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Estudando
a série André Luiz |
Ano 1 - N° 39 -
20 de Janeiro de
2008
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MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Missionários da Luz
André Luiz
(Parte 15)
Continuamos nesta edição
o estudo da obra
Missionários da Luz,
de André Luiz,
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
e publicada pela editora
da Federação Espírita
Brasileira, a qual
integra a série
iniciada com o livro
Nosso Lar.
Questões preliminares
A. Qual é, em geral, a
causa dos abortos
espontâneos?
R.: O aborto raramente
se verifica devido a
causas ligadas à esfera
de ação espiritual.
Regra geral, origina-se
do recuo inesperado dos
pais diante das
obrigações assumidas, ou
dos excessos de
leviandade e
inconsciência criminosa
de mães despreparadas
para esse ministério
divino. Se os pais
terrestres, retrocedendo
nas decisões
espirituais, perseveram
sistematicamente no
erro, os Espíritos os
deixam entregues à
própria sorte. É por
isso que existem muitos
casais humanos sem
filhos, visto que
anularam as próprias
faculdades geradoras.
(Missionários da Luz,
cap. 14, pp. 236 a 238.)
B. É verdade que nós, os
encarnados, nos
alimentamos de formas
mentais?
R.: Sim. Nós nos
alimentamos diariamente
de formas mentais, sem
ser preciso, para isso,
utilizar a boca física.
Valemo-nos da capacidade
de absorção do organismo
perispirítico. No lar,
na via pública, no
trabalho, nas diversões,
cada criatura recebe o
alimento mental que lhe
é trazido por aqueles
com quem convive,
temperado com o
magnetismo pessoal de
cada um. Dessa
alimentação dependem, na
maioria das vezes,
sobretudo para quem
ainda não tem o domínio
das próprias emoções, os
estados íntimos de
felicidade ou desgosto,
de prazer ou sofrimento.
É comum o homem sentir a
perturbação do fígado
após um atrito verbal,
ou o desequilíbrio
momentâneo do coração ao
receber uma notícia
angustiosa. A explicação
é simples: o homem
recebe "certa quantidade
de força mental" em seu
campo de pensamento,
como o fio recebe a
"carga de eletricidade
positiva". O ponto de
recepção está
efetivamente no cérebro,
mas, se a pessoa não
está identificada com a
lei de domínio emotivo,
ambientará a força
perturbadora dentro de
si mesma, na intimidade
das células orgânicas,
com grande prejuízo para
as zonas vulneráveis.
(Obra citada, cap. 14,
pp. 239 a 241.)
C. Que acontece ao
reencarnante durante a
gestação?
R.: Ele permanece ligado
à mãe durante todo o
processo. Fios
tenuíssimos o prendem à
organização fetal e não
lhe é possível abandonar
a companhia maternal.
(Obra citada, cap. 14,
pp. 242 a 249.)
D. Entidades
desencarnadas de má
índole podem influir
sobre a gestante com o
objetivo de interromper
a gestação?
R.: Sim. Foi isso que se
deu no caso Volpíni, que
já havia atingido o
sétimo mês de gestação,
mas corria risco de um
aborto. Seria o terceiro
provocado
inconscientemente pela
gestante, em virtude do
excesso de leviandades e
de irreflexão diante da
vida. A infeliz
deixou-se empolgar pela
idéia de gozar a vida e
juntou-se a entidades
desencarnadas da pior
espécie, as quais tudo
fariam para interromper
a gestação, porquanto um
filho atrapalharia seus
planos em relação à
mulher. O aborto acabou
ocorrendo. (Obra
citada, cap. 15, pp. 250
a 259.)
Texto para leitura
101. Aborto
natural - No dia
imediato à ligação de
Segismundo à gestante,
Raquel estava
indisposta, e assim
permaneceria alguns
dias, porquanto sentia o
esforço de adaptação. O
serviço de segmentação
celular e ajustamento
dos corpúsculos
divididos ao molde
perispirítico era
francamente mecânico,
mas recebia o toque
magnético dos Espíritos
Construtores. O corpo
carnal é um edifício
delicado e complexo;
urge cuidar de seus
alicerces com serenidade
e conhecimento. Os
Espíritos que auxiliam o
processo reencarnatório
têm grande
responsabilidade na
missão construtiva do
mecanismo fetal, para
que a reencarnação não
venha a falhar. Por
isso, o aborto raramente
se verifica devido a
causas ligadas à esfera
de ação espiritual.
