MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
Nosso
Lar
André
Luiz
(4ª
Parte)
Continuamos
a apresentar o texto condensado do
livro "Nosso Lar", de
André Luiz, psicografado pelo
médium Francisco Cândido Xavier e
publicado pela editora da
Federação Espírita Brasileira, o
qual deu início à Série André
Luiz.
Questões
preliminares
A.
Quando e como surgiu a colônia
espiritual "Nosso Lar"?
R.:
A colônia "Nosso Lar" foi
fundada por portugueses
desencarnados no Brasil, no século
XVI. No início, foi enorme e
exaustiva a luta. Os fundadores da
colônia começaram o esforço,
partindo da praça onde se localiza
hoje a Governadoria, um palácio de
magnificente beleza, encabeçado de
torres soberanas, que se perdem no
céu, ponto de convergência dos
seis ministérios.
(Nosso Lar, cap. 8, pp. 52 e 53.)
B.
De que os habitantes de "Nosso
Lar" se alimentam?
R.:
Suprimento de substâncias
alimentícias que lembram a Terra
só existe em dois ministérios: os
da Regeneração e do Auxílio, onde
há sempre grande número de
necessitados. Nos outros há somente
o indispensável, isto é, o
serviço de alimentação obedece a
inexcedível sobriedade, em que a
utilização da água e a absorção
de princípios vitais da atmosfera
têm grande importância.
(Nosso Lar, cap. 9, pág. 57.)
C.
Em que consiste o aeróbus?
R.:
O aeróbus é um carro suspenso do
solo a uma altura de cinco metros,
do tipo funicular, em que o sistema
de tração é por meio de cabos,
como os teleféricos. Constituído
de material muito flexível, tinha
ele enorme comprimento e parecia
ligado a fios invisíveis. Muito
veloz, constituía na época o meio
de locomoção mais usado na
colônia. (Nosso
Lar, cap. 10, pp. 59 e 60.)
D.
Onde se localiza na colônia o
Bosque das Águas?
R.:
Situado a 40 minutos de viagem de
aeróbus, o Bosque das Águas, um
lugar dotado de muita vegetação,
com flores azulíneas e árvores
frondosas, localiza-se às margens
do Rio Azul, um grande rio de água
cristalina que é inteiramente
absorvido em grandes caixas de
distribuição, para servir de
alimento e remédio na colônia. (Nosso
Lar, cap. 10, pp. 60 e 61.)
Texto para leitura
24.
O Ministério do Auxílio –
Em "Nosso Lar", um fato
que o impressionou muito foi o
espetáculo das ruas. Avenidas
vastas, enfeitadas de árvores
frondosas. Ar puro, atmosfera de
profunda tranqüilidade espiritual.
Ele se encontrava no Ministério do
Auxílio, onde se atendem os
doentes, ouvem-se rogativas,
selecionam-se preces, preparam-se
reencarnações terrestres,
organizam-se turmas de socorro aos
habitantes do Umbral ou aos que
choram na Terra, e estudam-se
soluções para todos os processos
que se prendem ao sofrimento. (Cap.
8, pp. 50 e 51)
25.
Os demais Ministérios – A
colônia "Nosso Lar",
dirigida por um Governador
Espiritual, divide-se em seis
Ministérios, orientados cada qual
por doze Ministros: Ministérios da
Regeneração, do Auxílio, da
Comunicação, do Esclarecimento, da
Elevação e da União Divina. Os
dois últimos ligam a colônia ao
plano superior; os quatro primeiros
a aproximam das esferas terrestres.
"Nosso Lar" é zona de
transição. (Cap. 8, pág. 51)
26.
A origem da colônia –
"Nosso Lar" foi fundada
por portugueses distintos,
desencarnados no Brasil, no século
XVI. No início, foi enorme e
exaustiva a luta. Os trabalhos
primordiais foram desanimadores,
mesmo para os espíritos fortes.
Onde hoje se congregam vibrações
delicadas e nobres, edifícios de
fino lavor, misturavam-se as notas
primitivas dos silvícolas do país
e as construções infantis de suas
mentes rudimentares. Os fundadores
da colônia começaram o esforço,
partindo da praça onde se localiza
hoje a Governadoria – um palácio
de magnificente beleza, encabeçado
de torres soberanas, que se perdem
no céu. Ali é o ponto de
convergência dos seis ministérios.
Todos começam da Governadoria,
estendendo-se em forma triangular.
(Cap. 8, pp. 52 e 53)
27.
