CLAUDIA
WERDINE
claudiawerdine@hotmail.com
Viena
(Áustria)
O evangelizador
espírita
A figura do
evangelizador é de
importância fundamental
na Evangelização. Ele é
o pólo de energia
emuladora que criará o
ambiente ideal para o
trabalho. Suas palavras,
seus gestos, seus
pensamentos e
sentimentos são
extremamente importantes
no processo educativo.
Será ele que propiciará
as atividades adequadas
para que ocorra a
interação da criança com
o meio físico e
espiritual, permitindo
que ela vivencie as
atividades, a fim de
construir seu próprio
futuro.
Para a execução desta
tarefa de tão grande
responsabilidade, os
evangelizadores
espíritas, cada vez mais
conscientizados da
importância do seu
trabalho, estudam a
Doutrina Espírita,
aprofundando
conhecimentos
doutrinários; e se
aperfeiçoam ou se
preparam em técnicas de
ensino, para melhor
atender às exigências do
processo
ensino-aprendizagem.
Aliás, a única
exigência, em termos de
conhecimento, que se
deve fazer em relação ao
preparo daquele que se
propõe evangelizar, é a
do domínio prévio do
Espiritismo. Quem não
tiver este domínio não
está em condições de
atender aos objetivos da
tarefa, ainda que
possuidor de grande boa
vontade. Esta é uma
maneira de assegurar o
cumprimento dos
objetivos propostos para
a Evangelização Espírita
das novas gerações.
A falsa concepção de que
o candidato a
evangelizador, tendo boa
vontade, dispensa os
conhecimentos
doutrinários tem causado
muitos prejuízos à
eficiência do trabalho.
Além do mais, a boa
vontade se manifesta
exatamente pelo esforço
que o candidato faz para
adquirir os
conhecimentos que são
indispensáveis ao seu
ministério. Boa vontade
de aprender, de se
aprimorar, de enriquecer
seus recursos pessoais
(intelectuais e
afetivos), esta sim,
seria uma qualidade
básica para outras
aquisições que venha a
conquistar.
Devemos ressaltar que
não basta somente ser um
profundo conhecedor do
Espiritismo para ser um
evangelizador, é preciso
também um amor infinito,
aliás, segundo
Pestalozzi, o amor é o
eterno fundamento da
educação. O amor é
condição sem a qual não
se pode promover a
Evangelização Espírita
das novas gerações. Amor
este que nos leva a
trabalhar, diariamente,
nossa reforma íntima,
pois o evangelizador
espírita deve ser aquele
que, antes de falar,
exemplifica; antes de
teorizar, sente e antes
de ser um educador, é um
ser humano.
O amor pressupõe
renúncia, dedicação, fé,
perdão sincero,
perseverança, entre
outros sentimentos de
igual valor, para que se
concretize a obra de
educação dele
fundamentada.
Quando, como educadores,
começamos a enumerar
dificuldades, obstáculos
instransponíveis,
problemas pessoais e
circunstâncias
impeditivas à completa
realização da nossa
tarefa, significa que
ainda não somos capazes
de amar no sentido pleno
desta palavra. Meditemos
nisso!
“Caros Evangelizadores,
Fomos convocados a
realizar uma obra
específica no campo do
bem, cujo Mestre e
responsável maior pela
sua execução coloca ao
nosso alcance os
recursos necessários,
respeitando, porém, a
nossa disposição de
agir.
São poucos, por hora, os
que dispõem à ação. Mas
já aprendemos com Jesus
a lição do fermento que
á capaz de levedar a
massa toda! Sejamos o
fermento pela força da
nossa convicção e da
nossa certeza na
excelência da tarefa a
que nos propomos.
Outros se juntarão a
nós, se dermos o exemplo
da perseverança e da
fidelidade aos
princípios estabelecidos
para este trabalho pelo
Cristo de Deus. O nosso
exemplo pode arrastar
multidões pela força que
lhe é intrínseca, pelos
objetivos que norteiam a
tarefa.
Quem caminha rumo à
espiritualização, com
certeza não caminha só,
como também, em boa
companhia. Quem não
desiste no meio do
caminho, encoraja os que
o acompanham a
prosseguir, colaborando
para que a caravana não
se enfraqueça e siga,
unida, até o fim.
Perseverar no trabalho
anônimo e produtivo que
não recebe os aplausos
do mundo, porque não
fica na evidência
social, é dar testemunho
de alta compreensão dos
planos de Jesus,
relativos à nossa
melhoria espiritual. A
tarefa de evangelização
da criança e do jovem é
um desses trabalhos.
Plantar, na mente e nos
sentimentos da nova
geração, a semente de
uma sociedade altruísta
é investir no futuro,
com apreciáveis
possibilidades de êxito.
Para tanto, necessita o
evangelizador estar
convencido da
importância e do alcance
do seu trabalho,
condição sem a qual não
terá forças suficientes
para enfrentar os
obstáculos de várias
naturezas que comumente
se antepõem às nobres
realizações.
Fortificado no seu
ideal, poderá o
evangelizador cumprir
tarefa socioespiritual
de grande valia e
arrastar, com seu
exemplo, aqueles que,
embora ainda indecisos,
se inclinam a seguir um
bom modelo.”
(Cecília Rocha, Pelos
Caminhos da
Evangelização – FEB.)
Bibliografia:
Material IV Encontro de
Evangelizadores – FEB
Pelos Caminhos da
Evangelização − Cecília
Rocha – FEB
Currículo para as
Escolas de Evangelização
Espírita Infanto-Juvenil
– FEB
O Livro dos Espíritos
−Allan Kardec
A Educação segundo o
Espiritismo – Dora
Incontri
Entrevista com Divaldo
Franco – A Importância
da Evangelização – IDE