Vansan:
Um violão como
extensão
dos
braços
O
músico Vansan
vem se
apresentando
para platéias
espíritas há
anos, com uma
sensibilidade e
vibração que leva o público às lágrimas
Dezoito CDs
gravados e um
DVD. Autodidata
desde os oito
anos de idade,
já esteve em
diversos
programas de
televisão e
também visitou a
Itália.
Atualmente, além
dos compromissos
profissionais
com a música, é
presença certa
em muitos
eventos
espíritas, seja
para abertura ou
encerramento de
encontros e
eventos, seja
para
apresentações
próprias.
Chamado por
amigos de o “gênio do
violão”, Vansan
tem levado o
público às
lágrimas com a
vibração de sua
sensibilidade
que transforma o
ambiente, graças
ao envolvimento
espiritual que o
acompanha nas
apresentações. |
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Espírita desde
1979, atua no
Centro Espírita
Caminho da Luz,
de Mogi das
Cruzes (SP),
onde participa
de tarefas
mediúnicas e
doutrinárias,
mas seu nome já
se tornou
conhecido em
quase todo o
estado de São
Paulo e também
em outros
estados. |
Os efeitos da
música como
importante
recurso
terapêutico para
a paz humana já
são conhecidos,
e nesse sentido
as respostas do
artista e
tarefeiro
espírita revelam
detalhes que vão
interessar ao
leitor.
– Como ocorreu
sua chegada ao
Espiritismo?
Por motivo de
saúde. Eu tinha
crises violentas
de enxaqueca e o
próprio médico,
nada encontrando
em meus exames,
me sugeriu
procurar uma
casa espírita.
Alguns de meus
irmãos, que já
eram espíritas,
me ajudaram a
vencer o
preconceito e as
dificuldades;
comecei a
estudar e a
freqüentar as
atividades
doutrinárias e
filantrópicas,
até ter
condições de
exercer a
mediunidade
ostensiva nos
trabalhos de
desobsessão e
cura.
– Desde quando
você se
apresenta nas
instituições
espíritas e onde
ocorreu sua
primeira
apresentação em
ambiente
espírita?
Quantas
apresentações em
instituições
espíritas você
já somou? Você
já esteve fora
do estado de São
Paulo?
Comecei a
utilizar a
música no
próprio centro
que freqüentava,
o Centro
Espírita São
João e São
Paulo, nas
reuniões de
assistência
espiritual
(1980). Não sei
quantas
apresentações já
fiz em casas
espíritas, mas
seguramente
passam de cem.
Diversas vezes
por ano canto
também em Minas
Gerais, Mato
Grosso, Mato
Grosso do Sul,
Rio de Janeiro e
Paraná.
– Como você foi
levado a se
apresentar em
eventos
espíritas?
Fui convidado
para fazer a
abertura musical
por ocasião de
uma visita de
Divaldo Pereira
Franco em minha
cidade. Depois,
com Carlos
Baccelli; e não
parei mais. Até
que comecei a
realizar minhas
próprias
palestras com
música.
– O que o motiva
à música? E por
que a
preferência pelo
violão?
Minha maior
motivação é o
bem que a música
traz às pessoas
e aos
desencarnados. O
violão é uma
extensão de meus
braços; nele
corre meu
sangue, pulsam
meu coração e
meus
sentimentos.
– Quando você se
apresenta, qual
o envolvimento
espiritual que
sente? Descreva
as sensações.
Sinto uma
energia
maravilhosa me
banhando. É como
se eu fosse uma
antena
retransmissora
dessa energia
para as
pessoas.
– Há diferença
de sensações
experimentadas
entre uma e
outra
apresentação?
Muita diferença.
Quando me
apresento como
músico em outros
eventos que não
de cunho
religioso,
embora me
prepare
espiritualmente
e o faça com
muito amor e
prazer, a
sensação é
outra. Parece
que falta o que
os ambientes
preparados
espiritualmente
oferecem.
– As percepções
sentidas
ajudam-no nas
apresentações?
De maneira muito
especial, pois
tenho facilidade
de sentir a
necessidade do
ambiente e
dirijo as
músicas e as
palavras no
sentido
percebido.
– E o público,
como você o
sente?
Sinto que há uma
grande sintonia.
Sinto que as
pessoas recebem
essa energia e
são tocadas por
ela. É o que tem
trazido
emotividade aos
ambientes, tanto
para mim como
para o público.
– Você tem
notícias e
depoimentos dos
resultados de
suas
apresentações?
Sim. As pessoas
me telefonam,
escrevem ou me
falam
pessoalmente. É
interessante
porque muitos se
tornaram
espíritas
através das
minhas
apresentações;
outros passaram
a ver a vida de
outra forma e a
valorizar mais
as pessoas, a
família e os
momentos da
vida. Muitos
deixaram vícios
ou idéias de
suicídio de
lado. Famílias
passaram a fazer
o evangelho no
lar; vários
relatam alívio
para dores
físicas e
psicológicas
após o trabalho.
As reações são
as mais diversas
e
gratificantes.
– Qual a lição
mais importante
que você tira
das
apresentações?
Que, embora
muitas pessoas
se beneficiem
desse trabalho,
eu sou o maior
beneficiado e
também o maior
necessitado.
Recebo paz,
equilíbrio e
lições preciosas
para minha
vida.
– O que o dirige
na escolha da
seqüência das
músicas
apresentadas
perante
diferentes
públicos?
Normalmente, de
acordo com o
tema, já tenho
uma seqüência
mais ou menos
elaborada
mentalmente.
Todavia, a
necessidade do
ambiente e a
intuição dos
espíritos muitas
vezes me fazem
mudar palavras e
músicas,
alterando
totalmente o
roteiro.
– Fale-nos de
sua experiência
musical.
Minha mãe, que é
católica, dizia
que, antes de me
trazer ao mundo,
pediu a Santa
Cecília um filho
músico. E,
interessante, já
nasci músico:
uso o violão
desde os oito
anos e componho
desde os doze
anos de idade.
Sempre me
apresentei em
festas informais
e participei de
um conjunto
profissional até
que, em 1978,
comecei minha
carreira solo,
cantando em
clubes e festas.
Em 1986, gravei
meu primeiro
disco e
participei de
diversos
programas de TV
– os conhecidos
na época e os
atuais: Festa
Baile, Viola
Minha Viola,
Clarisse Amaral,
Almoço com as
Estrelas,
Mulheres, Som
Brasil. Em 2000,
gravei meu
primeiro CD.
Apresentei-me
também em Roma,
na Itália, em
algumas pequenas
casas. Hoje,
faço
apresentações em
alguns clubes de
São Paulo, em
festas, em
feiras e
exposições.
Também dirijo e
apresento um
programa na TV a
cabo em Mogi das
Cruzes e realizo
palestras de
auto-ajuda com
música, também
em empresas.
– Suas palavras
finais.
Gostaria muito
de agradecer a
oportunidade e
dizer que, além
de todo o
benefício que a
música me traz,
ela ainda me
proporciona a
conquista de
grandes
amizades, fator
de muita
felicidade
pessoal para
mim. Concluo com
as palavras de
Léon Denis, na
obra O
Espiritismo na
Arte: “O
pensamento de
Deus é a fonte
das altas e sãs
inspirações. Se
nossos artistas
soubessem beber
nessa fonte,
nela
encontrariam o
segredo das
obras
imperecíveis e
as maiores
felicidades”. É
assim que eu me
sinto. Muita
paz!
As instituições
que desejarem
manter contato
com o
entrevistado
podem fazê-lo
por meio do
endereço
eletrônico:
vansan@uol.com.br/.
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