ASTOLFO OLEGÁRIO DE
OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
A Revue Spirite
de 1858
(5a Parte)
Allan Kardec
Damos continuidade ao
estudo da Revue
Spirite,
mensário lançado por
Allan Kardec em janeiro
de 1858 e por ele
editado até 31 de março
de 1869, quando
desencarnou. O texto
condensado do volume
correspondente a 1858
está sendo aqui
apresentado em 8 partes,
com base na tradução de
Júlio Abreu Filho
publicada pela EDICEL.
Questões preliminares
A. Como reconhecer a
elevação espiritual dos
Espíritos?
Por sua linguagem. A dos
Espíritos superiores é
sempre digna e em
harmonia com a
sublimidade dos
pensamentos; jamais uma
trivialidade lhes macula
a pureza.
(Revue Spirite de 1858,
p. 201.)
B. As mistificações têm
algum objetivo?
Padre Ambrósio, que
admitia ter sido
enganado pelos
Espíritos, esclarece que
nem sempre se pode
impedir que homens e
Espíritos se divirtam.
Comentando o fato,
Kardec observa que por
diversas vezes lhe foi
dito que a impostura de
certos Espíritos é uma
prova para a nossa
capacidade de julgar; é
uma espécie de tentação
permitida por Deus, a
fim de que o homem se
habitue a distinguir o
verdadeiro do falso.
(Revue Spirite de 1858,
pp. 202 e 203.)
C. Quais são as causas
das contradições na
linguagem dos Espíritos?
Primeiramente, diz
Kardec que os Espíritos
sérios não se
contradizem nunca; sua
linguagem é sempre a
mesma com as mesmas
pessoas. As causas das
contradições que às
vezes encontramos na
linguagem dos Espíritos
podem ser assim
resumidas: 1) ignorância
dos Espíritos; 2)
embuste produzido por
Espíritos inferiores; 3)
falhas pessoais do
médium; 4) insistência
por obter uma resposta
que o Espírito recusa
dar; 5) a própria
vontade do Espírito, que
fala conforme o momento,
o lugar e as pessoas; 6)
insuficiência da
linguagem humana para
exprimir as coisas do
mundo incorpóreo; 7)
interpretação particular
dada a uma palavra ou
explicação.
(Revue Spirite de 1858,
p. 225.)
D. Como o Espírito de S.
Vicente de Paulo define
a caridade?
S. Vicente de Paulo diz
que a caridade é a
virtude fundamental que
deve sustentar todo o
edifício das virtudes
terrenas. Ela é a âncora
eterna de salvação em
todos os globos; é a
mais pura emanação do
próprio Criador; é a sua
própria virtude, dada às
criaturas. A felicidade
eterna, segundo ele,
está contida nesta
máxima: "Amai-vos uns
aos outros". A alma não
pode elevar-se às
regiões espirituais
senão pela dedicação ao
próximo.
(Revue Spirite de 1858,
pp. 226 a 228.)
Texto para leitura
123. A Revue
transcreve outros
fenômenos ocorridos em
Bergzabern e diz que,
preocupado com os fatos,
o governo do Palatinato
propôs a Sanger internar
sua filha numa casa de
saúde em Frankenthal.
Ocorre que a presença de
Filipina deu lugar ali
aos mesmos prodígios de
Bergzabern. (P. 194)
124. Célima, que foi
tambor em Beresina,
comunica-se através de
pancadas e transmite
diversas informações
curiosas. (PP. 195 e
196)
125. O Espírito
compreende que não
poderá purificar-se
bastante enquanto não
tomar um outro corpo.
(P. 199)
126. Kardec lembra que
os Espíritos são
reconhecidos pela
linguagem. A dos
Espíritos superiores é
sempre digna e em
harmonia com a
sublimidade dos
pensamentos: jamais uma
trivialidade lhes macula
a pureza. (P. 201)
127. Padre Ambrósio
confirma ter sido
mistificado, mas
esclarece que nem sempre
pode impedir que homens
e Espíritos se divirtam.
(P. 202)
128. Sobre o fato, diz
Kardec: Por diversas
vezes nos foi dito que a
impostura de certos
Espíritos é uma prova
para a nossa capacidade
de julgar. É uma espécie
de tentação permitida
por Deus, a fim de que o
homem se habitue a
distinguir o verdadeiro
do falso. (P. 203)
129. Distinto calígrafo,
chamado Sr. Bertrand,
revela como é penosa a
situação dos que na
Terra se prendem muito à
matéria. (P. 206)
130. Jobard, diretor do
Museu Real da Indústria,
de Bruxelas, diz a
Kardec que existe
perfeita coincidência
entre as respostas dadas
pelos Espíritos a ambos:
a Kardec em Paris, a ele
em Bruxelas. (P. 206)
131. A idéia de que a
vida é uma afinação
das almas, uma prova e
uma expiação, é grande e
consoladora, assevera
Jobard. (P. 207)
132. Marius M., de
Bordéus, afirma que a
descrição de Júpiter
publicada na Revue
é idêntica à que ele
mesmo obteve dezoito
meses atrás. (P. 212)
133. Kardec comenta a
carta de Marius M. e diz
que o Espiritismo é um
laço fraternal que deve
conduzir à prática da
verdadeira caridade
cristã todos quantos o
compreendem na sua
essência. (P. 213)
134. Embora o
Espiritismo esteja na
Natureza e tenha sido
conhecido e praticado
desde a mais alta
antigüidade, Kardec diz
que em nenhuma outra
época foi tão
universalmente espalhado
quanto em nossos dias.
