FRANCISCO
REBOUÇAS
costareboucas@ig.com.br
Niterói, Rio de
Janeiro (Brasil)
Não são todos...
“E aconteceu
que, quase oito
dias depois
destas palavras,
tomou consigo a
Pedro, a João e
a Tiago, e subiu
ao monte a
orar.”
(Lucas, capítulo
9, versículo
28.)
Nós espíritas,
que acreditamos
na palavra de
Jesus, quando o
Mestre nos
asseverou que
seu reino não é
deste mundo,
precisamos estar
bastante atentos
para o fato de
que nem todos os
que conosco
convivem na
bênção do
dia-a-dia, em
família ou em
sociedade, estão
também
preparados para
viver essa
realidade do
Espírito
Imortal; e foi o
próprio Cristo
que nos deu
valioso ensino a
esse respeito,
quando convidou
apenas Simão
Pedro e os
filhos de
Zebedeu, João e
Tiago, para
presenciarem o
sublime momento
de sua conversa
com Moisés e
Elias.
Teria ELE
convidado apenas
os três em
virtude dos
outros não se
interessarem
pelo fenômeno
ocorrido? Não
seria mais
adequado aos
nossos olhos que
o Mestre
convidasse Tomé,
que era um
eterno
desconfiado,
para que
testemunhasse
com seus
próprios olhos
esse divino
acontecimento?
Claro que todos
os discípulos do
Mestre gostariam
de presenciar
esse fenômeno da
transfiguração,
mas Jesus, que a
todos conhecia,
sabia da
inconveniência
de chamá-los
para esse divino
momento,
exigente de
recolhimento e
equilíbrio e,
para o qual, com
certeza, os
outros não
estariam
preparados.
Esse ensinamento
do Mestre
precisa ser
levado em conta
por todos
quantos
pretenderem
levar os
conceitos do
mundo espiritual
ao conhecimento
da multidão, no
propósito de já
se acharem
preparados para
tal atitude,
pois precisarão
ter muita
cautela para não
se decepcionarem
com a falta de
compreensão e
até mesmo o
escárnio com que
se defrontarão
ante a grande
ignorância que
impera na
maioria da
sociedade
moderna sobre as
verdades do
mundo
espiritual;
posto que, se é
certo que o
intercâmbio com
esse ou aquele
núcleo de
entidades do
Além é possível,
também certo é
que nem todos
estão
preparados, ao
mesmo tempo e no
mesmo nível de
entendimento
para a recepção
de
responsabilidades
ou benefícios
nesse desprezado
campo de
conhecimento do
homem.
Os Espíritos
Superiores são
bastante sábios
para não
confiarem,
imprudentemente,
missões e
tarefas que
requeiram
conhecimento e
competência aos
que não se
fizerem
devidamente
capacitados a
executar com
naturalidade
certas
imposições
ligadas a
caracteres
essenciais para
quem se
apresente tomado
simplesmente por
bons desejos.
Nem todos os que
se dizem
estudiosos
estarão
habilitados a
receberem do
Além as grandes
revelações e,
por isso mesmo,
cedo estarão
entregues ao
descrédito por
não saberem
sustentar a fé
nas coisas
espirituais das
quais nada
testemunham por
seus olhos
físicos.
Necessário se
faz que um
núcleo qualquer,
destinado às
atividades
espiritualizantes,
tenha como meta
primordial o
senso de
harmonia, na
busca da
afinidade entre
seus membros,
movido por um
perfeito
sincronismo
desenvolvido a
custa de muito
esforço e
trabalho, com
nobres intenções
e muito estudo
para uma
perfeita
compreensão da
arte de
progredir nas
matérias
pertinentes ao
Espírito
Imortal, pois o
mais comum no
mundo em que
vivemos é que
todos anseiam
por conquistar
isso ou aquilo,
mas raríssimos
são os que
realmente se
prontificam a se
educar, servir e
amar a si e ao
próximo.
Bibliografia:
1) Evangelho de
Lucas.
Capítulo 9,
versículo 28.
2)O Evangelho
segundo o
Espiritismo.
Capítulo II,
item 1.