Regra geral, origina-se
do recuo inesperado dos
pais diante das
obrigações assumidas, ou
dos excessos de
leviandade e
inconsciência criminosa
de mães despreparadas
para esse ministério
divino. Se os pais
terrestres, retrocedendo
nas decisões
espirituais, perseveram
sistematicamente no
erro, os Espíritos os
deixam entregues à
própria sorte. É por
isso que existem muitos
casais humanos sem
filhos, visto que
anularam as próprias
faculdades geradoras.
(Cap. 14, pp. 236 a 238)
102. Alimento
mental - Nós
nos alimentamos
diariamente, disse o
instrutor Apuleio, de
formas mentais, sem ser
preciso, para isso,
utilizar a boca física.
Valemo-nos da capacidade
de absorção do organismo
perispirítico. No lar,
na via pública, no
trabalho, nas diversões,
cada criatura recebe o
alimento mental que lhe
é trazido por aqueles
com quem convive,
temperado com o
magnetismo pessoal de
cada um. Dessa
alimentação dependem, na
maioria das vezes,
sobretudo para quem
ainda não tem o domínio
das próprias emoções, os
estados íntimos de
felicidade ou desgosto,
de prazer ou sofrimento.
É comum o homem sentir a
perturbação do fígado
após um atrito verbal,
ou o desequilíbrio
momentâneo do coração ao
receber uma notícia
angustiosa. A explicação
é simples: o homem
recebe "certa quantidade
de força mental" em seu
campo de pensamento,
como o fio recebe a
"carga de eletricidade
positiva". O ponto de
recepção está
efetivamente no cérebro,
mas, se a pessoa não
está identificada com a
lei de domínio emotivo,
ambientará a força
perturbadora dentro de
si mesma, na intimidade
das células orgânicas,
com grande prejuízo para
as zonas vulneráveis. O
próprio André Luiz disse
a Apuleio que, embora a
sua condição de entidade
desencarnada, não se
sentia ainda à altura de
receber certas notícias,
sem alterações do seu
campo emocional. Apuleio
explicou-lhe o motivo:
André estava fazendo
ainda o longo curso de
autodomínio. Somente
depois de concluído é
que ele saberia
selecionar as forças que
o procuram, ambientando
nas zonas íntimas da
alma somente aquelas de
teor reconfortante ou
construtivo. (Cap. 14,
pp. 239 a 241)
103. Escolha do
elemento masculino de
fecundação - Nem
sempre é possível contar
com o concurso
espiritual na escolha do
elemento masculino de
fecundação, como se deu
no caso de Segismundo,
em que a atuação de
Alexandre foi
fundamental. Isso
depende do merecimento
das pessoas envolvidas.
Mas, quando o fator
magnético não procede de
cooperação elevada dessa
ordem, ele prevalece do
mesmo modo, porquanto o
óvulo feminino –esfera
passiva– está igualmente
impregnado de energias
de atração, cheio de
força receptiva. Ora, se
esse óvulo está imantado
de energias
desequilibrantes,
naturalmente exercerá
especial atração sobre o
elemento masculino que
se aproxime de sua
natureza intrínseca.
Assim, a célula
masculina que atinge o
óvulo, para fecundá-lo,
não é a mais apta em
sentido de
"superioridade", mas em
sentido de "sintonia
magnética", em todos os
casos de fecundação para
o mundo das formas. Esta
é a lei. As células
possuem também o seu
individualismo magnético
algo independente, no
campo das manifestações
vitais. Se a mulher pode
escolher seu
companheiro, também a
célula feminina, na
maioria das vezes, pode
exercer a sua atuação na
escolha do elemento que
a fecundará. Trata-se de
um problema de Ciência,
sem alusão aos aspectos
espirituais das tarefas,
missões ou provas.
Quanto a isso, sabe-se
que as autoridades
espirituais dispõem de
suficiente poder para
intervir na lei
biogenética, dentro de
certos limites,
ajustando-lhe as
disposições, a caminho
de objetivos especiais.
(Cap. 14, pp. 241 e 242)
104. Sem visitas
nos primeiros vinte dias
- Algumas entidades
desencarnadas vieram
visitar Raquel e
Segismundo, mas Apuleio
não autorizou a visita,
esclarecendo que era
preciso aproveitar o
escasso tempo de
harmonia relativa da
mente maternal para
delicados serviços de
magnetização celular
mais urgente. Depois do
vigésimo dia, porém,
quando o embrião atinge
a configuração básica,
mãe e filho poderiam ser
visitados a qualquer
hora, porque então ambos
conseguiriam ausentar-se
do corpo com facilidade.
No momento, Segismundo
não podia afastar-se da
mãe, e Raquel, mesmo em
estado de sono físico,
era obrigada a
permanecer junto dos
Espíritos Construtores,
a pequena distância. O
momento era delicado e
não podiam eles distrair
a atenção um instante
sequer. Depois da
vesícula germinal,
formaram-se, com a
cooperação magnética dos
Espíritos Construtores,
três folhetos
blastodérmicos,
aproveitando-se o molde
idealizado mentalmente
por Raquel, que foi
aplicado sobre o modelo
vivo de Segismundo. Os
trabalhos dos técnicos
espirituais eram, em
tudo, semelhantes aos
serviços de uma sessão
de materialização.
Raquel funcionava ali
como "médium" da vida.
Adelino era como se
fosse o "orientador
mediúnico". A diferença
essencial era que, na
materialização de
desencarnados,
gastavam-se algumas
horas de preparação para
um ressurgimento
incompleto e
transitório, ao passo
que ali seriam gastos
nove meses consecutivos
para a reencarnação
tangível da alma, em
caráter definitivo e
mais ou menos longo. O
folheto blastodérmico
inferior, obedecendo às
disposições do molde
vivo, enrolava-se,
apresentando os
primórdios do tubo
intestinal; o folheto
superior, da mesma
forma, formava os tubos
epidérmico e nervoso, e
o folheto médio dava
lugar às primeiras
manifestações da coluna
vertebral, dos músculos
e vasos diversos. Por
vezes, nos pródromos da
formação dos órgãos mais
importantes, os
Espíritos Construtores
detinham-se em oração,
suplicando as bênçãos de
Jesus para a tarefa
iniciada, momentos em
que brilhantes luzes
procedentes do Alto
derramavam-se através da
câmara,
incentivando-lhes a
ação. (Cap. 14, pp. 242
a 245)
105. Tarefa
inicial concluída
- No vigésimo dia de
serviço, o trabalho
básico estava pronto.
Alguns cooperadores
poderiam mesmo
afastar-se, porque, para
a continuidade da
tarefa, bastariam dois
deles, associados ao
esforço contínuo de
Herculano. Nesse dia, a
forma física de
Segismundo, acomodada no
líquido amniótico, dava
a perfeita impressão de
um peixe, como a lembrar
as velhas épocas de
nossa passagem pelas
correntes marinhas. Na
noite daquele dia, a
visitação passou a ser
permitida e não foram
poucos os amigos
espirituais que
aguardavam esse momento.
Raquel sentia-se agora
aliviada e quase ditosa,
o mesmo ocorrendo com
Segismundo. Fios
tenuíssimos prendiam-no
à organização fetal. À
medida que Raquel se
afastava, Segismundo
também podia afastar-se,
não lhe sendo possível
abandonar a companhia
maternal. Raquel
asilava-o nos seus
braços carinhosos,
enquanto sorria fora do
campo material mais
denso. A trégua se
fizera para todos,
exceto para Herculano,
que não arredou da
câmara, sempre
vigilante. Os amigos de
Adelino o conduziam a
planos diferentes,
enquanto Raquel e seu
filhinho recebiam a
companhia dos amigos,
que os conduziam a
extenso jardim na
própria Crosta, onde
muitos amigos
desencarnados, ali
presentes, compunham
tônicos e bálsamos
reconfortadores com as
emanações das plantas e
das flores,
derramando-os sobre
Raquel e o filhinho,
fortificando-os para a
luta. Rara era a noite
em que não vinham
Espíritos agradecidos a
Segismundo velar pela
harmonia de sua nova
encarnação, prestando à
casa, aos pais e a ele
mesmo os mais variados
auxílios. Alexandre
falou a André, comovido:
Está pronto o serviço
de reencarnação inicial.
O trabalho completo, com
a plena integração de
nosso amigo nos
elementos físicos,
somente se verificará de
agora a sete anos!
(Cap. 14, pp. 246 a 249)
106. O caso
Volpíni -
Apuleio levou André Luiz
para acompanhar o
processo reencarnatório
de Volpíni, que já
atingira o sétimo mês de
gestação, sob risco,
porém, de novo aborto.
Seria o terceiro
provocado
inconscientemente pela
gestante, Cesarina, em
virtude do excesso de
leviandades e de
irreflexão diante da
vida. Quando os
desequilíbrios se
localizam na esfera
paternal ou procedem da
influência de
desencarnados, existem
recursos espirituais que
podem ser interpostos.
Mas, se a desarmonia
parte do campo maternal,
é muito difícil
estabelecer proteção
eficiente. Cesarina já
provocara o aborto
inconsciente duas vezes.