(P. 216)
135. A escala espírita,
traçada pelos próprios
Espíritos e conforme à
observação dos fatos,
dá-nos a chave de todas
as anomalias aparentes
da linguagem dos
Espíritos. (P. 219)
136. Quando tivermos
aprendido a conhecê-los,
julgá-los-emos por sua
linguagem e por seus
princípios, e suas
contradições nada mais
terão que nos deva
surpreender. (P. 222)
137. Os Espíritos
sérios, quando julgam
conveniente, evitam
chocar muito bruscamente
as idéias arraigadas e
exprimem-se de acordo
com a época, o lugar e
as pessoas. (P. 224)
138. A irritação, a
violência, o azedume e a
dureza de linguagem
jamais são um sinal de
verdadeira
superioridade. (P. 224)
139. Os Espíritos sérios
não se contradizem
nunca: sua linguagem é
sempre a mesma com as
mesmas pessoas. (P. 225)
140. As causas das
contradições da
linguagem dos Espíritos
podem ser assim
resumidas: 1) ignorância
dos Espíritos; 2)
embuste produzido por
Espíritos inferiores; 3)
falhas pessoais do
médium; 4) insistência
por obter uma resposta
que o Espírito recusa
dar; 5) a própria
vontade do Espírito, que
fala conforme o momento,
o lugar e as pessoas; 6)
insuficiência da
linguagem humana para
exprimir as coisas do
mundo incorpóreo; 7)
interpretação particular
dada a uma palavra ou
explicação. (P. 225)
141. S. Vicente de Paulo
diz que toda a
felicidade eterna está
contida nesta máxima:
"Amai-vos uns aos
outros". A alma não pode
elevar-se às regiões
espirituais senão pela
dedicação ao próximo.
(P. 226)
142. Gostaria que a
leitura do Evangelho
fosse feita com mais
interesse pessoal, diz
S. Vicente de Paulo.
"Vossos males provêm do
abandono voluntário em
que deixais esse resumo
das leis divinas." (P.
226)
143. O mesmo Espírito
afirma que a caridade é
a virtude fundamental,
que deve sustentar todo
o edifício das virtudes
terrenas. (P. 227)
144. A caridade, diz
ele, é a âncora eterna
de salvação em todos os
globos: é a mais pura
emanação do próprio
Criador; é a sua própria
virtude, dada às
criaturas. (P. 228)
145. A Revue
relata a história do
Espírito batedor de
Dibbelsdorf, cujos fatos
ocorreram a partir de
dezembro de 1761 e foram
publicados em 1811 pelo
pregador Capelle. (P.
229)
146. Semelhantes aos
fenômenos de Hydesville,
os raps começaram
no quarto ocupado por
Antônio Kettelhut. (P.
229)
147. Victorien Sardou
escreve sobre as
habitações em Júpiter e
defende-se das críticas
recebidas por causa do
assunto. (P. 234)
148. Segundo Sardou, as
moradas em Júpiter são
flutuantes. (P. 239)
149. Com o Espiritismo,
diz Kardec, todas as
filosofias materialistas
ou panteístas caem por
si mesmas; não é mais
possível a dúvida
referente a Deus, à
existência da alma, à
sua individualidade e
imortalidade. (P. 246)
150. Com oito meses de
existência, a Revue
possuía assinantes em
todos os pontos do
globo, a saber:
Inglaterra, Escócia,
Holanda, Bélgica,
Prússia, Rússia, Itália,
Suíça, Espanha, China,
México, Canadá, Estados
Unidos etc. (P. 246)
151. A propagação do
Espiritismo na Europa se
fez sem apoio da
imprensa, que até o
desprezou e, quando dele
falou, foi para levá-lo
ao ridículo e remeter
seus adeptos ao
manicômio. (P. 247)
152. Apenas o Sr. Home
mereceu da imprensa a
honra de algumas
referências mais ou
menos sérias. (P. 247)
153. A Revue diz
que nos Estados Unidos
havia então 18 jornais
espíritas, dos quais dez
hebdomadários e alguns
de grande formato. (P.
248)
(Continua no próximo
número.)