ASTOLFO
O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Regina me pergunta: Deus
pune? Deus é justo? Deus
perdoa?
Segundo os ensinamentos
espíritas, podemos
afirmar com toda a
segurança: Deus não
pune, Deus é justo e,
por isso, Deus perdoa as
faltas que cometemos.
Aliás, não é isso que
Jesus fez constar na
Oração Dominical: “Pai,
perdoa as nossas faltas,
assim como perdoamos
aos nossos devedores”?
O Criador evidentemente
estabeleceu leis que
regem a vida em todo o
Universo. Se as
infligimos, devemos
sofrer-lhes a
conseqüência. Foi o que
levou Jesus dizer a
Pedro: “Todo aquele que
usa a espada para matar,
morrerá sob a espada”.
Um Espírito que
reencarne apresentando
um processo de
retardamento mental não
é uma vítima do castigo
divino, porque em muitos
casos ele já se
encontrava assim na
pátria espiritual,
muitas vezes por causa
de um equívoco, de um
ato insano, como um tiro
desferido contra a
própria cabeça.
Nascer com a deficiência
não significa que ele
esteja sendo punido.
Digamos que ele esteja
colhendo, tal como Jesus
explicara ao dizer que a
semeadura é livre, mas a
colheita é obrigatória.
Deus é justo e bom. Tais
atributos, ensinados
pela filosofia clássica,
são confirmados pelo
Espiritismo. E é por
isso que nos perdoa,
embora seu perdão não
consista na anulação do
que fizemos, mas sim na
oportunidade que Ele nos
oferece de repararmos os
erros cometidos. Advém
daí a necessidade das
existências sucessivas,
ou reencarnação, que nos
dão os meios de fazermos
aos outros o que
deveríamos ter feito e
não fizemos.