ASTOLFO
O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Fernando quer saber por
que existem no planeta
Terra tantas misérias.
Vimos em ocasião
anterior que os mundos
dividem-se em cinco
categorias e que nos
chamados mundos de
expiação e provas, que é
a atual condição da
Terra, o mal predomina.
Essa é a razão por que
neste planeta o homem
vive a braços com tantas
misérias.
Na Terra, diz o Espírito
de Santo Agostinho, os
Espíritos em expiação
são, se assim se pode
dizer, seres
estrangeiros, indivíduos
que já viveram em outros
mundos. Mas, informa
ele, nem todos os
Espíritos que se
encarnam neste globo vêm
para cá em expiação. Os
povos considerados
selvagens são
constituídos de
Espíritos que apenas
saíram da infância
espiritual e que na
Terra se acham, por
assim dizer, em curso de
educação, para se
desenvolverem pelo
contacto com Espíritos
mais adiantados.
Existem ainda no planeta
grupos de indivíduos
semicivilizados,
formados por esses
mesmos Espíritos num
estágio um grau acima de
progresso. São eles, de
certo modo, raças
indígenas da Terra, que
aqui se elevaram pouco a
pouco em longos períodos
seculares.
Estas informações de
Santo Agostinho, que
compõem o cap. 3 do
livro O Evangelho
segundo o Espiritismo,
de Kardec, obra surgida
em abril de 1864, foram
de certo modo
confirmadas pelo autor
do livro Voltei,
psicografado na década
de 40 do século passado
pelo médium Francisco
Cândido Xavier.
Segundo essa obra, mais
de metade dos habitantes
da Terra situam-se na
condição de Espíritos
bárbaros ou
semicivilizados, o que
explica a existência de
tantas mazelas no mundo
em que vivemos, fato que
não teria nenhuma
justificativa se
excluíssemos da análise
a tese das vidas
sucessivas e a lei do
progresso, dois
princípios fundamentais
do Espiritismo.