Calma e fé
Realmente, não
te será possível deter as vítimas
da precipitação.
Aqui, é alguém
que clama intempestivamente por
dias melhores, sem despender
qualquer esforço para
alicerçá-los.
Ali, é o amigo
que desiste da tolerância e se
desequilibra no espinheiral da
irritação.
Mais adiante, é o doente exigindo
a própria cura em poucas horas,
depois de organizar campo adequado
para a longa enfermidade que o
aflige.
Com todos esses casos rentearás,
inclusive, talvez, através de
familiares queridos que se mostrem
incursos nesses quadros de
intemperança mental, a se
expressarem por estranhas
perturbações.
Lembrar-te-ás,
porém, de que a ansiedade
negativa, só por si, nunca serviu
a ninguém.
A aflição
inútil quase sempre apenas
mentaliza alucinações suscetíveis
de piorar quaisquer problemas, já
de si mesmos graves e complicados.
Observa os
padrões da Natureza.
A árvore não
frutesce sem habilitar-se no tempo
para isso.
Por mais
vocifere um homem reclamando a luz
solar direta num hemisfério em que
o relógio aponta a meia-noite,
reconhecer-se-á obrigado a esperar
pelo amanhecer.
A lâmpada para
fazer-se clarão deve ajustar-se à
voltagem a que se vincula.
E uma criança,
por mais prodígios de
inteligência, dos quais dê
testemunho, somente abraçará
determinadas responsabilidades
quando o tempo lhe acrescente
madureza ao raciocínio.
Nas provas com
que te defrontes, conserva a
serenidade da paciência para que
te sobreponhas aos impactos
inevitáveis do sofrimento que, na
Terra, comparece no caminho de
todos.
Age e constrói,
abençoa e auxilia sempre para o
bem, mas não te esqueças de que se
não consegues estabelecer a
harmonia e a segurança no íntimo
dos outros, podes claramente
guardar a calma e a fé no próprio
coração.
(Mensagem psicografada por
Francisco Cândido Xavier,
constante do livro “Amigo”,
de 1979, publicado pela editora do
CEU - Cultura Espírita União.)