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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 38 - 13 de Janeiro de 2008

FRANCISCO REBOUÇAS
costareboucas@ig.com.br
Niterói, Rio de Janeiro (Brasil)

Visão otimista

Ainda que as circunstâncias não nos permitam fechar os olhos para as diversas situações de descaso e desrespeito das autoridades para com os cidadãos em qualquer parte do nosso país, pois, são eles os responsáveis justamente por garantir a ordem e a paz em nosso território, não podemos da mesma forma esquecer-se de lembrar que também cada cidadão tem sua participação altamente comprometedora diante do caos que se instalou em nossa sociedade. 

A começar, pela irresponsabilidade na hora de eleger nossos representantes, que são escolhidos sem um mínimo de cuidado ou critério, a não ser as falsas promessas tão conhecidas de todos, que ainda assim conseguem não se sabe como, manter iludida tanta gente ano após ano.  

Sabemos que, na prática, os lobos ferozes da política investem na ignorância dos indivíduos, à medida que fazem questão de não vê-los esclarecidos, pois, se isso acontecesse, não seriam eleitos e muito menos reeleitos, com seus argumentos falsos, mentirosos e descarados, com que hoje conseguem manipular a cabeça de seus eleitores para depois largá-los entregues à miséria, à decepção e à revolta, até a próxima eleição, quando novamente os convencerão de que agora será diferente, o que jamais ocorre. 

Embora ciente de toda situação de miséria e desgraça, com que nos vemos às voltas no dia a dia de nossas vidas, não consigo deixar de olhar para o futuro com otimismo, pois, sou espírita por convicção e acredito piamente em tudo o que os nobres Emissários do Mestre de Nazaré nos afirmam nos postulados da mensagem Consoladora do espiritismo e sigo, por isso mesmo, na contramão da grande massa, que segue pessimista a dizer que já não acredita em mais nada, alardeando por toda a parte que o mundo não tem mais jeito. 

Hoje, ao assistir um programa de uma emissora de televisão, sobre o trabalho desenvolvido por pessoas decididas conscientizadas da importância de enfrentar a situação com a prática do trabalho no bem, para a realização de algo positivo para a transformação e melhoria da qualidade de vida em muitas comunidades carentes, levando alegria, espalhando esperanças, aconselhando os jovens, fazendo a festa das crianças, e renovando o ânimo dos mais idosos, modificando para melhor a vida daquelas pessoas que choravam agradecidas, mais crédulo me tornei pela comprovação de que para tudo existe sempre uma solução viável e perfeitamente realizável sem exigir grandes somas de recursos financeiros”

Em O Livro dos Espíritos os Imortais da Vida Maior nos convocam para a prática do trabalho no bem conforme segue: 

930. É evidente que, se não fossem os preconceitos sociais, pelos quais se deixa o homem dominar, ele sempre acharia um trabalho qualquer, que lhe proporcionasse meio de viver, embora deslocando-se da sua posição. Mas, entre os que não têm preconceitos ou os põem de lado, não há pessoas que se vêem na impossibilidade de prover às suas necessidades, em conseqüência de moléstias ou outras causas independentes da vontade delas? 

Numa sociedade organizada segundo a lei do Cristo ninguém deve morrer de fome. Com uma organização social criteriosa e previdente, ao homem só por culpa sua pode faltar o necessário. Porém, suas próprias faltas são freqüentemente resultado do meio onde se acha colocado. Quando praticar a lei de Deus, terá uma ordem social fundada na justiça e na solidariedade e ele próprio também será melhor.” 

932. Por que, no mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons? 

“Por fraqueza destes. Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, preponderarão.”  (1) 

Não sou tão ingênuo assim, a ponto de não admitir que as coisas estejam realmente complicadíssimas e que a solução para a reversão desse estado caótico em que nos achamos seja de fácil solução; porém, não abro mão de acreditar, de manter viva minha fé, na esperança de um porvir melhor para a humanidade, e que cedo ou tarde a população do nosso planeta será levada pela força da necessidade a buscar conscientizar cada indivíduo de que não nos libertaremos da situação de dor e sofrimento físico e moral, pelos quais passamos sem a efetiva participação de todos no processo de transformação do comportamento ético-moral da sociedade que compomos. 

Ainda penso que a grande maioria da população da sociedade hodierna precisa apenas vencer o fantasma da omissão em relação aos problemas à nossa volta, que fingimos não ver e que por essa razão somos também responsáveis pela instalação e crescimento do mal em torno de nós, sem que nos prestemos a mover uma palha no intento de modificar essa situação insuportável. 

Precisamos meter a mão na massa, na luta por mudar esse estado de coisas, fazendo a nossa importante parcela na construção de uma sociedade mais equilibrada, a começar por nossas próprias atitudes para com o próximo e com a vida, procurando nos modificar em todos os aspectos, para poder verdadeiramente pelos nossos exemplos de pessoas decentes, agindo sempre com honestidade, respeito, dignidade contribuir positivamente na educação e formação do caráter dos nossos filhos, procurando desde cedo investir nos conceitos de ética e moral com que se habituarão para se tornarem mais tarde homens e mulheres de bem. 

Não podemos ficar simplesmente a reclamar da atitude condenável e criminosa dos governantes, quando nós mesmos os elegemos; dos exploradores inescrupulosos dos recursos naturais, quando ajudamos a poluir os rios, enchemos de lixo os bueiros etc.; das atitudes desrespeitosas de alguns em relação à comunidade, quando também nos aproveitamos para furar a fila dos bancos, levar vantagem nas mínimas coisas etc., precisamos parar de pensar que só aos outros cabe a tarefa de transformação íntima, e continuarmos tal qual sempre fomos. 

Faz-se imprescindível o decisivo empenho de todos no trabalho que a situação exige, participando ativamente e empregando todos os recursos que por ventura possuirmos, na certeza de que não há bem maior a ser alcançado que o de ver o crescimento da paz e do progresso entre os homens, através do bom uso da inteligência a serviço da elevação moral de nossa sociedade.  

Bibliografia:

(1) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos – FEB, 76ª edição.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita