de
antropóides,
no Plioceno
inferior.
Esses
antropóides
e os
ascendentes
dos símios
tiveram a
sua evolução
em pontos
convergentes,
daí os
parentescos
sorológicos
entre o
organismo do
homem
moderno e o
do
chimpanzé.
|
Os antropóides
das cavernas
espalharam-se,
aos grupos, pela
superfície do
globo, ao longo
dos séculos,
sofrendo as
influências do
meio e formando
os pródromos das
coletividades
futuras.
Extraordinárias
experiências
foram realizadas
então pelos
mensageiros do
invisível, até
fixarem no
"primata" os
característicos
aproximados do
homem futuro. Os
séculos
correram, até
que um dia os
Espíritos
operaram uma
definitiva
transição no
corpo
perispiritual
preexistente dos
homens
primitivos,
surgindo assim
os primeiros
selvagens de
compleição
melhorada.
Há muitos
milênios um dos
orbes de Capela
– uma grande
estrela situada
na Constelação
de Cocheiro,
cuja luz gasta
42 anos para
chegar à Terra –
atingira a
culminância de
um dos seus
ciclos
evolutivos.
Alguns milhões
de Espíritos
rebeldes ali
existiam, no
caminho da
evolução geral,
dificultando o
progresso, e
foram
localizados na
Terra,
reencarnando
aqui como
descendentes dos
"primatas".
As chamadas
raças adâmicas
–
Com a encarnação
daqueles
Espíritos
nasceram na
Terra os
ascendentes dos
povos de pele
branca.
Estabelecidos em
sua maioria na
Ásia, eles se
encaminharam
depois,
atravessando a
África, para a
longínqua
Atlântida.
Chamadas de
raças
adâmicas,
por alusão a
Adão, esses
povos guardavam
vaga lembrança
de seu passado,
e as tradições
do Paraíso
perdido passaram
de gerações a
gerações, até
ficarem
arquivadas nas
páginas da
Bíblia.
Com o transcurso
do anos, elas se
reuniram em
quatro grandes
grupos, que se
fixaram depois
nos povos mais
antigos,
obedecendo às
afinidades que
as associavam no
planeta em que
viveram, no
sistema
planetário
comandado por
Capela. Unidos,
novamente,
formaram desse
modo o grupo dos
árias, a
civilização do
Egito, o povo de
Israel e as
castas da Índia.
Dos árias
descende a
maioria dos
povos brancos da
família
indo-européia,
incluindo aí os
latinos, os
celtas, os
gregos, os
germanos e os
eslavos. Além de
formarem os
pródromos de
toda a
organização das
civilizações
futuras, elas
introduziram os
mais largos
benefícios no
seio dos povos
de peles amarela
e negra, que já
existiam no
planeta. Na
ocasião da
chegada dos
exilados de
Capela –
acrescenta
Emmanuel –, o
primata hominis
se encontrava
arregimentado em
tribos
numerosas.
Dos Espíritos
degredados, os
que constituíram
a civilização
egípcia foram os
que mais se
destacavam na
prática do Bem e
no culto da
Verdade e eram
eles os que
menos débitos
possuíam perante
o tribunal da
Justiça Divina.
Nos círculos
esotéricos do
velho Egito
sabia-se da
existência do
Deus Único e
Absoluto, Pai de
todas as
criaturas e
Providência de
todos os seres,
e se conhecia
igualmente a
função dos
Espíritos
prepostos de
Jesus, na
execução das
leis físicas e
sociais da
existência
terrestre. A
comunicação dos
mortos e a
pluralidade das
existências e
dos mundos eram
para eles
questões também
conhecidas.
Os arianos e o
cultivo da terra
–
Os papiros
provam que os
iniciados do
velho Egito
sabiam da
existência do
corpo espiritual
e que seu
conhecimento a
respeito das
energias
solares, com
relação ao
magnetismo
humano, era
muito superior
ao nosso. Eis a
razão por que o
ambiente dos
túmulos egípcios
era saturado por
um estranho
magnetismo.
Dos Espíritos
exilados de
Capela, os que
se agruparam às
margens do
Ganges foram,
contudo, os
primeiros a
formar os
pródromos de uma
sociedade
organizada. As
organizações
hindus são
anteriores à
própria
civilização
egípcia e aos
agrupamentos
israelitas. Era
na Índia de
então que se
reuniram os
arianos puros,
que cultivavam
também as lendas
de um mundo
perdido, que
alguns pensavam
ser o antigo
continente da
Lemúria. Desse
povo descendem
todos os povos
arianos que
floresceram,
mais tarde, na
Europa. É por
isso que todas
as línguas dos
povos de pele
branca guardam
as mais
estreitas
afinidades com o
sânscrito,
língua que
constituía uma
reminiscência de
sua existência
passada, em
outros planos.
Se as
civilizações
hindu e egípcia
definiram-se no
mundo em breves
séculos, o mesmo
não aconteceu
com os arianos
que se
transferiram
para a Europa,
onde se
iniciaram os
seus movimentos
evolutivos. Tais
Espíritos eram,
na sua maioria,
indivíduos
revoltados com o
seu degredo.
Muito dedicados
ao trabalho, foi
com eles que a
agricultura e as
indústrias
pastoris
encontraram os
primeiros
impulsos. Com as
organizações
econômicas,
oriundas do
trato direto com
o solo,
deixaram, no
entanto,
perceber a
lembrança de
suas lutas no
antigo mundo que
haviam deixado.
Segundo os
cientistas
existiram 18
Evas
-
Em maio de 2000,
cientistas
vinculados às
Universidades
Emory, de
Atlanta
(Geórgia), e
Stanford
(Califórnia),
ambas situadas
na América do
Norte,
divulgaram os
resultados de
uma pesquisa
singular
realizada com
base nas
mutações do DNA.
A conclusão dos
pesquisadores é
que descendemos,
de fato, de 18
linhagens
genéticas
femininas e 10
linhagens
masculinas, que
provavelmente
provieram de um
casal que teria
vivido há cerca
de 200.000 anos,
mas esse casal
não era então o
único a habitar
a Terra.
Adão e Eva, que
segundo o
Gênesis
teriam vivido na
Terra há 6.000
anos, não são,
portanto, os
pais da
Humanidade
terrena, como
aliás a própria
Bíblia
dá a
entender
ao
revelar
que
Caim,
|
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Universidade
Emory |
|
|
Universidade
Stanford |
|
primogênito
de Adão, ao
deixar a
casa paterna
casou-se com
uma mulher
e, em
homenagem ao
seu primeiro
filho,
construiu
uma cidade.
Ora, ninguém
constrói uma
cidade se
não houver
pessoas para
habitá-la. |
Os resultados
encontrados por
Douglas Wallace
e seus
companheiros de
Atlanta,
fundamentados
nas leis da
Biologia,
coincidem com as
principais
descobertas
arqueológicas.
Com base nas
mutações
sofridas pelo
DNA dos
europeus, eles
calcularam que
os primeiros
Homo sapiens,
provenientes da
África, chegaram
à Europa entre
40.000 e 50.000
anos atrás,
datação que é
respaldada pela
análise química
de vários
fósseis
encontrados no
continente.
Um dado
interessante,
que confirma o
relato de
Emmanuel sobre
os povos
existentes na
Terra quando da
chegada dos
Espíritos
exilados de
Capela, é que a
África e a Ásia,
segundo a
pesquisa aqui
referida, foram
efetivamente o
berço da vida
humana em nosso
mundo e que os
europeus se
formaram com as
ramificações dos
povos que
habitaram
primeiro a
África e a Ásia.