A infeliz deixou-se
empolgar pela idéia de
gozar a vida e juntou-se
a entidades
desencarnadas da pior
espécie. Naquela noite,
que seria decisiva para
Volpíni, o Espírito
reencarnante, a gestante
havia programado certas
extravagâncias, cujas
conseqüências poderiam
ser fatais. De fato, o
ambiente nos aposentos
de Cesarina não era
agradável: ali se
encontravam três
entidades de aspecto
horrendo, que, em
virtude de seu baixo
padrão vibratório, não
perceberam a presença de
André e de seu
instrutor. A conversa
entre eles era de nível
baixíssimo. Percebia-se
claramente que tudo
fariam para interromper
a gestação, porquanto um
filho atrapalharia os
seus planos em relação a
Cesarina. Se o filho
nascesse, o marido
voltaria para casa e
tudo iria por água
abaixo. O aposento
estava desguarnecido de
defesas magnéticas e não
se via ali o movimento
de visitação espiritual
superior, que sucedia em
casa de Raquel e
Segismundo. Apuleio
mostrou a André que
muitas vezes eles operam
debaixo de verdadeiras
tormentas de ódio, que
desintegram os melhores
elementos magnéticos de
cooperação. O caso de
Volpíni era típico.
Cesarina poderia contar
com diversas amizades,
mas ela mesma se
incumbiu de obrigá-las à
ausência. O próprio pai,
que a estimava muito,
tanto padeceu por ela
que os seus superiores
submeteram-no a
tratamento para
esquecimento temporário
da filha, até que ele se
recordasse e se
aproximasse dela sem
angústias emotivas. O
mundo espiritual possui
recursos para levar uma
pessoa ao esquecimento
passageiro, quando isso
se faz imprescindível,
porquanto a dureza e a
ingratidão não podem
perseguir o amor puro.
(Cap. 15, pp. 250 a 254)
107. Cesarina
provoca seu terceiro
aborto - Os
Espíritos Construtores
que velavam por Volpíni
disseram a Apuleio que a
situação era muito
grave. A gestante
afundava-se cada vez
mais nos desequilíbrios
destruidores. Unindo-se
voluntariamente às
entidades viciosas que a
cercavam, entregava-se
agora a prazeres e
abusos de toda sorte.
Seus desvios sexuais
estavam sendo
lastimáveis e o uso de
alcoólicos era
crescente. A posição do
reencarnante era
insustentável. Cesarina
utilizava certos
recursos para disfarçar
a gravidez adiantada e
permaneciam a seu lado
as entidades inferiores
a que André se referira.
Examinando o feto, André
ficou estupefato. A
forma física do feto
demonstrava manchas
violáceas, revelando
dilacerações. Pequeninos
monstros, somente
perceptíveis ao olhar de
André, nadavam no
líquido amniótico,
invadindo o cordão
umbilical e
apropriando-se da maior
parte do delicado
alimento reservado ao
feto. O aborto não
demoraria: Se a
infeliz obcecada pelos
prazeres criminosos não
se detiver, nesta noite,
– disse-lhe Apuleio
–, a organização fetal
será expelida até amanhã.
Foi o que aconteceu. De
nada adiantou Apuleio
colocar a destra sobre a
fronte de dona
Francisca, a dona da
casa, que chegara há
pouco. Apesar dos
conselhos que Francisca
lhe deu, advertindo-a
para a gravidade da
situação, Cesarina,
deixando-se envolver
pela influência do mal,
riu-se e saiu para mais
uma noitada de prazeres.
Apuleio, por duas horas
seguidas, influenciou
dona Francisca, usando
os recursos da caridade,
da lógica e da
paciência. Tudo, porém,
em vão. O ambiente era
de consternação, porque
os Espíritos elevados,
apesar de equilibrados,
não são criaturas
insensíveis. Cesarina
penetrou grande salão
repleto de homens e
mulheres inquietos,
excitados pela música
bulhenta e estonteadora,
em meio a uma assembléia
invisível de condição
grosseira e muito mais
numerosa, tomada da
mesma alucinação.
Apuleio aproximou-se e
retirou Volpíni, que
parecia uma criança
semiconsciente. Ele
aplicou, ali mesmo,
passes magnéticos em
toda a região uterina,
com infinito cuidado.
Era o socorro que
prestava à gestante
invigilante, que
precisaria continuar a
vida terrestre, para ver
se aproveitava alguma
coisa... Volpíni foi
conduzido a uma
organização socorrista.
No dia imediato,
Cesarina era recolhida a
uma casa de saúde, em
estado grave, porquanto
acabara de dar à luz uma
criança morta. (Cap. 15,
pp. 255 a 259)
(Continua
no próximo número.)
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