Das qualidades
distintivas da
atuação legítima
da Assistência
espiritual
desencarnada,
talvez a mais
relevante na
hora de se
estabelecer
credibilidade a
este ou aquele
mentor seja a
imparcialidade.
Sem embargo, tão
logo se
estabelece a
sintonia segura
com o nosso
mentor pessoal
−
aquele que se
responsabiliza
desde os
primórdios de
cada
reencarnação no
orbe pelo
acompanhamento
dos nossos
sucessos e
desafios na
esfera material
terrena
−
comparece,
evidente, este
característico,
presente em cada
comunicado,
orientação ou
mensagem dos
planos
invisíveis, com
o qual nos
concita a
exercitar o
discernimento
conferidor da
defesa contra as
usuais
armadilhas dos
obsessores.
Na época do
lançamento da
obra O
Pretoriano
−
romance
mediúnico de
autoria
espiritual do
meu mentor, Caio
Fábio Quinto
−,
fui compelida de
maneira
inequívoca à
leitura de uma
obra até então
por mim
completamente
ignorada
intitulada
Comentários das
Guerras Gálicas
(*).
Isto porque,
uma vez
concluída a obra
no manuscrito,
e, então, alguns
anos após,
enviada à
editora para
publicação,
importava que
adquirisse maior
conhecimento do
que constituiu o
conteúdo do
nosso próprio
livro, de vez
que fazia
alusões a
detalhes
intimamente
correlacionados
à obra
supracitada, que
é uma descrição
do próprio Júlio
César, estadista
romano, dos
ocorridos no
episódio das
batalhas
travadas pelas
legiões romanas
na região da
atual França.
Nos seus
Comentários...,
Júlio César
apresenta a sua
versão objetiva,
enxuta,
tendenciosa e
meramente
descritiva de
General
interessado em
realçar as
glórias de uma
facção política
e militar romana
durante o
período da
guerra pela qual
conquistou –
aludindo
pacificar
−
uma importante
província para
aquele poderoso
Império em
formação.
Caio Fábio
Quinto, como me
foi dado
conhecer depois
com pesquisas
esmiuçadas, era
Cesariano, um
dos generais
daquelas tropas
e até onde
aparenta um dos
homens da
confiança de
César.
Governador da
província da
Ásia em anos
anteriores,
fácil a dedução,
a partir desses
dados, de que se
posicionava
favoravelmente à
política férrea
de dominação
outorgada por
aquela
personalidade
importante não
apenas no
contexto da
história
monumental do
Império Romano,
mas também nos
rumos culturais
e políticos de
várias nações em
expansão.
O leitor deve
estar se
perguntando a
pretexto de que
menciono estes
episódios e qual
a correlação com
o tema
pretendido neste
artigo, qual
seja a
imparcialidade
como
característica
da atuação dos
mentores
espirituais. É
que, caríssimos,
estes dias,
induzida por
este mesmo
mentor à leitura
muitíssimo
proveitosa da
obra de Léon
Denis, O
Gênio Céltico e
o Mundo
Invisível,
pude
imediatamente
atinar com a sua
intenção ao
apresentar ao
meu espírito
crítico “as duas
versões”
possíveis desta
mesma história
do passado, cujo
retalho
perpassou o
enredo do nosso
aludido trabalho
literário.
Caio Quinto
exemplificou-me,
por intermédio
da inspiração da
leitura deste
excelente
trabalho do
célebre espírita
francês, o modo
como qualquer
fato da vida
−
sejam os mais
insignificantes,
sejam os de
grande
repercussão na
história de
algum povo como
o foram os
ligados à vida
de Júlio César
−
pode ser
compreendido com
visões opostas,
embora
legítimas, como
se constata na
leitura de ambas
estas
importantes
obras.
Uma militar e
profundamente
pragmática,
quais os
Comentários...,
nos defronta
um Imperador
romano heróico,
conquistador,
cheio de
virtudes
militares e
intenções tidas
como legítimas
para a garantia
das premissas da
República
romana; outra a
de Léon nos
apresenta um
Júlio César
algoz
−
e o vencido pelo
poderio romano,
Vercingetorix, o
líder gálico
audaz até ao
sacrifício
vencido apenas
pela falta de
coesão existente
entre as
próprias
autoridades
gálicas, entre
as quais se
faziam presentes
desertores e
traidores
coadunados com
as autoridades
romanas por
interesses
próprios
−
como o
verdadeiro herói
perante a sede
de conquista
sanguinária de
um Império
execrado como
verdadeira ave
de rapina
opressora de
povos sem conta.
A partir disso,
Léon Denis nos
esclarece que o
autêntico
espírito francês
nada tem de
latino – de vez
que as
qualidades
nobres daqueles
povos, desde os
seus primórdios,
derivavam dos
antigos gálicos,
representados
até a nossa
época
contemporânea
por matizes
presentes no
espírito
nacionalista
francês,
conservador
honrado da
língua pátria e
de um ideal
herdado dos
bardos que, para
a
competitividade
feroz dos tempos
que correm,
adquirem,
infelizmente,
errônea feição
visionária.
É neste sentido
que aludo à
imparcialidade
exemplificada
por um mentor
desencarnado em
particular que,
neste caso
pessoal, fez por
onde realçar não
apenas a versão
entrevista numa
obra de sua
autoria que
remonta aos
tempos gloriosos
da águia romana
nos quais teve
participação
relevante e
ativa
−
mas também as
importantes
razões gálicas,
ou antes,
francesas, às
considerações de
sua médium, como
exemplificação
clara de que em
questões de
vidas sucessivas
sempre haverá as
duas faces da
mesma moeda a
serem
devidamente
consideradas no
momento de se
quitar contas
com as Leis
Cármicas, ceitil
por ceitil.
(*)
Comentários das
Guerras Gálicas
– Júlio César
–
Ediouro.