Alguém por certo
lhe descreveria
uma mãe!
E saiu pela
floresta num lindo
dia de sol.
Escondida
entre as folhas de
um pequeno arbusto
encontrou uma
coelhinha.
–
Dona Coelha, o que
é uma
"mãe"?
– perguntou.
Neste
instante surgiu
seu filhotinho que
se atirou nos
braços da mamãe
Coelha, assustado
com alguma coisa.
E
o bichinho, todo
coberto de lindos
pêlos brancos,
respondeu, após
pensar um pouco,
enquanto
acariciava o seu
filho:
–
Ah! Mãe é aquela
que protege dos
perigos!
Andou
mais um pouco e
encontrou a dona
Coruja num galho
de árvore.
–
Dona Coruja, o que
é uma
"mãe"?
Fitando
as corujinhas com
seus enormes olhos
arregalados cheios
de ternura, ela
respondeu:
–
É aquela que ama
os lindos
filhotinhos que
Deus lhe deu!
O
indiozinho
afastou-se ainda
sem entender, pois
os filhotes da
dona Coruja eram
muito feios.
Mais
adiante o pequeno
índio encontrou
uma passarinha que
trazia, presa ao
bico, uma
apetitosa minhoca.
–
Dona Passarinha, o
que é uma
"mãe"?
Sem
hesitar, ela
respondeu, após
colocar a minhoca
na boca do
filhotinho que
esperava ansioso
no ninho.
–
"Mãe"
é quem alimenta,
para que o seu
pequeno cresça
forte e sadio, –
afirmou, convicta.
O
índio agradeceu e
continuou o seu
caminho.
Logo
adiante, encontrou
uma gata que
lambia
cuidadosamente as
costas do seu
filhotinho. E
perguntou:
–
Dona Gata, a
senhora pode me
dizer o que é uma
"mãe"?
E
a gata respondeu,
sem parar o que
estava fazendo:
–
Não tenho duvida
de que
"mãe"
é quem lava e
cuida para que o
pequeno esteja
sempre limpinho.
Já
estava um pouco
tarde e o
indiozinho
precisava voltar
para casa antes do
anoitecer. Estava
tão confuso!
Todos a quem
perguntara tinham
dito coisas
diferentes e ele
não entendia o
porquê.
Caminhando
rapidamente,
tropeçou num
tronco e caiu,
machucando a perna
numa lasca de
árvore. Sentindo
muita dor, ele
continuou o seu
caminho com grande
dificuldade.
Ao
aproximar-se da
aldeia, já viu
que algo estava
acontecendo, pois
todos pareciam
preocupados. Ao
vê-lo chegando,
aquela que cuidava
dele correu a
encontrá-lo,
aflita:
–
Aonde você foi?
Estava preocupada!
A noite chegou e
você não
apareceu! Mas
está machucado! E
olhe que sujeira!
Venha. Vamos lavar
o ferimento e
fazer um curativo.
Está com fome?
Preparei aquele
ensopado de
legumes de que
você mais
gosta...
Olhando
a mulher que
falava e que o
fitava com tanto
amor, tanto
carinho por sua
pessoa, além da
evidente
preocupação com
seu bem-estar, o
indiozinho
lembrou-se do que
seus amigos da
floresta lhe
haviam dito.
E
não teve mais
dúvidas. Como
não percebera
isso antes? Ela
era a síntese de
tudo o que eles
disseram e muito
mais ainda.
Com
os olhos úmidos
de pranto ele
falou, enternecido
e confiante:
–
MAMÃE!!...
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Desejamos
um FELIZ DIA DAS
MÃES a todas as
mães do mundo!
Tia Célia