ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Por que creio na
imortalidade da alma
(9a
Parte)
Sir Oliver Lodge
Damos
prosseguimento ao estudo
do clássico Por que
creio na imortalidade da
alma, de Sir Oliver
Lodge, de acordo com a
tradução feita por
Francisco Klörs Werneck,
publicada pela Federação
Espírita do Estado de
São Paulo em 1989.
Questões
preliminares
A. A ação telepática
pode produzir-se entre
dois Espíritos?
R.: Sim. A ação
telepática produz-se
comumente entre dois
Espíritos e a passagem
do psíquico para o
físico pode fazer-se de
maneira habitual.
(Por que creio na
imortalidade da alma,
pág. 82.)
B. Como Lodge define os
médiuns?
R.: Os médiuns – diz
Lodge – são pessoas que
possuem a faculdade de
permitir que seus
organismos sejam
operados por outras
inteligências que não as
suas. A mediunidade não
é senão a resposta
fisiológica a um
estímulo de uma outra
inteligência. (Obra
citada, pág. 82.)
C. Qual é a parte
essencial da comunicação
espírita?
R.: A parte essencial da
comunicação é sempre de
caráter mental, quer
seja ela feita pela
palavra articulada, quer
seja pela escrita ou por
uma representação
qualquer. (Obra
citada, pág. 84.)
Texto para leitura
105. Vê-se assim que,
embora a natureza da
ação recíproca entre o
físico e o psíquico seja
desconhecida, o fato em
si mesmo é certo e
familiar, e de tal modo
familiar que não
desperta atenção alguma.
É considerado um fato
normal. Nós mesmos (isto
é, o nosso “eu”
espiritual e o mental)
somos um fato
positivo e o instrumento
por meio do qual
executamos tais coisas
no plano físico é
primordialmente o
sistema cérebro
neuromuscular de nosso
corpo. (P. 80)
106. Admitamos que toda
pessoa possui uma
laringe e uma mão
ligadas a um sistema
cérebro neuromuscular
semelhante ao nosso e
que algumas
desenvolveram o emprego
desses instrumentos da
mesma maneira que nós.
Seria possível que o
mecanismo transmissor de
uma outra pessoa não
possa jamais ser
empregado por nós em
lugar do nosso? O fato
experimental da
telepatia parece sugerir
que semelhante coisa é
possível. (PP. 81 e 82)
107. A
ação telepática
comumente produz-se
entre dois Espíritos e a
passagem do psíquico para
o físico pode fazer-se
de maneira habitual. A
faculdade da telergia
parece demonstrar que o
aparelho transmissor de
um sensitivo ou de uma
pessoa dotada pode às
vezes ser posto em
atividade por outra
inteligência. (P. 82)
108. É o que se dá nos
fatos da personalidade
múltipla, que há muito
sugerem a existência do
controle de uma
inteligência por outras
inteligências estranhas,
nem sempre benfazejas.
Essa faculdade,
demonstrada
patologicamente e
reconhecida sem
controle, pode, em
certas circunstâncias,
ser utilizada para
serviços simpáticos. (P.
82)
109.
Os médiuns são pessoas
que possuem a faculdade
de permitir que seus
organismos
sejam operados por
outras inteligências que
não as suas. A
mediunidade não é, pois,
senão a resposta
fisiológica a um
estímulo de uma outra
inteligência. Ela não
parece ser uma faculdade
rara, embora exista em
graus diversos, e
provavelmente é
suscetível de ser
cultivada e melhorada.
(P. 82)
110. Muitas pessoas
podem obter o que se
chama de escrita
automática, isto é,
permitir que sua mão ou
seu braço seja
controlado por uma
inteligência na
aparência estranha, mas
benévola, sendo sua
inteligência retirada
localmente pela
intervenção de outra
para dar lugar à
incorporação e
manifestação. (P. 82)
111. O transe é um
afastamento mais
pronunciado da atenção
consciente. Durante o
transe, algumas pessoas
podem permitir que seu
órgão vocal seja
utilizado para a
transmissão da palavra e
para a expressão de
idéias inteiramente fora
do seu alcance. (P. 83)
112. O transe difere do
sono hipnótico, embora
possuam ambos muitos
pontos de contato. No
estado hipnótico o
sensitivo está sob
controle da sugestão ou
mais ou menos controlado
por uma pessoa viva. No
estado de transe ou em
uma variedade especial
desse estado, o
organismo pode ser
governado por
inteligências
desencarnadas. (P. 83)
113. A
facilidade com que as
comunicações se podem
estabelecer depende
muito da faculdade e
habilidade do
comunicante e da
inteligência da pessoa
que as recebe, mas
depende também das
aptidões e dos hábitos
do instrumento
fisiológico utilizado.
(P. 83)
114.
Em cada caso, é preciso
considerar que a parte
essencial da comunicação
é sempre
de caráter mental, quer
seja ela feita pela
palavra articulada, pela
escrita ou por uma
representação qualquer.
(P. 84)
115. Se a harmonia
psíquica é estabelecida,
a parte física da
transmissão pode
verificar-se com
facilidade. Um gesto
pode transmitir muito,
sem palavras. A leitura
dos lábios é muitas
vezes empregada pelos
surdos. Linhas negras
sobre uma folha de papel
constituem o lado físico
de um poema. A bizarra
faculdade da telepatia
prova que, no fim das
contas, pode-se mesmo
dispensar o menor
estímulo físico para
estabelecer-se a
comunicação. (P. 84)
116. Se os nossos
familiares e os nossos
amigos existem
verdadeiramente, após
terem deixado o seu
corpo terreno, eles
possuem tudo o que é
necessário como aparelho
psíquico ou mental para
estabelecer uma
comunicação. O
instrumento físico que
lhes falta será suprido
com a presença de um
médium. (PP. 84 e 85)
117. Myers, em seu livro
A Personalidade
Humana, assevera: “A
descoberta da telepatia
nos revela a
possibilidade de uma
comunicação entre todas
as formas da vida. E se,
como a nossa evidência
atual o indica, essas
relações telepáticas
podem existir entre os
Espíritos encarnados e
desencarnados, essa lei
deve ser o centro mesmo
da evolução cósmica”.
(P. 87)
(Continua no próximo
número.)