ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Por que creio na
imortalidade da alma
(Parte
10)
Sir Oliver Lodge
Damos
prosseguimento ao estudo
do clássico Por que
creio na imortalidade da
alma, de Sir Oliver
Lodge, de acordo com a
tradução feita por
Francisco Klörs Werneck,
publicada pela Federação
Espírita do Estado de
São Paulo em 1989.
Questões
preliminares
A. Como devemos agir com
relação às comunicações
mediúnicas?
R.: As mensagens
recebidas falam das
experiências no Além, de
assuntos terrenos e
muitas tratam de
“assuntos não
verificáveis”. Não temos
nenhum meio de pôr à
prova tais asserções ou
de verificar o que há de
verdade nessas
mensagens, razão pela
qual é preciso
considerá-las com
prudência. (Por que
creio na imortalidade da
alma, págs. 90 e 91.)
B. Qual é o objetivo das
mensagens espirituais?
R.: As mensagens
espirituais representam
tentativas para nos
convencer e não para nos
embalar, antes para nos
fazer entender que os
nossos chamados
desaparecidos estão
sempre ativos e vivos e
que eles são tão felizes
quanto lhes permitimos,
porque a nossa dor os
faz sofrer. (Obra
citada, pág. 92.)
C. Qual é, segundo
Lodge, um dos grandes
méritos das comunicações
mediúnicas?
R.: É o alívio e o
conforto que elas trazem
aos que se acham do
outro lado do véu. Nos
tempos de tristeza
geral, essas mensagens
são necessárias e bem
numerosas e nos vêm de
todas as maneiras.
(Obra citada, pág. 93.)
Texto para leitura
118. Como já foi dito,
os fatos da
personalidade múltipla
demonstram que, em
certas circunstâncias
excepcionais, um único
corpo humano pode ser
utilizado por várias
inteligências e não
apenas por uma. O dono
normal dele, por assim
dizer, pode ser às vezes
expulso e ter o seu
lugar tomado por outros.
(P. 88)
119. A
personalidade do
indivíduo parece
suspensa. Ela cai em
transe durante certo
tempo, ao passo que seu
cérebro e seu corpo
permanecem em atividade
e mensagens são
transmitidas a respeito
de fatos desconhecidos
dela, sem deixar
qualquer recordação
ulterior na sua memória.
(P. 89)
120. A
personalidade
secundária, no médium,
não é necessariamente
importuna ou molesta.
Pode mesmo ser razoável
e lógica, mas não é a
inteligência normal do
médium e a camada de
memória utilizada não é
a mesma. Fatos do
conhecimento de outras
pessoas são revelados.
Traços pessoais e certas
circunstâncias ou
características fornecem
as provas de identidade
do comunicante, tão
desejadas pelos
sobreviventes aflitos.
(P. 89)
121. Os modos de
conversão do pensamento
em movimentos físicos
são inúmeros e pouco
importantes para quem
deles se utiliza. A mão,
a laringe, os músculos
do braço, os músculos da
garganta são todos
fragmentos de matéria
submetidos à influência
mental pelo mecanismo do
cérebro e dos nervos
associados. Como são
postos em ação pelo
Espírito permanece um
enigma, mas é impossível
negar que são postos em
ação. (P. 90)
122. As mensagens
recebidas compõem um
gênero diversificado.
Algumas falam das
experiências no Além, do
meio de vida, das
dificuldades, de
assuntos terrenos e
muitas delas tratam de
“assuntos não
verificáveis”. (PP. 90 e
91)
123. Não temos nenhum
meio de pôr à prova tais
asserções ou de
verificar o que há de
verdade nessas
mensagens, razão pela
qual é preciso
considerá-las com
prudência. Uma
informação constante diz
que as condições do Além
se assemelham muito às
condições de cá embaixo.
Os Espíritos falam de
flores e de animais, de
pássaros e de livros, de
belezas de todas as
espécies. Afirmam eles
que não sabem muito mais
do que nós e que o seu
caráter e a sua
personalidade permanecem
os mesmos, embora também
progridam, de modo
lento, sem se
transformarem
bruscamente em seres
celestiais. (P. 91)
124. Os comunicantes
dizem ainda que as
coisas ao seu redor são
inteiramente sólidas e
substanciais e que agora
são as velhas coisas que
parecem quiméricas e
evanescentes. Assim,
apenas se dão conta dos
acontecimentos
terrestres para auxiliar
os que deles precisam ou
quando pensamos neles,
porque são grandemente
sensíveis à amizade e à
afeição e menos tímidos
em exprimir os seus
sentimentos. (P. 91)
125. Eles não parecem
achar-se em outra região
do espaço, mas estão em
relação íntima e
associados estreitamente
com sua nova ordem de
existência. A mesma
faculdade construtiva
que, de forma
inconsciente durante seu
longo período evolutivo,
é chamada a constituir o
seu antigo organismo
visível, parece capaz de
continuar a sua tarefa
sob condições novas e
lhes dá um outro corpo
ou modo de manifestação,
utilizando essa
substância que aí se
acha disponível e que se
pode hipoteticamente
supor seja o éter. (P.
91)
126. As mensagens
espirituais representam
tentativas para nos
convencer e não para nos
embalar, antes para nos
fazer entender que os
nossos chamados
desaparecidos estão
sempre ativos e vivos e
que eles são tão felizes
quanto lhes permitimos,
porque a nossa dor os
faz sofrer. (P. 92)
127. Um dos grandes
méritos das comunicações
recebidas em tais casos
é o alívio e o conforto
que elas trazem aos que
se acham do outro lado
do véu. Nos tempos de
tristeza geral, essas
mensagens são
necessárias e bem
numerosas e nos vêm de
todas as maneiras. (P.
93)
128. Fechando o
capítulo, Oliver Lodge
conta a fábula infantil
“O peixe e o pássaro”,
que retrata muito bem a
questão do ceticismo e
da indiferença que os
chamados sábios mantêm
com relação aos fatos
supranormais. (P. 94)
129. Um solitário
linguado - diz a estória
- se distraía nadando em
direção à margem de um
lago escocês. O acaso
fez com que uma
andorinha voejasse perto
dele. Ao vê-la, o peixe
murmurou: “É verdade! Há
seres vivos lá em cima!
Sempre pensei que tal
fosse possível. Bem que
se viram sombras e
outros indícios...” (P.
94)
130. Quando a andorinha
passou de novo por cima
dele, ele perguntou:
“Quem é você? Você tem
barbatanas?” A andorinha
respondeu: “Não nadamos.
Voamos”. E acrescentou:
“É quase a mesma coisa,
só que é mais belo, mais
rápido e muito melhor”.
Na seqüência, a
andorinha falou-lhe de
seu mundo, das coisas
que ela conhecia - as
árvores, as flores, os
frutos... -, coisas que
o peixe não podia,
evidentemente,
compreender nem explicar
aos seus companheiros do
lago, porque eles também
não entenderiam. (PP. 94
e 95)
(Continua no próximo
número.)