WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São
Paulo (Brasil)
Desencarnar
“Em que se
transforma a
alma no instante
da morte? –
Volta a ser
Espírito, ou
seja, retorna ao
mundo dos
Espíritos, que
ela havia
deixado
temporariamente.”
(Questão 149
de “O Livro dos
Espíritos”, de
Allan Kardec.)
Sem dúvida, a
desencarnação é
um dos momentos
mais dolorosos
no contexto das
famílias. Em
realidade, não
estamos
preparados para
a separação que
ocorre com a
partida de seres
amados para o
mundo
espiritual. A
lacuna deixada é
sempre um motivo
para grandes e
intensos
sofrimentos.
É extremamente
consolador saber
que não
morremos, que a
vida continua em
outras
dimensões, ou
seja, “nas
muitas moradas
da casa do Pai”,
com afirmou
Jesus, no
entanto a
ausência do ser
amado é sempre
muito sentida.
Sendo a vida na
Terra apenas uma
etapa da vida
total,
precisamos
estudar e
refletir para
compreender
mais,
assegurando
assim uma
aceitação maior
dessas
separações
temporárias, que
são inevitáveis.
Sabendo que
neste planeta ou
fora dele
estaremos sempre
vivos,
carregando
conosco nossos
sonhos de paz e
felicidade,
imperioso que
procuremos nos
esforçar para
melhor entender
os mecanismos da
lei divina, que
sábia e
fraterna,
procura
constantemente
agir em nosso
benefício.
Uma vez que
morrer não é o
fim, interessa a
cada um de nós
saber para onde
vamos, o que
vamos continuar
fazendo e como
seremos
recebidos na
nova vida.
Há muito,
Confúcio, sábio
oriental, já
afirmava que
para morrer bem
será preciso
viver bem e em
outra
oportunidade um
autor
desconhecido
escreveu: “
quando você
nasceu todos
sorriam e você
chorava. Viva de
tal forma que
quando você
morrer todos
chorem e você
sorria”. Tais
afirmativas
informam a
necessidade de
vivermos uma
vida dentro dos
padrões
ensinados pelo
Cristo, para que
nos aportemos no
mundo espiritual
carregando
conosco a
bagagem da
consciência
tranqüila.
Em “O Livro dos
Espíritos”, de
Allan Kardec,
obra básica da
Doutrina
Espírita,
encontramos
todas as
informações de
que temos
necessidade a
respeito da
desencarnação,
bem como as
respostas para
as nossas mais
íntimas e
intrigadas
dúvidas.
Se um homem para
atravessar uma
floresta espessa
precisa
equipamentos que
lhe garantam a
segurança e a
possibilidade de
alcançar seus
objetivos,
preparando-se
antes para tal
cometimento, não
pode a criatura
humana chegar ao
mundo dos
Espíritos, para
onde segue
depois da morte
do corpo, sem
ter noções de
como será essa
nova morada. No
mínimo precisa
saber o básico e
para tanto não
pode deixar de
estudar o
assunto, sem
conotação
fúnebre ou
tétrica, mas
deitando
preocupações com
os dias do
porvir, pois que
“ninguém ficará
para semente”,
como afirma o
adágio popular.
A morte do corpo
é tão-somente um
fenômeno
biológico. A
vida prossegue
em seu dinamismo
habitual, daí
então a urgente
necessidade de
reflexão em
torno dos nossos
atos,
comportamentos e
atitudes na
Terra, pois que
a moeda que
circula no mundo
espiritual é a
do amor, da
fraternidade,
altruísmo,
solidariedade.
Francisco de
Assis, há tempo
disse: “é dando
que se recebe”,
dessa forma
haveremos de
receber o
reflexo daquilo
que
distribuímos.
Portanto se
pretendemos
assegurar uma
boa posição
futura, tanto
aqui na Terra
como no mundo
espiritual, o
caminho seguro é
o exercício do
bem sem cansaço
ou desânimo, com
total
desinteresse,
isto é, sem
esperar qualquer
recompensa.
Não esqueçamos;
morrer não é o
fim e cada um
colherá o fruto
da semente que
plantou.