O Governador – A colônia
possuía, para os trabalhos
administrativos, três mil
funcionários. O mais infatigável
deles era o Governador, que já
estava 114 anos no cargo, sem jamais
tirar férias e quase nunca
repousar, embora concedesse aos
habitantes da colônia períodos de
descanso e os obrigasse a férias
periódicas. Raramente o viam até
mesmo em festividades públicas,
pois sua glória parecia ser o
serviço perene. (Cap. 8, pág. 53)
28.
Alimentação em "Nosso
Lar" – Não há em
"Nosso Lar" um Ministério
da Economia. As atividades de
abastecimento ficaram reduzidas a
simples serviço de distribuição,
sob o controle direto da
Governadoria, mas, um século
atrás, tudo era diferente. Muitos
espíritos recém-chegados a
"Nosso Lar" duplicavam
exigências. Queriam mesas lautas,
bebidas excitantes. Só o
Ministério da União Divina ficou
imune a tais abusos. A pedido do
Governador, 200 instrutores de uma
esfera muito elevada vieram a
"Nosso Lar" para ensinar
novos conhecimentos relativos à
ciência da respiração e da
absorção de princípios vitais da
atmosfera. Houve, porém, grandes
lutas para que isso fosse aceito.
Após muita discussão e anos de
estudos e excursões a planos mais
elevados, os adeptos dos métodos de
espiritualização foram aumentando
e a idéia prevaleceu. (Cap. 9, pp.
54 e 55)
29.
Protestos e rebeldia –
Antes disso, registraram-se
protestos públicos e atos de
rebeldia, principalmente no
Ministério do Esclarecimento e na
Regeneração, então departamento.
Ocorreram cisões nos órgãos
coletivos de "Nosso Lar",
dando ensejo a perigoso assalto das
multidões obscuras do Umbral, que
tentaram invadir a cidade,
aproveitando brechas nos serviços
de Regeneração, onde grande
número de trabalhadores entretinha
certo intercâmbio clandestino, em
virtude dos vícios de
alimentação. (Cap. 9, pág. 56)
30.
A vitória do bom senso – O
Governador agiu energicamente:
fechou o Ministério da
Comunicação, isolou os
recalcitrantes, advertiu o
Ministério do Esclarecimento, cujas
impertinências suportou por mais de
30 anos consecutivos, proibiu
temporariamente os auxílios às
regiões inferiores e mandou ligar
as baterias elétricas das muralhas
da cidade, para a defesa comum.
"Por mais de seis meses, os
serviços de alimentação, em
"Nosso Lar", foram
reduzidos à inalação de
princípios vitais da atmosfera,
através da respiração, e água
misturada a elementos solares,
elétricos e magnéticos." A
colônia ficou sabendo, então, o
que vem a ser a indignação do
espírito manso e justo. Mas, findo
o período mais agudo, a
Governadoria estava vitoriosa e o
próprio Ministério do
Esclarecimento reconheceu o erro e
cooperou nos trabalhos de
reajustamento. Desde então, só
existe maior suprimento de
substâncias alimentícias que
lembram a Terra nos Ministérios da
Regeneração e do Auxílio, onde
há sempre grande número de
necessitados. Nos demais há somente
o indispensável, isto é, o
serviço de alimentação obedece a
inexcedível sobriedade,
reconhecendo todos que a suposta
impertinência do Governador
representou medida de elevado
alcance para a libertação
espiritual da própria colônia.
(Cap. 9, pág. 57)
31.
Aeróbus – André Luiz
descreve o aeróbus como sendo um
carro suspenso do solo a uma altura
de cinco metros, do tipo funicular,
em que o sistema de tração é por
meio de cabos, como os teleféricos.
Constituído de material muito
flexível, tinha ele enorme
comprimento e parecia ligado a fios
invisíveis. Muito veloz, o aeróbus
fazia ligeiras paradas de três em
três quilômetros. (Cap. 10, pp. 59
e 60)
32.
Bosque das Águas – Situado
a 40 minutos de viagem de aeróbus,
o Bosque das Águas, um lugar dotado
de muita vegetação, com flores
azulíneas e árvores frondosas,
localiza-se às margens do Rio Azul,
um grande rio de água cristalina
que é inteiramente absorvido em
grandes caixas de distribuição,
para servir de alimento e remédio
na colônia. Lísias explicou que o
Bosque é uma das mais belas
regiões de "Nosso Lar".
"Trata-se de um dos locais
prediletos para as excursões dos
amantes, que aqui vêm tecer as mais
lindas promessas de amor e
fidelidade, para as experiências da
Terra", acrescentou o amigo de
André. (Cap. 10, pp. 60 e 61)
33.
A água em "Nosso Lar"
– Muito mais tênue e pura, quase
fluídica, a água do Rio Azul é
magnetizada pelos Ministros da
União Divina, detentores do maior
padrão de espiritualidade superior
em "Nosso Lar". (Cap. 10,
pp. 61 e 62)
Frases
e apontamentos importantes
XLIV.
Muitas entidades, ao desencarnar,
permanecem agarradas ao lar
terrestre, a pretexto de amarem os
que ficaram. Todavia, o verdadeiro
amor, para transbordar em
benefícios, precisa trabalhar
sempre. (Mãe de André Luiz, cap.
16, pág. 91)
XLV.
Após a morte do corpo físico, a
alma se encontra tal qual vive
intrinsecamente. (Mãe de André
Luiz, cap. 16, pág. 91)
XLVI.
Precisamos da adesão mental de
Laerte, para conseguir levantá-lo e
abrir-lhe a visão espiritual. Não
é possível acender luz em candeia
sem óleo e sem pavio... (Mãe de
André Luiz, cap. 16, pág. 92)
XLVII.
Instrua-se. Não perca tempo. O
interstício das experiências
carnais deve ser bem aproveitado. (Clarêncio,
cap. 17, pág. 96)
XLVIII.
Os escritores de má-fé, os que
estimam o veneno psicológico, são
conduzidos imediatamente para as
zonas obscuras do Umbral, e por aqui
não se equilibram, nem mesmo no
Ministério da Regeneração,
enquanto perseverem em semelhante
estado d'alma. (Laura, cap. 17,
pág. 98)
XLIX.
As refeições em "Nosso
Lar" são muito mais
agradáveis que na Terra. Há
residências na colônia que as
dispensam quase por completo, mas,
nas zonas do Ministério do
Auxílio, não se pode prescindir
dos concentrados fluídicos, tendo
em vista os serviços pesados e o
grande dispêndio de energias. (Laura,
cap. 18, pág. 100)
L.
O maior sustentáculo das criaturas
é o amor. Todo sistema de
alimentação, nas variadas esferas
da vida, tem no amor a base
profunda. A alma, em si, apenas se
nutre de amor. (Laura, cap. 18,
pág. 101)
LI.
O homem colhe o fruto do vegetal e o
transforma segundo o paladar que lhe
é próprio. As entidades
desencarnadas necessitam de
substâncias suculentas, tendentes
à condição fluídica, e o
processo será cada vez mais
delicado, à medida que se
intensifique a ascensão individual.
(Lísias, cap. 18, pág. 101)
LII.
A prática do bem constitui simples
dever. O homem encarnado saberá,
mais tarde, que a conversação
amiga, o gesto afetuoso, a bondade
recíproca, a confiança mútua, a
luz da compreensão, o interesse
fraternal constituem sólidos
alimentos para a vida em si. (Laura,
cap. 18, pág. 102)
LIII.
O sexo é manifestação sagrada
desse amor universal e divino, mas
é apenas uma expressão isolada do
potencial infinito. Entre os casais
mais espiritualizados, o carinho e a
confiança, a dedicação e o
entendimento mútuos permanecem
muito acima da união física,
reduzida entre eles a realização
transitória. (Laura, cap. 18, pág.
102)
LIV.
A permuta magnética é o fator que
estabelece ritmo necessário à
harmonia. Para que se alimente a
ventura, basta a presença e, às
vezes, apenas a compreensão. (Laura,
cap. 18, pp. 102 e 103)
LV.
Em "Nosso Lar" aprendemos
que a vida terrestre se equilibra no
amor, sem que a maior parte dos
homens se aperceba. Almas gêmeas,
almas irmãs, almas afins constituem
pares e grupos numerosos. Unindo-se
umas às outras, amparando-se
mutuamente, conseguem equilíbrio no
plano da redenção. Quando, porém,
faltam companheiros, a criatura
menos forte costuma sucumbir em meio
da jornada. (Judite, cap. 18, pág.
103)
LVI.
É por isso que o Evangelho de Jesus
registra: "Nem só de pão vive
o homem". (Lísias, cap. 18,
pág. 103)
LVII.
Os laços afetivos, no plano
espiritual, são mais belos e mais
fortes. O amor é o pão divino das
almas, o pábulo sublime dos
corações. (Laura, cap. 18, pág.
104)
LVIII.
A neurastenia e a inquietação
emitem fluidos pesados e venenosos,
que se misturam automaticamente às
substâncias alimentares. (Laura,
cap. 19, pág. 105)
(Continua
no próximo número.)
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