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Editorial
Ano 1 - N° 38 - 13 de Janeiro de 2008
 

Amor demais estraga. Será? 

A primeira frase que compõe o título acima foi utilizada por uma importante revista brasileira, que assim intitulou uma entrevista que lhe foi concedida por um especialista em educação familiar.

O mesmo pensamento voltou a ser expresso por Corinne Maier, psicanalista suíça que lançou recentemente o livro “Nada de crianças – Quarenta razões para não ter filhos”. Segundo Corinne, amor demais não é bom.

Mas, será que amor demais estraga?

Para responder a tal pergunta, é preciso primeiro entender o significado da palavra amor.

Se se entender por amor a conduta dos pais irresponsáveis, que não sabem colocar limites na liberdade de seus filhos e que lhes dão tudo o que pedem, ainda mesmo quando se trate de coisas absolutamente inconvenientes, a resposta será afirmativa: Sim, amor demais estraga.

Mas, se entendermos por amor o conceito ensinado e exemplificado por Jesus, qual seja, fazer aos outros o que gostaríamos que nos fizessem, a resposta será não: O amor jamais estraga.

Amar é dar-se, é entregar-se, é fazer pelo bem do próximo tudo o que estiver ao nosso alcance, sem esperar recompensa nem gratidão.

*

Jesus, ao concluir o seu apostolado, deixou-nos um derradeiro mandamento, diferente dos mandamentos anteriormente referidos, mas igualmente expressivo: “Eu vos deixo um novo mandamento: Que vos ameis como eu vos tenho amado”.

Se o leitor ama seus filhos como Jesus nos amou, tenha certeza: Seu amor jamais causará estragos, ainda que outros o censurem porque incapazes de fazer cousa semelhante.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita