ORSON PETER
CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br
Matão, São Paulo
(Brasil)
Você perdeu o
Patch Adams?
Foi na noite de
segunda-feira,
dia 5 de
novembro, que o
consagrado
programa RODA
VIVA, da TV
CULTURA,
entrevistou o
médico
norte-americano
Patch Adams, que
ficou famoso com
o filme O
Amor é
contagioso,
com o ator
Robin Williams.
Fiquei muito
impressionado
com as idéias do
ilustre médico.
Está além de
nosso tempo. Sua
avançada
mentalidade, de
elevada moral,
está ainda
semeando no
vazio, pois
poucos poderão
compreender suas
idéias. Todavia,
é semeadura
expressiva que
vai germinar no
tempo certo, com
o amadurecimento
humano,
especialmente
diante de lutas
que estão nos
ensinando a
viver.
Ele criticou o
filme que tentou
materializar
suas idéias,
alegando estarem
incoerentes com
suas verdadeiras
idéias,
expressas
livremente na
entrevista.
Pediu desculpas
pelo governo de
seu povo, pois
sente-se
envergonhado
pela postura
americana frente
aos países mais
pobres no mundo.
Indagou por que
nós, os
brasileiros,
estamos
permitindo
dizimar a
floresta
amazônica.
Afirmou que
quando deixamos
de reagir frente
aos equívocos e
erros, quando
ignoramos a
corrupção ou
permitimos a
maldade, quando
deixamos de
pensar, de agir,
de ter
iniciativa,
estamos mortos,
controlados pela
vontade
alheia...
Sensacional sua
entrevista, sob
todos os pontos
de vistas.
Adorei! Que pena
que você
perdeu...
Felizmente o
material está
gravado no
acervo da
Cultura e,
esperamos, breve
esteja
disponível em
DVD para venda.
Suas idéias
defendem a
gentileza, o uso
da cortesia, a
fraternidade.
Indagou por que
nos deixamos
levar pela
carranca, pelo
pessimismo...
Disse que
precisamos fazer
uma revolução
diária de bom
humor, de
iniciativa, de
disposição, de
amor ao próximo.
Que todos ou
cada um, quando
quisermos,
transformaremos
o mundo, através
de abraços,
sorrisos e
posturas de
cordialidade uns
com os outros.
Indagado sobre a
maneira que se
veste (meias de
cor diferente,
roupas
extravagantes,
brincos ousados,
bigode enorme,
calças de
palhaço),
afirmou que em
todos os lugares
onde está, as
pessoas são
levadas a
perguntar a ele
por que se veste
assim. Ou, como
sua vestimenta
foge do comum,
sempre chama a
atenção de
alguma forma
para que a
pessoa, no
elevador, na
hall de um hotel
ou no metrô,
inicie conversa
com ele. Aí ele
apresenta suas
idéias. O que
ele deseja é
aproximar
pessoas, semear
o bem. Seu foco
é mesmo a
fraternidade no
trato, o carinho
espontâneo, a
atenção que
podemos
dispensar uns
aos outros, ao
invés de sermos
tratados como
números,
classificados de
acordo com a
doença ou
dificuldade que
apresentamos.
Daí a proposta
de novo modelo
para atuação
médica.
Por que não a
gentileza?,
indaga ele.
Por que a
agressão ao
diferente?,
pergunta com
ênfase. Por
que o medo, a
falta de
iniciativa, a
omissão? Qual a
razão de nos
deixarmos
conduzir por
cabeças alheias,
muitas vezes
medíocres,
quando podemos
pensar por nós
mesmos? São
questionamentos
que levantou.
Muito bom mesmo!
Sensacional.
Espero que a TV
CULTURA coloque
logo o DVD à
disposição em
seu site, para
que possamos
ver, refletir e
divulgar tais
idéias...