Processo
educativo da reencarnação
A
reencarnação não seria
parte do processo educativo do
Espírito imortal se ela, como
Lei Divina, não objetivasse o
aprimoramento espiritual.
Quando
cursamos a escola, em seus
diferentes graus, precisamos
receber as informações
teóricas, mas, também, os
exercícios práticos que nos
consolidem o conhecimento
adquirido.
Na
escola do renascimento
receberemos as lições das
dificuldades e lutas, dores e
tentações. Nas amplas
lições da vida encontraremos
afeições que o rastro do
tempo consolidou e nos aquecem
o coração; todavia, pelo
mesmo processo, rentearão
conosco, no ambiente da
família ou nos círculos de
trabalho, antigos desafetos
impondo-nos a dificuldade da
convivência e do
relacionamento tranqüilo,
manifestando-se a aversão
oculta ou ostensiva.
Às
vezes desfrutaremos a
tranqüilidade do clima
social, não obstante
enfrentemos os tensos
conflitos dentro do lar, pois
a Lei da Reencarnação
impor-nos-á sempre a
necessidade do reajuste com
aqueles que nos desarmonizamos
no passado mais distante.
Descortinando
o entendimento da
reencarnação, devidamente
associada, à Lei de Ação e
Reação, compreenderemos que
quem nos fere, de maneira
contundente, são aqueles
mesmos que colocamos as pedras
nas mãos, ensinando-os a
atirarem-nas no próximo.
Quem, na atualidade, usa a
palavra para nos ferir,
caluniar, magoar, podem ser os
que adestramos no uso
impensado e negativo da
palavra e que fariam coro com
as nossas condenações
injustas.
Hoje,
convivemos com almas generosas
que nos apóiam, nos estimulam
e nos ensinam, agasalhando-nos
a alma no seu clima amoroso,
todavia recebemos, ainda, as
farpas cruéis que
arremessamos, no passado,
chegando-nos, na atualidade,
por pessoas que foram as
nossas vítimas.
Lançando
o olhar de entendimento sobre
o caminho da vida eterna,
desejemos compreender para
amar.
Nesse
sentido, amar não será a
atitude passiva da aceitação
ingênua de tudo que nos
circunvolve, inclusive no
confronto com quem nos
desajustamos, no passado.
Esse
sentimento de amor deverá
trazer implícita a
necessidade do entendimento
dos atos justos e injustos que
nós praticamos, bem como os
perpetrados pelos nossos
desafetos.
Impõe-nos
a auto-educação dos
sentimentos e emoções e,
também, a obrigação de
ajudarmos com clareza,
realidade e justiça os nossos
agressores, a fim de reajustem
seus comportamentos, pois o
mal não é bom para ninguém.
Se
o nosso próximo não nos
compreende, vamos saber,
dentro do possível, porque
ele age dessa maneira; se ele
tiver razão corrijamo-nos,
senão tiver esforcemo-nos
para esclarecê-lo em seus
equívocos.
No
processo educativo da
reencarnação, ao nos
defrontarmos com problemas
cujas causas estão enraizadas
no passado distante ou no
tempo mais próximo, foquemos
a resposta justa, exercitando
a compreensão correta e a
ação adequada à solução
pretendida.
Essa
é a vivência do amor,
orientando-nos na longa
caminhada para a perfeição
que, como filhos de Deus,
somos susceptíveis.